Pede-me que eu escreva e publique.
Dá-me idéias de papel, sugere desenhos.
Minha querida prima...
Acha mesmo que eu teria tal capacidade?
Acha que alguém ficaria atento a alguém tão confuso e evasivo? Acha mesmo que alguém perderia tempo comigo? Atropelaria idéias, misturaria tudo, seria uma completa discordância de pensamentos, próprio do escrito. Minhas histórias seriam fugazes, ora excitantes, ora desconcertantes. Ao ler-me ficariam confusos.
Sei que ficariam!
Alguns tentariam corrigir-me, ironizariam!
Veriam em meus escritos algo escondido, ou achariam assim. Pobre de mim!
Tudo a ver e... Nada!
Ninguém entenderia o meu humor, por inúmeras vezes, presente. Algumas, irônico.
Minha alma feminina escreveria coisas quentes e irreverentes. Chocaria!
Por mais que eu tentasse, eu não conseguiria fazer-me entender. E quem disse que eu quero tentar?
É, acho que, também cansei!
O íntimo de um ser humano é muito estranho.
É uma loucura imensurável, não há tamanho que a qualifique. Difícil o ser que, consiga tornar pública esta situação. Talvez eu tenha tentado.
Sempre, assim, questionado. E talvez, ainda, não tenha conseguido fazer-me entender. Um dia, quem sabe?
... Se houver tempo, pode ser que haja!
Que tal o nome do livro?
- Complexidade extinta
- Escritos confusos
- Evasiva insurreição
-Insurreição inquietante
-Desconexa insurreição
-Viva com a alma, flua alegria e esqueça a grafia (muito extenso)
- A rebelião de meu ser (Insurreição própria)
- Minhas loucuras
- Divina insurreição
E por aí vai. Pensar em temas para quê?
Não vou mesmo escrever...
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