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sábado, 28 de agosto de 2010

Cansaço

Já te emprestei meus braços.
Nem percebeste que eram meus.
E mesmo se
outros braços eu procurasse
Não descansarias os teus.

Carregas quase tudo como um fardo.
E jogas a vida como um dardo
Sem saberes atingir quem.

Feres tão bem
Com esse veneno feito lança
E quando o meu coração alcanças
Jorras dor feito ninguém.

Ah... Como dói o teu cansaço!
De tanto te emprestar meus braços.
Eu cansei também.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Trincas

Cai a cortina!
E trincas a parede descortina.
Talvez o terreno fosse arenoso
E o solo tenha se acomodado

Ou a fundação não foi apropriada
E a parede pode ter cedido.
Pode ter sido!

Mas não há sentido:
O terreno parecia conhecido.
E houve boa fundação!

Trincas não aparecem apenas por acomodação.
Terreno arenoso com aprofundada fundação
Chega-se a uma base sólida.

Mas se isso não foi feito previamente ...
Se as paredes foram erguidas
levianamente...

Apresentarão trincas.
Certamente!
E com risco de desabamento.

Tem um alto custo para reparar!
Nem sempre compensa o investimento.
Melhor fazer a demolição.

Mas não há sentido...
O terreno parecia conhecido
E houve boa fundação.

Não...

DERRUBAR NÃO!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Colorido de meus dias

Visto o dia
Com as cores que eu sinto.
Sinto o cheiro das flores.
E o colorido das flores eu pinto.

Pássaros acordam meus passos
E eles dançam em sintonia.
De cores alegres
Visto o meu dia.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Redemoinho




Avistei o redemoinho
O demo na rede
Fazendo ninho.


A terra
O moinho
A rede
O demo.


E na estrada
fui perdendo
o rumo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Fantasmas de um homem


Sombras arrastam.
Misturam à mente.
Formam um novelo confuso.
Obtuso.
Demente.

Freqüentes fantasmas
Nesse emaranhado
Desassossegado.

Corre... corre... corre...
Morre o homem
Sem ter nascido o menino.

Corre o beijo frouxo
libertino.
Morre o abraço.

Mergulhado no cansaço
Do abismo interior
Tamanha dor
Que dói mesmo sem ter sido
Pela vida machucado.

E, assim, se encerra.
Afunda, se enterra
Em impulsos mórbidos de morte.

Entregue à suposta má sorte...
Vai para o fundo do poço.
No fosso o pescoço.
A corda.
Um pulo e...
Do sangue estagnado à poça.
É a fossa...
É a morte!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Além do oceano


Te sonhei.
Te tateei sem ver.
Fechei meus olhos para crer
Que eras apenas um sonho.

Perdi sonos sem tamanho.
Tentando te imaginar.
Atravessei um oceano.
Só para te encontrar.

Atraquei-me em um porto inseguro.
Não te vi, fez-te escuro.
Adormeci, sonhei.

Na ilha tranqüila estavas.
Fechei meus olhos
E te amei.

domingo, 15 de agosto de 2010

«CANÇÃO DO MAR»

Ilha de um Homem

A uma ilha tranqüila
Em mansas ondas o barco o levava.
E ele versejava pecados veniais
Desejos carnais subentendidos
Vestidos de homem.

Atracado o batel
Palavras insufladas rasgaram
Em relâmpagos no céu
E nas ondas espumantes.

E o marinheiro, de libido pulsante,
sonhou tranqüilo, destemido.
Na ilha despido
O normal.

Rolava na areia
em vagas doces de sal
Desejos
de um Homem.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Indelicadeza com as flores


Ando sem inspiração.
Ando sem versos,
meio sem prosa.
Será que começa a murchar a Rosa?

Estava observando o meu corpo.
Escultural, pela idade.
Olhei minhas mãos.
Sem nenhuma mancha, é verdade.

Mas percebo que o rosto...
Começa a sentir o desgosto do tempo.
Vejo algumas pétalas despetaladas.
E percebo que a vida é indelicada
com as flores.

domingo, 8 de agosto de 2010

Ao meu pai


Um Homem.
Preparou a terra.
Lançou a semente.

Doente, não colheu o fruto.
Nem regou a última flor.
Partiu.

O espírito se esvaiu do corpo
Como um sopro.
Para virar saudade.

Nós somos a verdade, eu e meus irmãos,
dos sonhos deste homem:
Nosso pai.

Hoje, no dia dos pais, escrevo versos.
E em cada verso que escrevo
Deixo um beijo
de amor.
E a minha dor
ainda criança.

Congelei em meu peito a lembrança.
Do último suspiro.
Do último sopro.
E do corpo morto
... na sala.


Um beijo, Pai.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Anjos meus


No nono céu,
de um círculo dançante,
vocês serão estrelas brilhantes
a dançar.

De longe olharão a Rosa pequena
na vida terrena
sempre a pensar :
que lá no alto há festa
ornada de flores
e anjos isentos de todas as dores,
sob o Sol maior, estão a brilhar.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Jeito estúpido de ser


Não compactuo com os seus desejos.
Nem mais desejo os carinhos seus.
Não concordo com o seu jeito de pensar.
Nem quero que concorde com os meus.

Caminharei ao seu lado.
Mesmo que fique calado
Torne-me uma estranha
E de minhas entranhas brote a indiferença.

Não compensa mudar o rumo agora.
Está quase na hora de ir embora.
E o amor é apenas um encanto.

Se me encantei ...
Agora me espanto
Com seu jeito estúpido de ser.