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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Despertar de ternura

Ainda ouço seu último estertor.
E, com tal dor, lembro da morte.

Ouço a sua voz rouca e crepitante.
Vejo-o na janela com a r
espiração ofegante!

Se após a morte há o despertar...
Quero crer que, um dia, eu despertarei.
Nesse seu lugar!
Que, um dia, eu poderei bem lhe encontrar.

E, sendo assim, meu pai querido...
Sempre, crente e
destemida.
Que eu saiba morrer da vida
Toda, a minha loucura.

E permita-me Deus que eu viva
Ao desprender-me daqui.
Perdidos momentos de ternura.

7 de dezembro, de um ano muito distante, nascia um HOMEM que eu admiro até hoje- meu PAI.

3 comentários:

Francisco Castro disse...

Iniciar o dia lendo uma poesia dessas é realmente maravilhoso. Muito boa, gostei mesmo desse poema seu.

Abraços

Anônimo disse...

Didi, muito bom encontrar um texto novo no Maraláxia. Lindo demais! Que bom que vc acredita nesse despertar... ele existe, é real, Graças a Deus!!!! Saudades de vcs todos.... mil beijos, Ana.

Anônimo disse...

MANAFA

LINDO, EMOCIONANTE! É O QUE EU ESCREVERIA SE ASSIM PUDESSE!
OBRIGADO!

MANOTÓ