contador

Hits Since February 12, 2007!

Free Hit Counter by Pliner.Net

Tradutor

Seguidores

sábado, 15 de setembro de 2012

Nada de novo

Pois é, nada de novo, nada escrito.
Tenho dito que o velho é melhor, mais prazeroso...
Tenho estado em um tempo gostoso,
onde a saudade, hoje, toma conta.
Nada...
 mais nada de novo.
Nada acabou de acontecer
ou que ainda não tenha sido divulgado.
A não ser a saudade
e o vazio que vive ao meu lado.
A minha casa primeira ficou tão vazia...
E os dias...
cheios de SAUDADE.



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Chova chuva...


Se chover
 Quero da chuva me embriagar.
 Me molhar até cair...
E deixar grudado ao corpo o meu vestido.

Meus mamilos, intumescidos,
 deixarei expostos,
 voltados para o céu em forma de prece.
 Ninguém merece esse calor,
essa secura...
E se alguém aparecer com graça,
 querendo me cobrir...
 Ah... vai ter que rolar e cair,
 comigo, na chuva.


Crédito da imagem: google images

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ébrio?



Não...
Eu não me tornei um ébrio
e na bebida nada busquei esquecer.

Confesso:
Já bebi para não enlouquecer.
para rir, dançar e não morrer.

Bebendo me encorajei !
Falei coisas que não devia,
ouvi coisas que não queria...
E, chorei!

Bebi
e bebo com moderação.
Não nado em ouro,
mas tenho alcova de algodão.

Quando quero fazer graça
escorrego no cetim.
Amigos nunca se afastaram de mim...
E tenho uma família maravilhosa!
Quando eu morrer
escreverão à minha campa:
Aqui ROSA 
a mais louca, a mais santa
Descansa em paz.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Uvas passam

Gosto da chuva no rosto.
Do gosto do vinho tinto.
Sinto o corpo malhado,
molhado
 cansado
 sinto.
Diante da chuva...
Sou uva macerada.
Deixo-me molhar, ser pisada,
até que o cansaço me vença.
Deixo-me beber até a dormência
e pela chuva ser bebida.
Livre de toda carência,
pela vida ser vencida.
E eu bebo...
Bebo do vinho...
E me bebe a chuva...
E chupa da uva...
amassada! 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Dama da noite

Sumi; às vezes eu sumo !
Gosto que perguntem por mim.
Enquanto perguntavam...
Plantava-me em outro jardim.

Entre outras plantas,
encontrei uma muito cheirosa.
Aparou meus espinhos e questionou,
chamando-me de Rosa.

" porque na defensiva assim?
 Para que tanto espinho...
Será que em seu caminho
tem tanta gente ruim? "

Olhei, envergonhada,
sem conhecer-me, a delicada,
curvava os galhos para mim.

Crédito da imagem- Google images

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Flores minhas

Tenho um amigo
que hoje me enviou flores.
Todas muito coloridas...
Menos as roxas!( disse senti-las tristes)

Bons jardineiros existem
e entre as flores tristes
sensíveis sentem.

Saudou-me pela volta
como se eu estivesse doente.
Ou se sumido houvesse.

Fiz uma prece
diante de tamanha poesia,
fiz poesia depois da prece.



Obrigada...

Obrigada, as flores são lindas...     Imagem do Google images.

Graças pela vida


Sim, eu me entristeço!
Eu me aborreço com futilidades.
 Sinto saudades de um tempo puro,
 onde o impuro era inverdade.
 Em minha cidade, antes vila pequena,
sonhou-se grande, veio a conquista.
De um dentista, de médio porte,
nasceram filhos de raça forte.
Cresci assim... cheia de graça:
 DANDO GRAÇAS PELA VIDA!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Abrindo janelas

Pedem-me para varrer este templo,
deixar de lamentos,
abrir janelas.
Acender velas e muito incenso.
E eu penso...
como deixar os mortos, que viveram comigo, no seu próprio limbo
 e enxugar as lágrimas e parar de me lamuriar.
Devo, pois, escrever versos?
 Mesmo sem rima, sem poesia?

De rimas pobres o blog sempre foi vestido!
De rimas vazias, sem sentido.
A última postagem fala sobre mãos
 e o meu coração veste uma angústia sem fim.

Ando ausente,
perdi uma pessoa muito querida!
Tenho vivido a morte
 e morrido a vida.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Essas mãos

" Poderias mergulhar como um só bloco no nada para onde vão os mortos: consolar-me-ia se me legasses as tuas mãos.
 Apenas as tuas mãos subsistiriam, separadas de ti, inexplicáveis como as dos deuses de mármore que se tornam pó e cal dos seus próprios túmulos.
Elas sobreviveriam aos teus actos, aos miseráveis corpos que acariciaram. Entre as coisas e ti, elas já não seriam intermediários: seriam elas próprias, transformadas em coisas.
Voltando a ser inocentes, pois tu já lá não estarias para fazer delas tuas cúmplices, tristes como galgos sem dono, desconcertadas como arcanjos a quem já nenhum deus dá ordens, as tuas mãos vãs repousariam sobre os joelhos das trevas.
As tuas mãos abertas, incapazes de dar ou de agarrar qualquer alegria, ter-me-iam deixado cair como uma boneca quebrada.
Beijo ao nível do pulso essas mãos indiferentes que a tua vontade já não afasta das minhas; acaricio a artéria azul, a coluna de sangue que outrora, incessante como o jacto de uma fonte, surgia do solo do teu coração.
 Com pequenos soluços satisfeitos, encosto a cabeça como uma criança, entre as palmas cheias de estrelas, de cruzes, de precipícios daquilo que foi o meu destino."





Marguerite Yourcenar