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segunda-feira, 15 de março de 2010

Amarga retórica de um cativo


Uma máquina em movimento.
Que de sofrimento não abastece.
Enlouquece!

Não busca o perigo, o risco.
Com a tristeza infundada quase morre.
Mas não foge, não corre.

É a razão, ela não nega!
Mas aos sonhos se entrega.
Sem transcender os limites da travessia.

A alegria é a grande aventura.
O lar, a família, é o santuário.
E quando tudo parece morrer

dá o arranque total.
Não é tão frágil quanto aparenta,

não é uma máquina normal.

Peregrina no deserto dos dias a dois.
E, depois, derrapa em uma barreira de gelo.
Mas não silencia!
Quebra a barreira sem que atrapalhe a travessia.

Poderia correr a toda velocidade.

Sair por aí.
Mas não!

Não é um modelo normal:
Tem corpo, alma, coração.

E o espírito que poderia ser livre
Fica aprisionado por uma única razão:
Proteger um santuário sagrado:
A família.

5 comentários:

Henrique António Pedro disse...

Um poema formalmente belo e, em substancia, com uma boa causa. Haverá razão maior, na vida?
Aplausos.

Bj

POETACARDS disse...

Gostei,

É difícil ser uma "máquina" ter uma potência e não poder acelerar rumo à novas aventuras. Mas a manutenção de nossa ofícina vale mais a pena, pois os anos passam os modelos ficam ultrapassados, mas tendo nossa aconchegante garagem podemos pelos menos conservar a carcaça mesmo que o motor não funcione muito bem. bjs e bom dia!

Luis Ferreira disse...

Nas asas do vento, trouxe-te um poema:

"As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas...."
Eugénio de Andrade

Adorei visitar-te e de ler as tuas belas palavras.

Parabens
Bj
Luis

Anônimo disse...

Lindo de morrer.......Na garagem de meu falecido Pai, havia uma máquina assim. Falhava,falhava,mas,era tão estimada porque guardava lembranças boas. Que saudades daqule tempo daquela máquina...Sônia Salles.

Fátima disse...

Sim, as palavras são cristais.
E algumas ferem como um punhal.
Às vezes incendeiam!
Outras caem como orvalho apenas.
De forma leve, serena.

O problema é o uso indevido, impulsivo, impensado delas.
Eu sou uma cópia infiel do Criador.
Com elas já causei dor.

Fiquei, depois, a pensar na vida.
Mas já havia feito a ferida.
Havia machucado.
É preciso cuidado com o uso das palavras, eu sei.
Nunca me perdoei por ter ferido
uma das pessoas que eu mais amo.
E sempre amarei.


Obrigada a todos.
São sempre bem- vindos.
Com carinho
Fátima