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domingo, 29 de novembro de 2009

Piedade

Chove lá fora
e aqui dentro a dor perpetua
Na angústia da noite indormida.
A convalescença doída,
respiração ofegante.
Cansada, o peito chiado, a inalação.
Sem posição para ficar.
Deitada faz sentar, sentada quer deitar.
Pobre coração.
E se dor servir para santificação...
Santa!

Sofro, minha tia querida.
Essa sua dor tão doída
me dói tanto, tanto...
Que nessa madrugada, em prantos.
Eu peço a Deus que tenha piedade.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dor

No dormitório sem dormidor.
A dorsalgia navega no dorso em flor.
Navega dor.

E o braço dormente,
no triste balanço, a dor dela sente.
E rema... Rema dor.

Dormonides, dorflexs, dorils e dores mil.
Deságua no rio de lágrimas de um sofre dor.
E amanhece o dia, escurece dor.

O corpo vencido e cansado,
no tecido rasgado pelo arpoador.
Arpoa dor, no silencio do sofre dor.

Dor, dor, dor...
Dor de noite e dor de dia.
Tanta dor embutida nessa poesia... Dói a dor.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Planos e planos

Na engenharia e arquitetura do universo

A engenharia do universo eu desconheço, mas aprendi que nele existe um arquiteto que idealiza, projeta e supervisiona planos, independente de nossa vontade.
Somos doutores em leis e cálculos, providos de inteligência e com contas bancárias, às vezes, consideráveis, mas não temos acesso a esses planos e mesmo que tivéssemos não poderíamos mudá-los.
Idealizamos planos e traçamos, assim, outros planos paralelos.

Retiramos do universo energia e cores sonhadas, livre escolha!
Assim, provavelmente, surgem as diferentes construções humanas. Pensando nisso, questionante, em exaustiva madrugada eu revi as cores do meu universo.
Lembrei-me de cores alegres, vivas!
E vi cores tristes e sombrias, cores de uma realidade que eu não queria enxergar ou aceitar, cores que os olhos, muitas vezes, acostumados com as aparências, não conseguem alcançar.

Chorei diante dessas cores. Senti medo!
Abri a janela para enxergar a beleza do verde no jardim da praça, quatro horas e quinze minutos da madrugada.
Ar parado, nenhum verde balanço de folha contrastando com o negrume do céu ou do asfalto abafado.
Nada!
Deixei a janela aberta e voltei o meu olhar para o interior do quarto, a cama vestia cores tristes, tão pálidas... Nela, um ser querido, enfermo, procurava uma posição confortável para descansar, tentava se equilibrar, na cama, como um pássaro ferido em frágeis galhos.
Ali estava minha tia querida, minha tia engraçada, muito amada.
Ali, tão frágil, tão lúcida, tão corajosa!
Balançando em frágeis galhos.

Nós curamos suas asas tia. Cante... CANTE!
Voe perto de mim.
Não voe para longe, não agora!
Por favor...
Os planos?
Eu tinha planos para os próximos dias. Planos que eu estabeleci!
Uma festa ornada de cores alegres, música, amigos, vocês!
Mas, era um plano meu, um plano paralelo.
Não se preocupe tia, meus planos, agora, dependem dos seus e os seus do arquiteto maior.
Ficarei ao seu lado, farei festa, será o meu melhor e maior presente.
Quero aprender a desenhar e pintar a vida com suas cores fortes.

Sentir, de perto, a fragilidade de galhos secos e observar o equilíbrio dos pássaros que com ele vergam e mesmo assim cantam. Encantam!
Aprender que planos superiores existem e c
rença também!
Reforçar valores essenciais.
E um dia, então, quem sabe?

Ter a mesma coragem para alçar o vôo infinito.
Obrigada Tia Anália.
Amo a senhora.

Muito!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Filhas- Mães de mães

Tudo realmente tem o seu tempo.
Chegará o momento de ser mãe de sua mãe.
E nesse momento, então, reviverá cuidados vividos.

Recomponha, então, os sentidos e contenha as lágrimas.
Não há muito a fazer.
Essa sua filha não vai mais crescer.

Não deixe que perceba o seu sofrimento.
A filha, desse momento, é só resignação, bondade.
E na sabedoria, da idade, aprendeu a morrer.
Não deixe vê-la sofrer.

Contenha a dor, s
ufoque a amargura.
Cuide dessa sua filha com ternura
e chore... escondida!
Não deixe, sequer, uma lágrima caída.

Você sempre será, por ela, muito amada, p
rotegida!
Ela não suportaria vê-la chorar.
Então, não chore... o
u chore.
Escondida!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Entre muros a fronteira interna da Alemanha

Uma fronteira corta a Alemanha ao meio, separando o leste do oeste, o comunismo da democracia, a repressão da liberdade, tendo como único objetivo impedir o povo da Alemanha oriental, de regime comunista, de fugir para a liberdade da Republica Federal da Alemanha, no lado ocidental. A situação de Berlim, bastante peculiar, situada no centro da Alemanha oriental, no final da segunda guerra mundial foi dividida em quatro setores. Em 1961 as partes ocidentais foram cercadas por uma divisa fortificada, em torno de 155 km, o Muro de Berlim. Este vídeo mostra o esquema de segurança utilizado para impedir que as pessoas do lado oriental fugissem para o lado ocidental, era uma operação muito cara e complicada. Barreiras incríveis eram feitas antes de chegar ao muro. Muitas barreiras! Para chegar ao muro e escapar da Alemanha Oriental, o fugitivo tinha, antes, de atravessar uma faixa de extrema segurança, a chamada Zona da Morte. Tapetes de aço com pinos de 14 cm de comprimento, o famoso tabuleiro de aspargo ou gramado de Stalin. Torres de segurança, cerca elétrica e alarmes, que ao simples toque disparava. Preocupados, com os coelhos da região, aberturas pequenas foram feitas no muro, bem perto das fundações. Cães de guarda, também, reforçavam a vigilância. Os soldados vigiavam e sabiam exatamente o que estava acontecendo e onde, assim, avisavam os demais companheiros para capturarem o fugitivo.
A noite havia um sistema de iluminação fantástico, que iluminava a área como luz do dia. Nessa “Faixa da morte”, nos fios de arame, existia uma luz de um amarelo intenso que disparava ao simples toque. Havia, também, a luz vermelha, que dimensionava o quanto o fugitivo distanciava do local.
Contavam com mais 160 mil dispositivos automáticos na divisa e atiravam e matavam se alguém se atrevesse a fugir. Coisa de louco!
A área na zona restrita era vigiada permanentemente.
Até a igreja da reconciliação, próxima a faixa da morte, foi demolida para não obstruir a visão dos guardas( hoje, reconstruída). Eram tantos os obstáculos, tantos, antes do muro, que só os loucos, desesperados, atreviam fugir.
Pesadas portas foram feitas no muro, para os guardas do lado oriental inspecionarem a manutenção do muro no lado ocidental, eram tão pesadas que precisavam mais de dois homens para abri-las.
Plataformas de observação foram feitas no lado ocidental, usadas inicialmente pelos soldados ocidentais, depois pelos turistas para observar o lado oriental.
Muitas pessoas morreram tentando essa travessia. Muitas!
Famílias foram separadas, muitos amores e sonhos perdidos, sofrimento. Cicatrizes ficaram!
Que tudo isso sirva de reflexão sobre os absurdos causados pela guerra e que reine a paz e o amor entre os homens.

sábado, 7 de novembro de 2009

Muro de Berlim


Durante muito tempo eu fiquei imaginando como teria sido esse muro, essa separação e, agora, estive perto, vi cicatrizes apenas do que restou, um caminho de paralelepípedos demarcando a linha percorrida anteriormente por êle. Fiquei imaginando como teria sido e embora chovesse e fizesse frio, quis andar por lá, ver o muro restante de perto, fotografar, saber tudo, impossível imaginar tamanha bestialidade. O idealizador do muro foi Walter Ulbricht, chefe de Estado da República Democrática Alemã (RDA). O regime devia ser tão bom, tão bom, que ele precisou dessa muralha para impedir o êxodo de milhares de pessoas para o outro lado, o da República Federal da Alemanha. Vestígios do Muro estão lá, no chão, em acervos nos museus, em pedaços restantes. Cicatrizes, apenas, ficaram, para lembrar o que passou e, hoje, marcam a reunificação de Berlim.


Estas duas fotos é em Checkpoint Charlie, o mais famoso posto fronteiriço entre Leste e Oeste, por onde estrangeiros e diplomatas tinham de passar para chegar a Berlim Oriental. Em junho de 1990, o posto foi desativado. Acima de um casebre mantido até hoje, ainda com os holofotes que serviam para controle, há um alto mastro com retratos de dois soldados uniformizados: de um lado, voltado para Berlim Ocidental, um americano; de outro, voltado para Berlim Oriental, um russo. Ao lado, o museu Haus am Checkpoint Charlie, inaugurado em 1963 na última casa antes da fronteira. Enquanto o Muro existiu, a casa foi um dos principais pontos de apoio a fugitivos da RDA, onde fugas eram planejadas e avaliadas. Hoje, a casa é um museu sobre o Muro.


Neste local, próximo a esse restante de muro, funcionava a sede da Gestapo e da SS, respectivamente o serviço secreto e as tropas especiais de segurança nazistas.

Fotos estão lá, estampadas, contando a história.
Emocionante Berlim.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Portão de Brandenburgo


O portão de Brandenburgo, com 13 metros de altura, foi baseado no Propileu da Ácropole de Atenas e inaugurado em 1791 pelo rei Frederico Guilherme II da Prússia, sendo o portão mais ocidental da cidade de Berlim. No topo dele uma escultura de cobre, a Quadriga, representando Irene, a deusa da Paz, em sua biga da vitória, puxada por quatro cavalos.
Em 1806, Napoleão capturou a Quadriga e levou-a para Paris. Êta Napoleão... Tinha que ser!
Quando a Prússia derrotou Napoleão, a escultura foi devolvida a Berlim, sendo modificada representando Vitória, com o seu bastão gravado com uma Cruz de Ferro, foi recolocada no lugar em agosto de 1814.
Após a 2a Guerra Mundial, o Portão de Brandenburgo, que era símbolo de orgulho e conquista tornou-se símbolo de uma nação dividida, fazendo parte da linha divisória e ficando situado em Berlim Oriental,. Em 1956, o governo de Berlim Oriental decidiu restaurar o pórtico e a estátua, a Quadriga, sendo que, o molde da estátua pertencia ao governo de Berlim Ocidental, assim sendo, ele deu uma nova versão a estátua, sem a Cruz de Ferro. Quando a fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental foi fechada, em 1961, o Portão de Brandenburgo foi o primeiro ponto a ser trancado, tornando parte do Muro de Berlim.
Quando o Muro de Berlim caiu e a Alemanha foi reunificada, com as comemorações, em frente ao portão, a Quadriga foi danificada. Posteriormente ela foi restaurada e olhem lá:
Lá, está ela!
Imponente, maravilhosa, soberana, com a Cruz de Ferro de volta no bastão da Vitória.
Vitória mesmo!
Não consigo imaginar Berlim dividida.
É uma cidade linda!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ser borboleta


Uma pequena larva.
No jardim da infância,
de boas folhas se alimentava.
Seria borboleta, ela sonhava!

Quando a larva mudou de tamanho
Tudo ficou estranho.
Ela foi parando, parando...
Sem culpa!

E, como pupa, sentiu o mundo apertado.
Oprimida e silenciosa...
Perderam o sentido as verdes folhas,
das margaridas e das rosas.

Solitária em seu casulo, no escuro, se debatia.
Buscando a luz do dia em toda direção.
E aconteceu o milagre.
A transformação!

Acrescentando, ainda, a esse meu poeminha, minha querida borboleta...
Diz que, certa vez , uma borboleta perguntou a Deus:
Por que... Por quê?
E Êle respondeu:
-Minha borboletinha querida...
Poderia tê-la trazido ao mundo pronta.
Ornada de todas as cores. Eu sei quais são suas cores preferidas.
Mas, Eu preferi presenteá-la, você ME entende?
Dei-lhe SABEDORIA!
Você sabe como vive uma larva, conhece a agonia da apertada pupa, e agora, minha querida, experimenta a alegria de transformar-se em Borboleta.
Um beijo do jardim da vida.
Onde Deus já a abençoou.