Imagino-o de cabelos anelados,
de dentes bem cuidados,
lábios superiores finos
e enormes olheiras assombreadas.
Pelas noites, acordada, a insônia eu percebo.
Vejo dedos finos manuseando um pincel
e imagino mãos fortes cinzelando...
Lapidando pedra bruta!
Imagino, do escultor, a sua luta interna.
Imagino as cores que o seu ser hiberna.
Imagino a cor da sua alma!
Imagino a calma do dedilhar blues ao violão.
E sinto a grandeza do coração em forma musicada.
E por suaves notas eu sou tocada.
Maraláxia é um lugar divino, de pessoas com coração bom e terno. Na Maraláxia tem um templo há muito consagrado. É um templo de amor. É o nosso Templo! As postagens deste blog são de minha autoria. Quando não eu direciono a origem das mesmas. Este é um cantinho que surgiu com muito carinho. Espero que gostem e curtam comigo. É bom partilhar com vocês minhas reais loucuras. Bem- vindos!
contador
sábado, 16 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Bom final de semana
Eu, sem vocês, amigos da Maraláxia,
" Sou chama sem luz, jardim sem luar... "
Obrigada a todos!
com carinho
muitos sorrisos
e uma flor
rosa de Fátima
Crédito-http://mais.uol.com.br/view/1iltmo6cmy4p/karaoke-pra-surdo-e-mudo-04023964D0C18346?fullimage=1&types=A
Flor de meu ser

Minha querida
Do meu ventre foi a semente.
O nascer flor, prematura.
O cabelo enrolado, pétala despencada
na doce face da rebelde criatura.
Quão grande a semente...
Virou flor, vejo o fruto.
Cuida de seres doentes,
de neonatos a adultos.
Bendito o meu ventre,
que tão nobre semente acolheu.
Bendita semente que lutou pela vida
e sobreviveu!
Bendito o nosso Deus, minha querida,
que permitiu a sua vida!
Para que outras vidas fossem salvas.
Uma salva de palmas pra vc!
Você é a presença viva da existência
de Deus.
Obrigada, minha filha, e parabéns!
terça-feira, 12 de abril de 2011
CANTICO NEGRO
Cântico negro meu.
" Quando você vai embora
não faz noite o meu viver."
Meus passos me levam
à casa que me viu nascer.
Não adianta me censurar...
Minhas noites, longe, vão.
Meus passos me levam
aonde dita o coração.
Não vou por onde me dita,
sou dona de minhas vontades.
Não ouço quando me censura,
nem mais censuro suas vaidades.
Seguimos assim:
eu não obedeço
e você pensa que manda em mim!

segunda-feira, 11 de abril de 2011
A rosa e a pedra
Esta pedra vem de uma pedreira
de pedras irregulares.
Muito dura de ser lapidada...
Complicada a escultura!
Mesmo assim ela tentou.
As mãos machucadas sangraram.
Ela sangrou inteira!
Voltou na pedreira
e percebeu o que não havia percebido
quando se apaixonou por aquela pedra.
Todas as pedras eram assim,
não havia distinção, elas eram do mesmo bloco.
O que Michelângelo havia dito ela sabia...
E por isso ela tentava tirar da pedra o que podia.
Acreditava que dentro dela
algo belo se escondia.
Foram dias, meses, anos.
Puta engano!
pedra
pedrA
pedRA
peDRA
pEDRA
PEDRA!
E pensa que ela desistiu?
... persistente!
Ainda tenta salvar toda a pedreira dos acidentes
da natureza.
E para dar beleza aquele lugar frio
se (im) plantou lá inteira.
Coisa linda está a roseira!
no meio daquelas pedras frias,
tristes.
Com carinho de uma flor
Rosa de Fátima
sábado, 9 de abril de 2011
Pedra pedra
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Ao meu irmão

Debaixo de uma mangueira copada brincava o menino,
cujos sonhos pequeninos não tinham bem uma definição.
Seus irmãos tinham partido
dando um novo sentido aquela geração.
Na rua, como diria o irmão Antoninho ,
de terra batida,
nenhuma bicicleta perdida
de segunda ou terceira mão.
Palitos de sorvetes, da calçada do único bar da cidade,
bar do seu Hermínio,
eram cuidadosamente armazenados.
Quando a quantidade de palanques, palitos, era suficiente,
o curral era montado.
E demorava tempo...
Porque poucas pessoas tomavam sorvete.
E antes mesmo que ele derretesse
havia uma criança olhando aquele palito.
Feito o curral imaginário, de palitos de sorvete,
ele era povoado do gado de mangas verdes ou maduras.
E o gado-manga desfilava na planura da mangueira...
E de brincadeira, naquele piquete, era vacinado.
Lá mesmo o gado era comercializado
com folhas, de feijão guandu, amareladas.
Eram crianças felizes,
sem nenhum brinquedo industrializado.
O tempo passou.
O menino cresceu com todas as realizações
que um ser humano sonhante e batalhador tem direito.
Os palitos de sorvetes viraram palanques de verdade,
o gado- manga virou gado da raça Nelore,
gado da raça Brahma...
E em importantes construções civis o menino
levou distante o nome da pequena terra.
Títulos recebidos!
Nesse momento, meu irmão querido,
eu estou aqui em um intervalo do meu labor,
sou ainda a Rosa, nome da mamãe, nome de flor.
Não estou sentada sob a mangueira copada
e nem o papai está na calçada,
lendo o único jornal vindo para a cidade.
Crescemos, eis a verdade!
CRESCEMOS...
LITERALMENTE CRESCEMOS!
E meu abraço, hoje ausente,
é de orgulho, muito orgulho de você.
Parabéns Zéca!
Com carinho e duas flores
Uma vinda lá do céu
Rosa e rosa de Fátima
Na foto- eu e meu irmão.
domingo, 3 de abril de 2011
Cheiro de domingo
Sinto o cheiro do pão quente
e do adorno do leitão.
Sinto o cheiro do frango cozido.
Do milho, do quintal colhido,
assando na brasa do fogão.
Sinto o cheiro da salsinha, da cebolinha...
E, na salada de tomate, do manjericão.
Vejo o domingo tão antigo...
A mamãe e as tias na cozinha,
as trouxinhas do capeleti feito à mão.
Após a missa a mesa bem colocada,
os assentos nas posições tomadas.
O sinal da cruz, a oração.
Hoje, eu vejo o domingo diferente.
Visito meus amores tão cansados, tão doentes...
Sobreviventes! De uma geração onde nada era comprado.
Onde tudo era manuseado com amor.
O domingo tinha cheiro de saúde.
Hoje tem cheiro de dor.
Mesmo assim o domingo com elas, naquela casa,
tem um cheiro gostoso.
Cada vez que volto dele (delas)
Volto com a certeza
de que o domingo tem uma beleza
que me faz lembrar dos bons cheiros de domingo.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)