Soneto a um vinho château
Mais um ano, em sua vida, floresce.
E diz que não quer florescer!
Em meus braços frutados, eu sei.
Você espera morrer.
Com o sabor de frutas vermelhas, esperei por você.
Desejando que ao chegar à meia idade.
O melhor aroma pudesse exaurir
E o melhor vinho eu pudesse beber.
Chegou a idade e, com o tempo,
muito aroma foi perdido.
Sem que eu pudesse o bom vinho ter bebido.
Hoje eu ergo a taça do destino
Com a elegância dos taninos finos.
E sinto, amargo, o bouquet.
Maraláxia é um lugar divino, de pessoas com coração bom e terno. Na Maraláxia tem um templo há muito consagrado. É um templo de amor. É o nosso Templo! As postagens deste blog são de minha autoria. Quando não eu direciono a origem das mesmas. Este é um cantinho que surgiu com muito carinho. Espero que gostem e curtam comigo. É bom partilhar com vocês minhas reais loucuras. Bem- vindos!
8 comentários:
Tia, que lindo..... vc escreve com o coração, isso é muito bonito mesmo!
Parabéns ao tio Fábio por mais esse ano, parabéns a todos vcs!
Beijos, abraços e tim tim!!! Viva a vida!
Ana.
Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram.- Cícero
E, alguns, viram vinagre!
Se isso acontecer, eu usarei como tempero em uma salada colorida.
E ficará maravilhosa como a vida.
Um brinde à vida!
Que é bonita, é bonita e
É BONITA!
Tim tim!!!
Querida amiga, não a sabia tão versátil... ao ponto de nos servir, com a elegância de sempre, um vinho tão poético...
Gostei do seu soneto, apesar do bouquet amargo do final...
Bom Domingo e boa semana para vc.
Um beijo.
São os taninos... São os taninos!
Os taninos, deste vinho,
deram-me a sensação
de estar degustando um caqui
ou uma banana verde.
Amarraram a minha boca com tamanha intensidade,
que eu pensei:
Com a idade, haverão de amaciar!
Mas, não!
Continuaram a amargar.
Não procurei, neste vinho, cores.
Nem sabores exóticos.
Nem exigi que fosse encorpado.
E nem que, à sombra, ficasse guardado.
Nada disso!
Eu só desejei, do vinho, delicadeza.
Desejei erguer a taça com leveza.
E poder sentir, dele, os aromas mais finos.
E poder degustar os sedosos sabores dos taninos.
O vinho envelheceu.
E eu não tenho porque mentir.
Entristeceu-me sentir
O sabor amargo no bouquet.
De qualquer maneira, eu brindo à vida:
Tim tim!!!
Brindem comigo os bons, os loucos.
E são tão poucos...
E são tão poucos...
TIM TIM!!!!
Imagino o canto maternal das baleias
Como doce e sentida balada
Imagino um beijo na procura
De uma fugidia criatura amada
Um domador de ventos e tempestades
Uma viagem de aventuras repleta
Serei eu um herói de comédia de enganos?
Ou apenas um pobre e louco poeta
Doce beijo
Elegante...
Adorei!!!!!
O teu improviso nos comentários nada fica a dever em qualidade ao do post.
O tanino é tramado... mas brindo contigo...
Querida amiga, boa semana.
Um beijo.
Sim, o tanino é tramado!
E eu brindo com vinho,
vermelho-sangue, encarnado.
Com o aroma das flores
Do sabor do pecado.
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