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sábado, 30 de janeiro de 2010

Soneto de fidelidade


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure.
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes

4 comentários:

Fátima disse...

Quem disse " Ele finge que me ama e eu finjo que acredito ", antes que alguém argumente, não foi o Vinícius, tá?
Rs.Rs...
Bom final de semana a todos.
Com carinho
Fátima

Anônimo disse...

Hahahahaha.... essa foi boa!
Vc ficou tão bonitinha de noiva, Didi... vc é uma figura!
Beijos,
Ana.

Anônimo disse...

Lindo é o amor !!

Fátima disse...

Pois é, o amor é lindo!
Muda de forma, muda de cor...
Mas, acontece!
E permanece nas mais nobres almas.
E o poeta...
Ah, o poeta...

O poeta é um fingidor!
Finge tão completamente...
Que chega a fingir que há amor
Mesmo quando o amor foje da gente.

Sim, lindo é o amor !