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quinta-feira, 30 de junho de 2011

A rocha e a flor


Era uma escarpa de rocha nua.
Era uma rua de pedras frias.
Era uma cidade vazia
de amor.
Era uma flor
em um canteiro sem terra.
Era uma terra sem fertilizantes.
Era angustiante a situação da rocha.
Era angustiante a situação da rua.
Angustiante era a situação da flor.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Boneco de neve



A mágoa tomara conta de todo o seu ser.
Alguém de igual nome tomara seu bem querer
e o ódio, tão contrário ao amor, o dominara.
E nessa seara insemeada o boneco de gelo
tomava o lugar do homem.
Ficara lá esperando que, ela,
como a um raio de sol chegasse.
Seria tão simples...
um sopro de leve
e o boneco de neve
seria derretido.
Convertido em água,
como a um rio sem mágoas,
ele seguiria.
Mas ficou, lá, parado!
No meio da neve fria.
Coração tão gelado...
as mãos tão vazias...
Não houve sopro,
raio de sol,
nenhum perdão!
Apenas um coração
petrificado pelo gelo.

domingo, 26 de junho de 2011

Milésima postagem


Minha milésima postagem!
Solidão...
" Meu ninho vazio e triste "
Foi assim que eu comecei.
Poderia ter enveredado por caminhos mil...
Não, por eles eu não trilhei.
Procurei... eu me procurei!!!
E, aqui, eu encontrei vocês.
Sigo poucos...
Falar que trabalho, que sou esposa e mãe,
que vivo sorrindo e que tenho pouco tempo...
Vocês sabem...
Muitas pessoas são assim.
Meus poemas falam por mim.
Só tenho a agradecer
a tolerância e o carinho de todos.
Alguns partiram com a mesma velocidade que chegaram,
outros permaneceram
me abraçaram e me envolveram,
mesmo à distância.
Pessoas que eu nunca vi!
Mesmo assim eu me envolvi de forma intensa.
Cresci!
Obrigada a todos vocês.
Que Deus os abençõe
sempre!
Com grande carinho
e uma flor
rosa
de
Fátima

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Final da travessia

Navega nesse seu final...
Singra trechos vazios.
Mesmo assim contorna esses lapsos
como curvas graciosas.
Confunde a Linda com a Rosa
e fala do passado.
Tenta manejar o leme
com seu cérebro
e troncos minguados.
E ao seu lado me sinto bem e me entrego.
Nosso tempo se estreita...
e com a senhora eu navego...
Navego...
Navego...

domingo, 19 de junho de 2011

Tereza


E foi mais ou menos assim,
em uma praia,
que ele conheceu Tereza.
Uma portuguesa
de lábios carnudos
e pele aveludada.
Possuía músculos definidos
e quando usava vestidos
deixava a mostra o peito.
Não tinha defeito Tereza!
Sua beleza dava a ela um olhar seguro
e naquele olhar escuro ele navegava.
Atravessava-a à toda pressa,
atravessou pântanos...
florestas...
e bancos de areia.
Passou por sereias
e deixou que, sozinhas, cantassem.
Ficou com Tereza!
Ela o hipnotizara...
Como uma cobra hipnotiza um pássaro.
E ele perdeu as asas em seus braços.
Mas Tereza era da praia...
Não era de ninguém...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Maquete


Exige mais e mais de seu ser cansado
e de mim cobra obras faraônicas.
Eu sou simples projeto,
miniatura confusa
de um projeto arquitetônico.
Sou um alegre esboço.
Uma obra inacabada.
Sou ouro em barra...
De concreto,
em suas mãos,
eu não sou nada.





imagem do Google images

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O amor acaba


O amor acaba
quando o diálogo dá lugar a um som surdo
e ouve-se um mudo do outro lado da casa.
Quando deita em pensamentos estranhos...
e dimensiona medos tamanhos em pesadelos!

E acaba o carinho e acaba o zelo.
E diferente compassa o coração.

Sonhos dão lugar à razão fria.
Tão fria quanto às mãos quentes de outrora.
Percebe-se que os sentimentos bons vão embora
E, com eles, acaba a alegria.
O tesão da vida a dois esfria.
E o estar ao lado desse alguém...
não lhe faz mal, mas também, nenhum bem.

Pequenas virtudes passam a ser grandes defeitos.
E o leito de amor você vê transformado...
em dois seres solitários, cada um de um lado.
E, ainda, na esperança de um depois...
Encontra a desesperança.
A angústia de estar em dois.
Dois seres tristes...
Machucados!
Cada um de um lado.
Solitários.
Acaba!


quinta-feira, 9 de junho de 2011

A rebeldia da natureza em flor

Tempestade na cidade.
Pensei nos desabrigados.
E senti dor e senti frio.
E meu rio virou pranto.
Vi meu canto, por muros altos, tão abrigado.
E mesmo assim, por telhas soltas, destelhado.

O céu negro escureceu o dia.
Coqueiros balançaram com tamanha energia...
Como se despedissem de mim.
Vi meu cãozinho assustado,
o rabo abaixado,
como se o mundo fosse ter fim.

Entendi, então, de perto a natureza
Pensei na beleza de reservas destruídas.
... Tive poucos danos!
Agumas flores, orquídeas despencadas.
Folhas soltas, desordenadas, do jardim.
Protegida, em meu canto abençoado.

Com a angústia do balançar dos coqueirais...
como já havia me despedido, despeço-me
da ânsia do ter mais.
Solitária...
Solidária...
Rebelde!



Crédito da imagem- Google images

sábado, 4 de junho de 2011

Cálice


Tudo estava abandonado.
Como estavam abandonados os sentimentos.
Ela não conseguia entender...
Como alguém podia fazer da vida, de outro alguém, tamanho tormento.

E, assim, foram passando as horas, os dias, os anos!
Tudo em pleno abandono...
Foram tantos os danos, tantos...
Das reclamações aos prantos, nunca, ninguém entendeu!

Algumas pessoas até perceberam...
Diante de tamanha loucura, a ferida, até ofenderam.
E ela sofreu... sofreu em pleno abandono.
Mais um dano, mais uma enorme dor!

Mas, ninguém, entendeu da loucura a imensidão.
Estava além de qualquer entendimento!
Tristes lamentos de lutas inglórias.
Quem sabe vitória? ( será que foi? )
"Perfeito"! Tudo permaneceu no mesmo lugar.

TODOS os valores foram preservados!
Do machucado e do agressor.
Ninguém entendeu a desesperança do amor.
A angústia e a dor daquela loucura infundada.

E ela passou a vida tentando entender.
Aquela pessoa que sofria e fazia sofrer.
Não era possível!
Ele Já havia nascido assim... atormentado!