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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Febre

A elevação da temperatura corporal parecia diferente.
Não compatível com o habitual
Era um calor intenso, um suador e um frio imenso.
Dores musculares!
Embora fizesse calor, este suor não provinha do tempo.
Mesmo assim, não poderia haver lamento
Sabia que a febre era um alerta, algo protetor.
Era preciso correr e avaliar os sintomas.
Algo não estava bem em mim.
E foi assim que passei a noite e a madrugada.
Tentei e... nada!
Meu rosto vermelho e ao olhar-me no espelho...
Vi que embora não estivesse bem
Eu estava bonita, vermelha como ninguém!
Parei para apreciar e vi o meu olhar expressivo e arregalado
Desfeito em olhos caídos, em calor, esmiuçados.
Deles, uma lágrima suplantava.
O lábio, de um ardor intenso, me queimava.
Toquei meu corpo, tentei apressar meus passos.
Parei e, sozinha, fiquei.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Cartão corporativo

Só rindo mesmo.Esta vida é muito engraçada.

Einstein na Maraláxia

A única coisa que voa livre é o pensamento.
Sonhar acordado para quê? Ainda pergunta?
Só pelo simples fato de sonhar. O dia em que, eu perder esta capacidade é melhor deixar de existir. Viajo... viajo em sonhos. Mesmo no escuro, tateando incertezas, eu tento ver luz.
Até Einstein viajou, ao lado da luz, no campo das incertezas e nelas encontrou probabilidades.
E eu viajo procurando o fim do túnel. Eu sei que lá, a luz está. Sei que existe!
Não há gravidade que deforme esta luz que, de longe, me ilumina. Já dizia Einstein:
“A imaginação é mais importante que o conhecimento”.
E abraçou o não conformismo.
... Se não consigo viajar ao lado da luz, tento pelo menos, buscá- la. Porque a enxergo. Quero que, todos sejam também iluminados. Meu Deus, ela existe, está aqui. Aqui em mim, pertinho. Em nós!
Imagino que, um dia, eu possa fazer entender o universo em que vivemos.
Imagino que, um dia, eu possa fazer ver a magia que paira neste espaço de tempo tão curto, que é a vida. Não, eu não vou sossegar!
Hei de fazer ver. Hei de fazer alguém enxergar.
Sonho e rio, sonho todos os meus sonhos.
Sinto que, as vezes, esta luz se esconde, parece tão distante e eu me desespero. Ela tem que estar lá, em algum lugar deste espaço. Deste tempo.
Eu preciso crer!
Eu quero crer, por isso eu sonho.
Deixe... deixe- me sonhar.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Voa Liberdade - Jessé

Voa o meu ser, no infinito do querer.
Maraláxia voante.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Minotauro

Em noites mal dormidas vagueei.
Tentei suprir a solidão. Fiz-me rio, margeei angústias.
E a menina dengosa, manhosa, sapeca e cheia de prosa, dá margem a dúvidas para quem a lê. Tenta explicar e ninguém a entende, nem entenderá!
Conflitante, fica sozinha.
A menina emocional e feliz transmuta-se em um ser racional, pensante e triste. Sente-se em um labirinto, em teias. Prende-se a elas.
Mulher-aranha. Engraçado, não é?
Não, não é!
Aranha, teia... Ariadne sem Teseu ( não estou dando margem a gracejos ).
Sem Teseu, sem Egeu... sem Dionísio...
Com Minotauro... Talvez!

Presa em um labirinto.
O quê fazer nesta época da vida?
Vaguear pela madrugada?

Claro que não!
... Para quê?
A procura de tudo e afundar-me ao nada. Com certeza!
E a voz da sensatez deste ser pensante soa gritante.

Pede calma. Calma, calma... CALMA!
E a alma angustia, atordoa e argumenta.
A Teseu é dada a espada e o fio.
E ele inteligentemente, dentro da sua própria loucura, enfrenta o Minotauro e sai e sairá bem, sempre, do labirinto.
E Ariadne, estagnada, sufocada, ficará no meio do caminho. Mascarada em entorpecidos sorrisos. Em frente ao nada!
E Vênus se apiedará?
Claro que não !
É a razão e a extinta paixão. Loucura de um outro ser.
Coisa de louco mesmo!
Como a tarântula, seguro o fio do labirinto.
O fio moral!
Que mais parece o fio indionisado.
A vontade louca de reagir, invade e confunde.
O real e o lúdico da vida, envolve e entrelaça de forma extremamente confusa. Presa em fios. Tantos!
Dupla conversão, pura confusão.
Concatenar idéias para quê?
Melhor enlouquecer !

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Súplica

Senhor, eu quero a sua morada.
Bem sei, existe.
Em quê consiste esta descrença agora?
Até isso foi- me tirado ou eu joguei fora.

Senhor, não permita que assim tudo termine.
Não permita que meus alegres anos vividos
Sejam transformados em tristes gemidos.

Senhor, agora é madrugada.
Nem chorei, nem dormi.
Angustiada!

Senhor dê-me abrigo, fique comigo!
Eu preciso ser rocha e hoje eu sou areia.
Senhor, eu quero de volta a sua morada.
Estou sujeita ao vento, um sopro e... nada!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Fantasia da cenoura



Era vez uma cenoura fantasiada de mulher.
E um coelho que mal havia comido e já havia morrido.
A mulher, quero dizer a cenoura, era toda delineada.
De roupa alaranjada e colarinho verde, em uma noite de carnaval saiu da horta onde estava plantada. Toda afobada, ela sacudiu a terra molhada meio apodrecida.
Olhou, olhou de lado e...
Viu um coelho! Mas, muito, muito cansado.
De saco cheio de ficar escondida, resolveu sair pela vida. Gritou, gritou bem alto, até chacoalhou o coelho e... Nada!
Pensou que fosse época da colheita e pudesse ser degustada por este coelhinho malvado.
Mas, coitado, que nada!
As suas enormes e peludas orelhas estavam caídas, o pompom do rabicó e o ralo bigode haviam sumido. Será que o velho coelho estava dormindo?
Parecia ter morrido.
A cenoura resolveu, então, sair. Afinal, era noite de carnaval. Não havia perigo.
Como a parte importante da cenoura sempre foi a raiz, o preparo do solo, para ela, também sempre foi muito importante.
Assim, bem cultivada, ela conseguia bem desenvolver e viver. Mesmo que não fosse comida pelo coelho, conseguia envelhecer adequadamente, sem deformações. A cenoura sempre foi uma planta muito dengosa. Da terra, sempre quis a doçura, o básico. Nunca tolerou a acidez do solo.
O máximo que poderia ocorrer, não fosse adequadamente comida, seria envelhecer e servir de adubo. Mas, naquela noite de carnaval, a cenoura fantasiou-se de mulher e saiu.
Ao retornar do baile, passava a madrugada. Ainda de roupa contornada, voltou para o plantio, o solo estava um pouco ácido. Arredia, olhou para os lados e...
Que coisa fria!!!
Era o coelho.
Coitado
... dormia.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

O beijo

O primeiro beijo foi obra do Criador.
Após formar o homem do pó da terra,
soprou- lhe nas narinas e deu-lhe o fôlego da vida.
E o homem tornou-se alma vivente.
E, como alma vivente e sedento de desejos,
transformou o sopro divino em eloqüentes beijos.
Quando se quer bem, se quer alguém...
De um simples olhar, de um simples toque de mão,
há o toque labial.
A sensibilidade existente nos lábios é algo estranho.
Ao simples toque, um sopro divino e humano
faz o fôlego perder.
E se a sucção ocorrer, opera o milagre da vida
que, também, faz morrer.
A saliva é liberada em um mar de desejos.
A língua é movimentada de forma desordenada.
Mergulha fundo neste mar profundo.
Loucos beijos são desencadeados.
Neste mar, ondas dançam em plena bebedeira.
E o ser humano perde o total senso de equilíbrio.
Inebriado, fica também, com o corpo ao outro geminado.
E o engraçado é que, para muitos, isto é conhecido.
Mas, nesta hora, neste envolvimento,
tudo, fica esquecido.
Perdidos, esquecem o perigo.
É o prejuízo que o desmedido beijo faz.
Vírus e bactérias se fantasiam e proliferam.
Excitadas, entram nesta dança.
Parecem serpentinas em noite de carnaval.
Não há nada que as faça dominar.
Nesta dança, também elas, querem brincar.
E pulam e brincam e dançam.
E também faz dançar.
Simples beijos que podem matar.
Cuidado!
É carnaval.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Corrida maluca

Vi um ser correndo.
Perguntei o que fazia com tanta pressa.
O porquê corria tanto.
Mal respondeu e continuou correndo.
Apressei meus passos, corri também.
Não consegui entender.
A corrida era tão angustiante.
Queria saber o que tanto buscava.
Quando percebi, tantos momentos eu já havia perdido.
Pensei que pudesse entender, pensei ter conseguido.
Mas, não!
Parei, chorei muito e voltei.
Percebi que não havia muito mais tempo.
Com lamento, corri atrás do tudo perdido.
Algumas coisas estavam mudadas.
Pessoas amadas já haviam partido.
Meu Deus!
Como eu havia me distanciado.
Como eu havia corrido!
E eu quase cheguei.
Eu cheguei perto, cheguei sim!
Não era dinheiro, não era fama.
Cansei de tanto correr e nada foi mudado.
O ser nem sequer parou, nem olhou do lado e...
Continuou correndo... correndo... correndo...
Correndo cada vez mais apressado.
Cada vez mais cansado.
Coitado!