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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Uma canção para Elisa

O Natal faz milagres.
Vi uma menina ouvir,

pela primeira vez, um pássaro cantar.
E o barulho da rua, antes mudo,

milagrosamente pareceu gritar.
Ficou meio assustada, como se a passarada
e os passos das pessoas pudessem incomodar.
Deve ser difícil acostumar com sons antes surdos,
adaptar palavras aos belos lábios mudos.
Mas, há de acostumar!
Que Deus a abençõe menina...
Que os Natais cantem lindas melodias para você.
Que você possa ouvir, falar e se encantar.
Que você possa cantar, com o seu encanto,

seus 17 anos silenciosos.
Fiquei muito emocionada...

Muito!
Um beijo Elisa!

O meu carinho por você e por toda sua família.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

De Jesus a papai Noel


E foi assim que Ele foi sendo substituído,
das vestes rasgadas à roupa vermelha.
Enfeitado de branco o punho e a gola,
de couro preto o cinto e as botas.
Nas costas o saco cheio de presentes.
E Jesus desprezado, morto, crucificado
... Esquecido!
De suas vestes despido,
no coração de muitos seres humanos.








( Imagem- Google images )

domingo, 4 de dezembro de 2011

Cicatrizes do tempo



O envelhecimento assusta.
Cresce a orelha, o nariz e o mento.
Nem sei o que mais lamento,
se são as marcas no rosto
ou o futuro desgosto
de ser chamada de orelhuda.
Imagino cabelos brancos caindo,
meu rosto miúdo sumindo
entre orelhas enormes...
Óculos disformes nela apoiados.
Presbiopia, com certeza!
E na beleza da idade
a vaidade disforme do ser.
Verrugas haverão de crescer
nos mais nobres e empinados narizes.
Cicatrizes do tempo...
Não perdoam!



Imagem- Google images

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Projeção de sombras


Sinto-me fonte luminosa.
De mim partem raios da cor de Rosa.
Refletidos em meu corpo, em meu sorriso,
eles iluminam todo o meu ser.

Sou teto aberto, morada franca.
Sou luz branca ao escurecer.
Não são minhas as sombras refletidas.
Reflito luz para não morrer.

São sombras alheias...
Ocultas por padrões sociais.
Em metáforas são colocadas,
de forma triste em meus tristes ais.

Não tem, em mim, nenhum monstro escondido...
Nem o inconsciente é povoado de criações mentais.
Tudo seria tão simples...
se fôssemos simples como os irracionais.





segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Meu viver



Viver algo sem amor,
apenas pelo prazer de um instante,
sem cor, sem tela,sem sentido...
Eu não conseguiria!
Se viver é se fazer eterno
para o coração de alguém...
Em um único coração eu viveria.



Imagem-http://telamamaria.blogspot.com/2011/11/pin-up.html?zx=54c6c8935d6fa7e5

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Objeto fálico


Ele sumiu!
Deixou o pincel jogado.
Como um objeto fálico, desleixado...
Um tufo de pelos! no extremo de um cabo.

Êle era a encarnação da indecência.
Ela era a ausência do pecado.
Só queria que a retratasse,
que voltasse com as tintas e com a tela.

Que, em gotículas de água suspensas no ar,
êle observasse a dispersão da luz solar.
E que pintasse, no conjunto de arcos coloridos,
uma flor brotando em um jardim florido.

Mas o pintor sumiu!
com as tintas e com a tela.
Deixou na casa amarela um pincel jogado...
Cheio de pelos em um tufo grudado.



Credo!






Imagem- Google images

sábado, 29 de outubro de 2011

Resgate angustiante

Eu não espero que me dê a glória,
a minha vitória é saber quem eu sou.
Sou pura como a água...
Transparente!
Você é doente...
Um coitado!
Só não morre afogado
por que lhe dou a beber.
Beba da minha água,
seja puro e cristalino.
Resgate o menino
que um dia houve em você.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Momentos de reflexão


Tenho estado pensante...
Como se eu pudesse pensar!
Desejo agarrar-me a tudo o que eu tenho
como se, a qualquer instante, a vida fosse me roubar.

Agarro-me às pessoas que eu amo,
as que me criaram e as que eu criei.
Na vida nada mais me importa...
Além das pessoas que me amaram e que eu amei.

domingo, 23 de outubro de 2011

Sabores


Não quero tocar seu rosto,
nem sentir o seu gosto
e nem deixar você me beijar.
Só quero o sabor da conquista,
para não perder o jeito
de conquistar.




Imagem do Google

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O fim justifica os meios?

O fim
não justifica os meios...
Diferente de como veio o amor acaba.
Uma relação à dois não deveria ter um príncipe governante...
Nem poder dominante para alcançar um final comum aos dois.
Mas na conquista de um DEPOIS
tenta-se realizar individuais planos.
E são tantos os desenganos...
que acabam se dividindo,
justificando
o fim .

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Capadócia







Verdadeiras cavernas onde passaram
hititas, lídios, frígios,
macedônios, romanos,
persas e otomanos.
Contam que lá Paulo fez pregação,
foi refúgio de Maria, terra de São Jorge...
e o mesmo céu, hoje, é colorido de balão.
Linda... diferente!
Entre o Oriente e o ocidente desponta Capadócia,
com suas rochas vulcânicas da cor rosa
e castanho- avermelhado,
foi esculpida pelo tempo com cuidado...
De forma fálica!
Abrigo das pinturas rupestres,
das cidades subterrâneas.
Possui beleza natural, mística!
Sensacão inexplicável olhá-la de cima,
é como se os vulcões extintos
pudessem reacender as chamas
com suas lavas incandescentes
e pudesse acabar com as diferenças
entre o Oriente e o Ocidente.
Tamanho sonho, tamanha magia...
nessa floresta de chaminés de fadas.
Magnífica Capadócia!!!



sábado, 8 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A raposa e o pequeno príncipe



E foi assim que a raposa esperou
que o príncipe voltasse.
Ao simples toque ela sairia da toca.
Não ouviu mais seus passos,
nem mais viu seus cachos dourados.
Dos dias sempre iguais o desencanto.

Ela não comia pão.
Inútil, para ela, era o trigo.
Mas, aquele campo, lembrava o amigo.
Ele havia partido para outro planeta...
Dizia ser cometa, pois era!

Ele não tinha muito tempo...
Tinha amigos a descobrir,
coisas a conhecer mundo afora.
Passou depressa,
foi embora.

A raposa, que ele já havia cativado,
naquele trigo dourado se perdia.
Aprendeu a amar o vento
que nele batia.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Soneto de imortalidade




Desejo ser, para sempre, sua companheira.
Estar ao seu lado na hora derradeira.
Selar seus lábios com um beijo
e com super bonder também!

Rezar todas as rezas em uma Ave Maria.
No Pai nosso agradecer o pão de cada dia,
e sendo feita a vontade do pai...
Dizer amém!

Desejo vesti-lo com o melhor terno.
Imaginá-lo no céu, longe do inferno...
E em suas mãos depositar uma rosa, nada além!

Desejo organizar cada coroa de flor.
E que todos percebam o amor...
que eu tive por você e por mais ninguém!



Imagem- Google images

sábado, 1 de outubro de 2011

Dança do DNA


Deixaste tua marca registrada.
Da tua molécula de vida
tem pessoas impregnada.

No Ácido Desoxirribonucleico teus defeitos.
A tua informação genética armazenada,
transmitida, bem calculada, aos descendentes.

Na carga de um núcleo estás contida.
E eu sinto que ainda pulsa a tua vida...
e que não morrerás, jamais!

Vejo a dança que torce em uma fita dupla,
não ao som de sol ou dó maior...
Mas ao som das letras A, T, C e G.

E eu custo crer nas diferentes combinações
que essas letras são capazes de fazer...
Elas assustam!




























imagem do Google images

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Poema póstumo



Seu olhar policiava.
Parecia invadir pensamentos.
Semeava hostilidade,cheia de rancores
e dores infundadas.

Ultimamente suas dores eram tão doídas...
Tão sofridas... tão verdadeiras...
E, bem antes de tudo isso, eu fiz tudo por querê-la.
A senhora não quis!

Passou pela vida infeliz,
entre risos e lágrimas, dramatizando.
Netos foram chegando
e nenhum, pela senhora, cativado.

Descanse...
Seus óculos não mais equilibram em seu nariz empinado.
Seu corpo dobrado, sobre as pernas fracas, não mais conspira.
Perdoe-me se a sua ausência me inspira esse poema tão triste.

Desejei amá-la como amei minha mãe.
Quis vê-la quase a sua imagem e semelhança.
Quis ter seu afago, ser também sua criança.
Suas mãos pareciam tão macias...

Descanse...
Descanse sua angústia e dor.
Uma flor e um beijo.
De alguém que poderia ter sido sua filha
Fátima

sábado, 3 de setembro de 2011

Entre o Ocidente e o Oriente


Vou deixar a porta aberta...
para que respirem um pouco de mim.
Não poderia sair, assim, sem avisar.
Vou dar uma volta...
caminhar por vielas,
andar por ruelas cheirando a pães,
doces e especiarias.
Sentir a alegria da antiga capital
dos dois maiores impérios da história.
Relembrar Tróia e também os Sultões.
Deitar no berço da arte bizantina.
Sentir-me menina,
a mais feliz do mundo!
Respirar fundo...
a arquitetura,
a música, a culinária
e a pintura.
E todas as outras formas
de expressão artística saborear
Atravessar mares... muitos mares...
Chegar a estreitos!
E, com tudo que se tem direito, descansar.
Enxaguar as mãos com água de rosas
e, de emoção, chorar.


Até a volta!





Imagem- Google images

domingo, 28 de agosto de 2011

Voo triste


Um pássaro não consegue ser feliz sozinho,
quando em seu ninho pousa um pássaro ora solitário
ora muito agitado!
Cujos vôos condicionados ao desencanto...
condicionam a companheira,
que vestida de plumagem colorida,
tão faceira...
voa triste,
desencantada!
Percebe-a triste a passarada,
percebe-a triste o arvoredo.
Ameaçada, voa baixo,
sente medo.


Imagem- Google images

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A espera do fim




Perde o olhar de menino...
Peregrina descrente.
Cansado, não para.
Padece o corpo e a mente.

A sua aura exala angústia e dor
e a frágil flor é sufocada.
Aos poucos, estrangulada
por suas garras afiadas,
silenciosas, selvagens.

E ela aguarda impaciente..
a invasão grotesca do fim.
há de ter fim...
há de ter fim...
Há de ter fim !





Imagem - Google images

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Demônio



Ele vivia do demônio incorporado.
E quando ele não estava apossado...
A " ele" ele recorria.
Falava com os olhos brilhantes
e no fogo do inferno ardia.
Ele se transformava.
E, de medo, ela calava
diante do demônio.





Crédito da imagem- Google images





segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Uma estrada feita de rocha


Trilhou uma estrada de rocha,
de pedras pontilhada.
Tentou cruzar fronteiras,
que nunca foram cruzadas.
Cruzou aldeias,
de sapé e barro fez morada.
Fez-se minúscula figura,
indefesa carregou uma enxada.
Se pudesse, ela retornaria àquele caminho,
para sentir as pedras daquela rocha,
entender melhor aquela estrada.
Parecia tão linda...
Mas era confusa,
toda entrecortada!




Imagem do Google images.

sábado, 20 de agosto de 2011

Insegurança




Nessa viagem
eu gostaria de estar
de fios de seda tatuada.
Do casulo libertada,
ser borboleta e voar.
Mas tento o vôo
ainda no casulo,
retida.
Temo pela sua vida...
Quando, do vôo, eu retornar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poema ao ausente





Rezei nas noites em que você não veio.
Senti frio
no vazio que você deixou.
Vi folhas que caíram,
que voaram como você voou.
E na desordem do meu abandono...
o outono se instalou.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Assustadora morte

Viajei quilômetros em minutos.
Nem vi a estrada!
Cheguei trêmula, pálida, calada.
O coração parecia sair pela boca!
Segurei aquelas santas mãos
entre as minhas,
tentando me aquietar.
A morte foi embora.
Só queria me assustar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Da inquietude do artista e da flor


Ele havia borrado folhas enormes...
Rabiscado pinturas disformes...
De cores negras!
Conforme ditava a inquietude do espírito.

Se tivesse dado maior limite aos braços...
teria imaginado pássaros.
Um riacho...
Um Horizonte!

Poderia ter usado velhas tintas guardadas.
Ter feito uma mistura de cores doidas
e delicadas
e ter pintado uma flor.

Nela, ter colocado a dor, o amor...
também a inquietude!
Ter pintado uma rosa rude,
em um rabisco selvagem.
Saindo da folhagem algumas pétalas
caindo ao chão.

Deveria ter mostrado ao mundo,
da flor, a delicadeza.
E da tristeza e da inquietude
não só os rabiscos disformes,
mas ter dado formas e ter sugerido nomes
à manchada cor.

Para, quando, em uma galeria de arte a obra fosse colocada...
Pelos mais sensíveis ela pudesse ser avaliada,
como um quadro lindo... machucado!
E, assim, sentissem a inquietude e a dor...
do artista
e da flor.


crédito da imagem- Google images

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dos prazeres da carne


Ela o esperava nua em pelo,
com cabelos esvoaçados
e sorriso quase infantil.
E naquele olhar pueril
ele mergulhava.
Deixando-se beijar,
beijava.
Perdido em amores,
ele esquecia pudores
contidos naquele terno.
Era a erupção de um vulcão ao calor
do doce inferno,
culminando com uma explosão luminosa.
Balançando flores,
desfolhava rosas.
Caindo... caindo... caindo...
em um abismo profundo.
Depois do maior grito do mundo,
urrado de prazer.

domingo, 24 de julho de 2011

Davi da ponte

Ele não é um mendigo.
Só se abriga debaixo da ponte.
Seu horizonte é irrestrito,
ele vê o infinito na simplicidade.
Abandonou a cidade,
o emprego.
E em total desapego dos bens materiais vive.
Nada pede!
Dotado de conhecimentos
ele lê o jornal e diz da matéria onde foi o principal figurante.
Davi da ponte,
o iluminado pelas estrelas
e pelas noites enluaradas.
Por alimentos silvestres
e da pesca
alimentado.
Protegido dos perigos pela sua fiel companheira-
a cadela Belinha.
Ninguém ousa roubar sua solidão,
ele não precisa de companhia.
Fiquei lá por algum tempo,
conversando...
especulando...
Com vontade de voltar.
E voltarei!
Davi é um homem inteligente,
usa óculos de lentes de grau,
limpas!
Como limpa é sua alma.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vômito e diarréia

( indigestão de palavras)

Não...
Não há mais tempo!
Por dentro corre a bola
de fogo que enrola
o alimento ingerido.
Tudo o que ele diz
é convertido
em vômito!
E mesmo que se tome água,
tentando facilitar a digestão,
a água ingerida é quente.
Provoca dores abdominais,
cólicas intestinais...
Diarréia!




Crédito da imagem- Google imagehttp://www.imagensdahora.com.br/imagens_fotos/337/chapadona_vomitando_no_lixo/

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Família estranha

Pobre corpo
pelo abandono castigado.
Coberto de estigmas!
Na cama queima o último alento
no esforço de sobreviver.
Não ensinou, aos filhos, o amor.
Eles nada sabem sobre o bem querer.
Não conseguem nem disfarçar...
cuidar... Proteger!
E quando tentam...
é por piedade compulsiva,
como se o cuidado permitisse
espiar velhas derrotas
e deveres não cumpridos.
Não sabem o sentido
de SER
FAMÍLIA.

sábado, 9 de julho de 2011

Escalada a dois

Quando ele sai
ela sai pela estrada.
Vai para uma enorme casa,
de afeto pintada.
As janelas descortinam
um imenso jardim.
De flores lindas, tão coloridas...
E ela pensa na escalada da vida
a dois
Escalaram tanto...
e depois...
ficaram lado a lado, simplesmente.
E da faixa andada, tão sonhada,
ensolarada e quente
rastros tristes... ausentes!
Ele buscou como um louco.
Na escalada de degraus,
culpando, ele buscou o topo.
Nunca, para ele, encontrado.
De onde estava olhava para trás
e encontrava uma porção de degraus desgastados.
Ele culpou... culpou... e culpou...
E continuou culpando!
Culpava como um louco.
E buscava o topo.... o topo...
(E ele já estava no topo!)
O topo... o topo...
O TOPO!
E naquele desespero imenso
sentia-se o cheiro de incenso
misturado a dor.
Era uma flor.
Murcha...
Caída...
Cansada...
DE SACO CHEIO!!!
da escalada.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Fantasmas


Você sai
e deixa sombras
que assombram!
Acordam a madrugada.
Tem formas densas,
tão pesadas...
Nem são brancas!
São escuras...
Como escuro é seu viver.
São tão apressadas...
Como apressa seus passos por querer.
Amordaçam!
Não deixam que o ar passe...
Oprimem!
E mesmo fechando todas as frestas...
Deprimem!

terça-feira, 5 de julho de 2011

A ilha




Li, certa vez, no livro A ilha de Aldous Huxley...
"Que, no país dos insanos, o homem perfeitamente integrado não se torna rei."
Foi assim que eu entendi parte de uma história.
Era uma vez uma ilha...
E, nela, existiam pássaros.
E existia um náufrago.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A rocha e a flor


Era uma escarpa de rocha nua.
Era uma rua de pedras frias.
Era uma cidade vazia
de amor.
Era uma flor
em um canteiro sem terra.
Era uma terra sem fertilizantes.
Era angustiante a situação da rocha.
Era angustiante a situação da rua.
Angustiante era a situação da flor.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Boneco de neve



A mágoa tomara conta de todo o seu ser.
Alguém de igual nome tomara seu bem querer
e o ódio, tão contrário ao amor, o dominara.
E nessa seara insemeada o boneco de gelo
tomava o lugar do homem.
Ficara lá esperando que, ela,
como a um raio de sol chegasse.
Seria tão simples...
um sopro de leve
e o boneco de neve
seria derretido.
Convertido em água,
como a um rio sem mágoas,
ele seguiria.
Mas ficou, lá, parado!
No meio da neve fria.
Coração tão gelado...
as mãos tão vazias...
Não houve sopro,
raio de sol,
nenhum perdão!
Apenas um coração
petrificado pelo gelo.

domingo, 26 de junho de 2011

Milésima postagem


Minha milésima postagem!
Solidão...
" Meu ninho vazio e triste "
Foi assim que eu comecei.
Poderia ter enveredado por caminhos mil...
Não, por eles eu não trilhei.
Procurei... eu me procurei!!!
E, aqui, eu encontrei vocês.
Sigo poucos...
Falar que trabalho, que sou esposa e mãe,
que vivo sorrindo e que tenho pouco tempo...
Vocês sabem...
Muitas pessoas são assim.
Meus poemas falam por mim.
Só tenho a agradecer
a tolerância e o carinho de todos.
Alguns partiram com a mesma velocidade que chegaram,
outros permaneceram
me abraçaram e me envolveram,
mesmo à distância.
Pessoas que eu nunca vi!
Mesmo assim eu me envolvi de forma intensa.
Cresci!
Obrigada a todos vocês.
Que Deus os abençõe
sempre!
Com grande carinho
e uma flor
rosa
de
Fátima

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Final da travessia

Navega nesse seu final...
Singra trechos vazios.
Mesmo assim contorna esses lapsos
como curvas graciosas.
Confunde a Linda com a Rosa
e fala do passado.
Tenta manejar o leme
com seu cérebro
e troncos minguados.
E ao seu lado me sinto bem e me entrego.
Nosso tempo se estreita...
e com a senhora eu navego...
Navego...
Navego...

domingo, 19 de junho de 2011

Tereza


E foi mais ou menos assim,
em uma praia,
que ele conheceu Tereza.
Uma portuguesa
de lábios carnudos
e pele aveludada.
Possuía músculos definidos
e quando usava vestidos
deixava a mostra o peito.
Não tinha defeito Tereza!
Sua beleza dava a ela um olhar seguro
e naquele olhar escuro ele navegava.
Atravessava-a à toda pressa,
atravessou pântanos...
florestas...
e bancos de areia.
Passou por sereias
e deixou que, sozinhas, cantassem.
Ficou com Tereza!
Ela o hipnotizara...
Como uma cobra hipnotiza um pássaro.
E ele perdeu as asas em seus braços.
Mas Tereza era da praia...
Não era de ninguém...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Maquete


Exige mais e mais de seu ser cansado
e de mim cobra obras faraônicas.
Eu sou simples projeto,
miniatura confusa
de um projeto arquitetônico.
Sou um alegre esboço.
Uma obra inacabada.
Sou ouro em barra...
De concreto,
em suas mãos,
eu não sou nada.





imagem do Google images

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O amor acaba


O amor acaba
quando o diálogo dá lugar a um som surdo
e ouve-se um mudo do outro lado da casa.
Quando deita em pensamentos estranhos...
e dimensiona medos tamanhos em pesadelos!

E acaba o carinho e acaba o zelo.
E diferente compassa o coração.

Sonhos dão lugar à razão fria.
Tão fria quanto às mãos quentes de outrora.
Percebe-se que os sentimentos bons vão embora
E, com eles, acaba a alegria.
O tesão da vida a dois esfria.
E o estar ao lado desse alguém...
não lhe faz mal, mas também, nenhum bem.

Pequenas virtudes passam a ser grandes defeitos.
E o leito de amor você vê transformado...
em dois seres solitários, cada um de um lado.
E, ainda, na esperança de um depois...
Encontra a desesperança.
A angústia de estar em dois.
Dois seres tristes...
Machucados!
Cada um de um lado.
Solitários.
Acaba!


quinta-feira, 9 de junho de 2011

A rebeldia da natureza em flor

Tempestade na cidade.
Pensei nos desabrigados.
E senti dor e senti frio.
E meu rio virou pranto.
Vi meu canto, por muros altos, tão abrigado.
E mesmo assim, por telhas soltas, destelhado.

O céu negro escureceu o dia.
Coqueiros balançaram com tamanha energia...
Como se despedissem de mim.
Vi meu cãozinho assustado,
o rabo abaixado,
como se o mundo fosse ter fim.

Entendi, então, de perto a natureza
Pensei na beleza de reservas destruídas.
... Tive poucos danos!
Agumas flores, orquídeas despencadas.
Folhas soltas, desordenadas, do jardim.
Protegida, em meu canto abençoado.

Com a angústia do balançar dos coqueirais...
como já havia me despedido, despeço-me
da ânsia do ter mais.
Solitária...
Solidária...
Rebelde!



Crédito da imagem- Google images

sábado, 4 de junho de 2011

Cálice


Tudo estava abandonado.
Como estavam abandonados os sentimentos.
Ela não conseguia entender...
Como alguém podia fazer da vida, de outro alguém, tamanho tormento.

E, assim, foram passando as horas, os dias, os anos!
Tudo em pleno abandono...
Foram tantos os danos, tantos...
Das reclamações aos prantos, nunca, ninguém entendeu!

Algumas pessoas até perceberam...
Diante de tamanha loucura, a ferida, até ofenderam.
E ela sofreu... sofreu em pleno abandono.
Mais um dano, mais uma enorme dor!

Mas, ninguém, entendeu da loucura a imensidão.
Estava além de qualquer entendimento!
Tristes lamentos de lutas inglórias.
Quem sabe vitória? ( será que foi? )
"Perfeito"! Tudo permaneceu no mesmo lugar.

TODOS os valores foram preservados!
Do machucado e do agressor.
Ninguém entendeu a desesperança do amor.
A angústia e a dor daquela loucura infundada.

E ela passou a vida tentando entender.
Aquela pessoa que sofria e fazia sofrer.
Não era possível!
Ele Já havia nascido assim... atormentado!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Inacessível chão


Sentir o vento nas pernas
levantando a saia.
Sob os pés, na praia,
a areia grossa, molhada.

E a assanhada brisa insistindo...
E o cabelo se abrindo
como se quisesse voar
e na face mostrar
as marcas do tempo.

Viajar, em sonhos, distante...
Como se, por um instante,
pudesse saborear o risoto de camarão.
Ignorar o coentro, salpicar cheiro verde
e degustar um vinho branco.
Depois, ainda à mesa, a sobremesa:
doce de abóbora com nozes e requeijão.

Sentar no chão, acender a lareira...
E, de brincadeira, jogar com as palavras.
E vê- las voando... jogando... voando...
Dançando... jogando... voando...
Dançando...
Dançando...
como dançam os pensamentos.

E correr contra o tempo... a favor do vento!
Sentir a brisa no rosto.
Sentir nos lábios o gosto
e ver o azul do céu
em um prato azul florido.

E, ao simples tato,
desabotoar o vestido...
e morrer de paixão...
Ali, mesmo!!!
... no chão.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O gigante e a flor



Fizeram poemas de seus medos.
E ela não fez segredo de sua dor.
Transpuseram o oceano tão distante...
Ele era um gigante, ela era uma flor.

Não houve encontro, nenhuma paragem.
Nem houve tempestade nesse transpor.
Quando uma nuvem escura surgia...
o gigante emergia e salvava a flor.

Quando o mar batia contra os rochedos,
ele suprimia seus medos, não havia terror.
Ele dava formas tão interessantes à vida...
Que, das coisas de Deus, parecia escultor.

Ninguém soube exatamente quem era,
ninguém avaliou de seus dentes a cor.
Souberam, apenas, que de um lugar distante ...
existiu um gigante que cativou uma flor.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A vingança da cebola


Ela cansou de ser tempero...
Entrou em desespero e pos-se a rebelar.
Organizou um encontro com mais cebolas,
cujas cascas devassas faziam escorregar.

Esperaram passar um homem.
Agitaram as folhas escamiformes
e, escada abaixo, deixaram ele rolar.
Riram... enquanto ele chorava...

De braços, pernas, olho disforme
ficou o pobre homem no chão estendido.
Perguntavam se ele havia bebido
e, enfurecido, ele tentava explicar:

Foi a casca da cebola...
que me fez escorregar ...
Foi a casca da cebola...
que quis me matar!


Imagem do Google images

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Deus lobo ( Homo homini lupus)

Rasgue-me toda, se for capaz.
Olhe além da minha superfície.
Faça de meu corpo a planície de sua loucura.

Envolva-me com a doçura dos lobos...
Nem precisa derrubar a capa superficial,
ela é inexistente em mim.

Busca a sua sexualidade.
Dou - lhe a minha sensualidade.
Busca a insensatez, a duplicidade.
Sou a sensatez e dou-lhe a unidade.

Sou a carne,
sua presa.
Devore-me...
Se for capaz!











Imagem do Google images.
O poema?
dos poemas meus.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Infelizes para sempre


Não, não viveram felizes para sempre...
Se suportaram!
Não mais se amaram como antigamente...
Esperaram a morte chegar
para, enfim, livres
encontrar a paz tão desejada.
Seguiram o " bendito " sacramento
e deixaram- se levar pelo vento
como duas folhas mortas...
Desidratadas!
Viveram assim como muitos outros:
Incapazes,
infelizes para sempre.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Até que a morte os separe





Estarão juntos até o fim.
Mesmo que roube dela o canto dos pássaros.
Mesmo que ele canse, dela, os passos.
Mesmo que tente fazer do riso pranto.
Mesmo que tente roubar-lhe o encanto...
Estarão juntos! até que a morte os separe.
É única e simples a verdade...
Os covardes não saem do lugar...
Esperam a morte chegar.
Não percebem que já morreram.
Que mataram!
Nas simples coisas que perderam.
Nos momentos que, de viver bem, deixaram.




Crédito da imagem-
http://angelcris.files.wordpress.com/2011/03/img_3514a.jpg

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Arquitetura de um corpo







Se eu pudesse refazer o projeto do meu corpo...
Nada eu mudaria!
Deixaria com as mesmas curvas,
sujeitas a perigosas ultrapassagens.

E se houvesse derrapagens...
aí, sim, eu sinalizaria:
Cuidado! à sua frente curva perigosa.
Reduza a marcha!



Imagem- Google images

domingo, 8 de maio de 2011

Ferida aberta



Tem ferida tão doída...
tão doída...
Que se fosse transformada em palavras
não deveria ser publicada.
Exposta não seria cicatrizada,
doeria ainda mais.











Imagem do Google images

sábado, 7 de maio de 2011

Mães e filhos

Minhas queridas filhas
Se ser mãe for padecer em um paraíso...
Padeçam!
Não existe paraíso sem filhos...
Mas não precisam ser mártires nem santas.
Sejam vocês mesmas.
Vivam na verdade,
da verdade!
Não mintam,
não se escondam.
Não dissimulem,
não se anulem.
Agitem o lar se for preciso.
Mas façam dele o melhor abrigo para seus filhos.
E aprendam a falar NÃO!
Tem hora para o coração
e hora para a razão.
Ajam com sabedoria
e, um dia, terão orgulho de seus filhos,
assim como eu tenho de vocês.
Obrigada!
Com carinho...
MAMÃE


Eu desejo um feliz dia a todas as MÃES visitantes da Maraláxia.
Um dia cheio de flores, muitas delas!
E muita... alegria.


terça-feira, 3 de maio de 2011

Meme



Recebi de Runa,
do blog "Seguindo o escoar do tempo" um MEME para postar em meu blog.
MEME é uma palavra que vem de mimo, gentileza, carinho...
E é também uma forma de conhecer melhor o nosso amigo blogueiro.
As regras, para quem o recebe, são as seguintes:
1 - Indicar 10 blogs para o MEME;
2 - Avisar os indicados;
3 - Escrever e postar 10 coisas que você gosta;

Indicar 10 blogs ou mais...
Então indico e DEDICO a todos vocês, meus seguidores.
E quando vocês passarem por aqui, por favor, peguem o seu MEME.

10 coisas de que eu gosto:
1 – Minha família... família... Família!
2 – Meus amigos e ser amiga
3- Minha profissão e a boa convivência com meus pacientes
4-Escrever
5-Ler
6-A Maraláxia e vocês
7 –Ir a academia
8- Caminhar ao por do sol
9- Dançar dançar dançar...DANÇAR!!!
10 – Viajar muiiiito
E muitas coisas mais...
COSTO DA VIDA!

Desculpe, se eu "furei"o esquema.
Achei difícil especificar os blogs.
Então eu indico e, realmente, dedico a todos vocês este MEME.
OBRIGADA RUNA!
E obrigada a vocês todos que pacientemente seguem comigo.
Seguiremos juntos.
Com carinho e uma flor
rosa
de Fátima

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tragédia pilosa de um Deus Grego



Era Adão no paraíso das mulheres.
Quando corria mais parecia um cavalo manga larga marchador.
No alto, um planador
e o maior navio no oceano.
Teria sido médico, salvo engano.
Um Gulliver peludo perdido na praia.

Em seu peito eram tantas as extremidades pilosas...
Que se cada uma delas fosse transformada em caule
e do caule brotasse uma pequena rosa...
Seria um canteiro muito florido!

E apesar de ser muito exibido e forte.
Preso, seria levado a morte.
Sufocado,
por pequeninas e inofensivas rosas.

Ele era muito exibido...
Se achava o mais forte,
o mais peludo dos homens!




Imagem do Google images- O deus grego quando menino
JÁ ERA FORTE!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Deus grego






Ele era um deus grego
caminhava 10 km ao dia
e ainda fazia musculação.

Sua alimentação era equilibrada
e nadava de braçadas na imaginação.
E a ela dava trela...
Em função do vento manobrava as velas,
povoando de sonhos a embarcação.

Além do oceano aproava.
Remava
remava
remava...
Cada vez mais másculo amolecia o coração.

Era apaixonado pelo imaginado.
Transpunha mares buscando o desejado.
Não importava a direção.

Era um deus!À semelhança de Deus ele também criava.
E ao sopro divino, do divino vento, ele velejava...
Além do oceano.


( Imagem do Google imagens )

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Racional irracional

Se contasse ninguém acreditaria!
Que ela havia sido mordida
porque havia mordido o cachorro.
Ela era louca!

A orelha cartilaginosa,
mais um apêndice na pétala rosa,
estraçalhada!

O irracional racional zangado.
O racional irracional suturado.
Babavam... lado a lado!

Au au au
Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

sábado, 23 de abril de 2011

Escultor de chocolate

Desejo a todos vocês uma feliz Páscoa.
E que vocês se lambuzem de chocolate.
Esqueçam as calorias...
só um dia...





terça-feira, 19 de abril de 2011

Escultura de Ron Mueck



Mulheres, calma... calma...
Não se assanhem!
Homens, por favor, não questionem!
Isso é apenas uma obra de arte de
Ron Mueck (Melbourne, 1958) é um escultor australiano hiper-realista.
Ele utiliza efeitos especiais cinematográficos para criar obras de arte, se não fosse o tamanho de suas esculturas certamente seriam fáceis de serem confundidas com pessoas, tamanha perfeicão.
Vale a pena ver o restante das obras dele.

Boa semana santa a vocês.
Época de penitência...
não esqueçam...
JEJUEM!


Crédito da imagem- Google images