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sábado, 16 de abril de 2011

Um escultor para uma pedra rosa

Imagino-o de cabelos anelados,
de dentes bem cuidados,
lábios superiores finos
e enormes olheiras assombreadas.

Pelas noites, acordada, a insônia eu percebo.
Vejo dedos finos manuseando um pincel
e imagino mãos fortes cinzelando...
Lapidando pedra bruta!

Imagino, do escultor, a sua luta interna.
Imagino as cores que o seu ser hiberna.
Imagino a cor da sua alma!

Imagino a calma do dedilhar blues ao violão.
E sinto a grandeza do coração em forma musicada.
E por suaves notas eu sou tocada.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Vinho Château

Soneto a um vinho château

Mais um ano, em sua vida, floresce.
E diz que não quer florescer!
Em meus braços frutados, eu sei.
Você espera morrer.

Com o sabor de frutas vermelhas, esperei por você.
Desejando que ao chegar à meia idade.
O melhor aroma pudesse exaurir
E o melhor vinho eu pudesse beber.

Chegou a idade e, com o tempo,
muito aroma foi perdido.
Sem que eu pudesse o bom vinho ter bebido.

Hoje eu ergo a taça do destino
Com a elegância dos taninos finos.
E sinto, amargo, o bouquet.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Se eu fosse árvore



















Se eu fosse árvore,
eu seria baobá.
E em um terreno árido,
eu iria me plantar.

Viveria milhares de anos...
E quando ficasse bem maluca
cairia meus desenganos,
com minhas folhas caducas.

Como boa madeira,
quem à mim chegasse,
eu abrigaria.

E se alguém me cortasse.
Ah, se me cortasse...
Bom fogo eu daria.

domingo, 23 de agosto de 2009

Meu tesouro


E me perguntaram o quê , tanto, eu fazia aqui.
E eu disse que, aqui, eu possuía um tesouro.
Com tanto ouro, tanto ouro, tanto ouro...
Mas, com tanto ouro!

E quando eu percebi que ouro polia.
Eu passei a vir aqui todo dia, todo dia!
E comecei a poli-lo, poli-lo...
Para ver-me no reflexo do seu brilho.

Das vezes que eu vim aqui, perdi a conta!
Há muito tempo do tesouro eu me dei conta.
Enlouqueci afortunada, mergulhei no ouro, tresloucada.

E quando perguntam o que, tanto, eu faço aqui.
Eu digo que, aqui, no eldorado das Rosas
Possuo o maior tesouro de ligas preciosas.

sábado, 11 de julho de 2009

Minha cura

Escrevo assim desde a primeira vez
Para expor a minha loucura.
Ou para não perder a minha lucidez.

Não fui aprisionada, nem por choque maltratada.
Meu vão diálogo é que foi desesperado.
E, sem resposta, como louca alcunhada.

Não sei representar.
No teatro da vida sou um fracasso como atriz.
Ou eu estou triste ou bem feliz.
E, feliz, eu sou louca, pela vida desvairada.

Já gritei, já falei e chorei desesperada.
Agora eu escrevo.
E não me atrevo a dizer que estou curada.
Dizem-me louca... Sou nada!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Menino passarinho

Menino passarinho...
Quer sair do ninho e não tem asas para voar.
Então, de lindos cânticos ele se põe a assoviar.
Para o mundo de sonhos alcançar.

Não passa de um menino passarinho.
Sem sair do ninho, de galho em galho quer pular.
E assovia tanto, tanto... para alcançar a flor.
Que de longe sentem em seu cântico a sua dor.

Da flor ele só quer sonhar o mel.
Depois matar a sede na fonte
E ter o vôo mais brilhante no céu.

Ir de encontro à uma estrela!
Por tanto querê-la assovia o coitadinho.
Não consegue voar do ninho. Coitado do passarinho!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Soneto dançante

Obrigada pela lembrança, que não se cansa de me lembrar.
Agradeço a dança que não consegue me cansar.
Quando o meu corpo em movimento,
ao som da música, como o vento, tão bem consegue me levar.

Ao som do rock, do samba eu danço.
Sapateio!
E assim, no meio, em uma festa eu me vejo, sempre, a pular.
Salvem-se todos, se por acaso, em alguém eu pisar.

A energia contagia quem perto, de mim, chegar.
E, no balanço, eu não me canso.
Quero mais é balançar!

E cessa a música e eu grito bis!
Tamanha a graça, tamanha a dança...
Faz-me feliz!

(Respondendo ao comentário da Ana.)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Soneto rasgado

Gosto de imaginar uma voz rouca.
Para sentir na boca o gosto desejado.
Gosto de sentir o toque insentido.
Para sentir na pele o gosto do pecado.

Gosto de mergulhar meu olhar perdido.
Em um olhar nunca visto e assim sonhado.
Gosto de desejar desejos loucos...
Em um corpo desnudo, recatado.

Gosto de imaginar beijos indecentes...
E o imprudente no prudente
... Escandalizado!

Desejos, tão, bem trancados.
Que nesse soneto...
Trago rasgado.

sábado, 13 de setembro de 2008

Chegada delirante

Chega exausto, esfuziante!
Os olhos despertam cintilantes, na alegria de me ver.
E no delírio da saudade quer matar toda vontade.
Sufocante de prazer!

Desejos reprimidos.
Em loucos beijos incontidos.
Roça a barba.
Faz doer!

Prefiro dor às noites sombrias.
Prefiro calor às noites frias.
O agitar que faz tremer!

E do beijo no rosto ao corpo exposto, tanto afago!
E o silêncio abafado nem reclama.
Geme juntinho, rola na cama!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Olhos nos olhos


Olhe-me nos olhos.
Quero ver a profundeza do seu ser.
Quero ver a sua alma.
Ver se é real o bem querer.

Olhe-me nos olhos, ele nada esconde.
Fite os seus olhos nos meus.
Não tenho o olhar vago, perdido.
Nem olho caído ao olhar os seus.

Olhe-me nos olhos.
Preciso penetrar em sua alma.
Sentir a sua inquietude ou calma.

Eu não desvio o meu olhar do seu
Vê que é real quando digo ser sua.
Quero ver se é real quando diz ser meu.