Ato I
Runidos os seguintes artistas: três dentistas, um padre e uma Senhora, designada por ela própria, a chefe do grupo.
Com voz alta e descontrolada falavam,argumentavam fatos inúteis e babavam concorrendo a um maior desatino. Eu estava lá como coadjuvante da peça insana. Minha participação era quase nula, pouco falava, apenas observava. Eu era a platéia!
Como platéia eu não aplaudi, nem achei graça e também não chorei no final da peça. Só interferi quando um louco próximo se descontrolou e começou a babar. Não agüentei!
Defendi meu espaço, pulei da arquibancada e avancei no tabuleiro do menino do algodão doce que passava no meu imaginário enlouquecido. Agarrei um chumaço de algodão melado e tapei a boca do meu louco. Não conseguindo babar, ele começou a chorar. Coisa de louco!
Ficou decidido então que fosse interrompida a peça naquele comovente momento e que continuasse na residência dos idosos, desde que todos fingissem não ter havido o encontro anterior. Selaram o pacto, com um grito de guerra: EEEERRRRRRRRRRR
E partiram!
Chegando lá, na residência do casal, todos mentiram, fingiram o primeiro encontro. Detalhe: inclusive o padre! Aliás, nesse momento havia mais um padre e uma freira que participavam da encenação.
Ato II: Almoço - Arroz com macaúva e salada de coquinho e " garaná " . Louco adora GARANÁ! Sobremesa: Jatobá com geléia de jaca.
Virou uma pasta gosmenta na boca dos loucos e, assim melosos, conversaram com o casal de idosos. Ficou decidido então que, um dos loucos ficasse com o cartão de crédito do idoso desde que, não o mascasse, mordesse ou comesse. O outro levaria o carro do idoso. Eu, que estava na platéia, segui o segundo louco, não sabia se o carro e o louco chegariam ao lugar determinado, afinal o carro era velho e eram alguns quilômetros a serem percorridos. Saí correndo atrás dele quando ele saiu correndo com a direção na mão:
Buuuuuuuuuuuuuubibi!
Os padres e a freira sairam de cena nesse momento e os idosos ficaram.
Na estrada eu senti uma dor no peito e uma vontade imensa de voltar. Não fosse o louco que eu seguia...
Maraláxia é um lugar divino, de pessoas com coração bom e terno. Na Maraláxia tem um templo há muito consagrado. É um templo de amor. É o nosso Templo! As postagens deste blog são de minha autoria. Quando não eu direciono a origem das mesmas. Este é um cantinho que surgiu com muito carinho. Espero que gostem e curtam comigo. É bom partilhar com vocês minhas reais loucuras. Bem- vindos!
2 comentários:
Affffffffff.... doido é pouco hein Didi? Deus do Céu.....
Saudades de vcs todos, maluquinhos da Maraláxia!
Doidana.
Tá todo mundo louco- OBAAAAA!!!
E,assim, continuaram loucos, dramatizando para sempre.
Beijos loucos para você!
Com carinho da DIDIDOIDA.
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