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quarta-feira, 30 de março de 2011

Coisa de louco


Alimenta-se de sua própria loucura.
Calo-me diante de sua insanidade.
Meus batimentos cardíacos aceleram.
Engulo seco, tento discordar.
Grita com argumentos mais fortes.
Uma angustia de morte me faz silenciar.

Fere com facas afiadas.
Cutuca...
cavuca,
quer machucar!
Eu respiro bem fundo... Melhor calar!

E você segue:
Dramatiza...
Chora...
Dá risada... É louca!

E eu fico mal, muito mal!
Por que devo ouvi-la se você não é nada de mim?
Enfim, eu ouço e admito:
Vocês são loucos!

Da trupe você é a principal figurante.
Tem como coadjuvante o seu marido.
Estou na platéia, mas você quer que eu participe.
Insiste, quer brigar comigo!

Dramatiza...
Da vida desencantada.
Se drama eu não choro.
Se comédia não dou risada.

Vocês dão o espetáculo.
Uma palhaçada!
Nem devia ouvi-los e não devo falar nada.
EU NÃO SOU UM DE VOCÊS!

Calo-me por piedade, sei lá se covardia.
Em um hospício devo ir visitá-la um dia.
E nesse dia, então, não haverá razão
para discutir onde fica o sul ou o norte.
Olharei bem em seus olhos e direi que,
hoje, eu lhe desejei a morte.

NÃO ENCHA O SACO!


(imagem do Google imagens)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Chuva mansa


Longe da fúria da natureza
Contemplo a beleza da chuva mansa que cai.
Parece que é mansa, mas tem gente que cansa
E chora, com ela, chuva de ais.

É a trinca, é o mofo.
É a roupa molhada que não seca mais.
É o mato que cresce.
É o sol que escurece atrás dos coqueirais.

É o bem- te- vi que pia
É a cotovia que vai embora.
É a maritaca que grita.
É a gata que mia, é o cão que chora.

Amanhece chuva à toda hora.
Calma, mansa...
Cansa! Mas não causa maiores danos à minha natureza.
E eu contemplo a beleza da chuva mansa que cai.


(imagem do Google imagens)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Festa no céu hoje





Se um anjo houvesse,
que pudesse levar- lhe meu pensamento,
levaria minha saudade.

Quando no céu ele chegasse,
eu sei que pediria que ele voltasse para buscar-me
e levar- me aos seus braços.

Seu último momento de vida e seu último suspiro
eu não presenciei.
Mas ainda respiro o cheiro triste das flores que cobriam o seu corpo, quando eu regressei.

As suas mãos estavam frias sobrepostas ao peito.
Deitava seu corpo em um leito que não era aquecido.
Vestia vestido e não a camisola de flores feita pela senhora.

O terço em seus dedos entrelaçados.
E os seus olhos azuis cerrados
não olhavam as contas dos mistérios gloriosos.
Seus lábios imóveis e sua voz zelosa, ora ralhada ora engraçada,
não cochichavam as Ave-Marias.

Parecia tão distante...
Fiquei ao seu lado tentando entender.
Era a segunda vez que a morte me fazia perder:
Primeiro o papai, depois a senhora.
Era chegada à hora de outra separação
e a senhora ia embora.

Triste despedir de um corpo frio.
Vazio de um SER que eu tanto amei.
As almas boas voam alto, eu sei.
A SENHORA NÃO ESTAVA LÁ!

Guardei da senhora a melhor lembrança.
A MÃE da criança crescida.
A melhor Mãe da vida: MINHA MÃE!

Hoje, dia 24, seria seu aniversário.
No céu haverá festa, claro!
Estaremos juntos em pensamento.
Todos nós!

Saudades
E o nosso eterno carinho.
Seus filhos

terça-feira, 22 de março de 2011

Sol e sombras no horizonte


O sol se esconde no Horizonte.
E as sombras se tornam mais densas.
Compensa esperar o amanhecer.
Sombras tendem a desaparecer
à luz do dia.

Saliva impura

Não mais te desejo.
Nem teu beijo me sacia.
Tua saliva impura
não me cura
nem vicia.






Site da imagem- http://www.lavras24horas.com.br/portal/beijos-ministerio-da-saude-emite-alerta-para-doencas-transmitidas-pela-saliva/

sexta-feira, 18 de março de 2011

Rosa del fuego



Calma fauna ...
e uma Rosa desfolhada ( semi nua) na flora.
De repente o riso da Rosa vai embora,
na margem de um rio.

O revoar dos pássaros desesperados.
Um peixe pelo anzol rasgado.
Um rastejar denso
... Arrepio!

O suor frio escorrendo,
tremendo no corpo da Rosa.
Das profundezas da água uma serpente!

Na agua corrente cai a vara e o peixe preso ao anzol.
Na ilha do sol uma luz Del fuego apagada.
Uma Rosa hipnotizada pelo medo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Inferno e medo


Antes de ir ao inferno
o demônio o possui.
De estranho olhar incendeia.
Queima-me! possuído.

Tiro o vestido ao calor da quente chama
E enrolada ao lençol rolo na cama.
Não consigo dormir!
Tenho medo de demônios.



Imagem do Google imagens

sábado, 12 de março de 2011

Fiz festa


Para comemorar a sua vida eu tenho motivo suficiente.
Jogou a semente, cujas flores brotaram em mim.
Junto à Rosa o seu jardim elas ornamentam.
Nem mesmo o vento as faz esmorecer.

Deixam o vento bater e bem crescem.
Em sua vida florescem, envaidecendo você.
Festejo porque permitiu a continuidade da minha vida,
mesmo quando a minha vida morrer.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Maria, Carnaval e Cinzas



Roberto Carlos interpretou Maria Carnaval e Cinzas, de Luis Carlos Paraná, no III Festival da Música Brasileira,em 1967.
Não vivi essa época de festivais, eu era muito pequena, mas lembro meus irmãos comentando e curtindo essas músicas.
O que é bom permanece.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quarta- feira de cinzas


Época de oração, jejum, abstinência.

Despojo-me dos prazeres carnais.
Degusto ovos estrelados
ao calor de outros carnavais.




(Fotografia do Google- imagens)

terça-feira, 8 de março de 2011

O VALOR DE UMA MULHER



Em minha vida
Tenho MULHERES valiosas:
Lindas, Anas, Marias, Análias e Rosas.
Tenho por elas um amor infinito.
Aprendi com elas o que há de mais bonito:
Doação, amor, partilha.
Família!

Parabéns Mulheres, todas!
Nós merecemos... Somos o máximo, não somos?

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnis valles- carnis vetus


O carnaval adormece
E o corpo não esquece a folia de antigamente:
Colombina- corpo quente.
Pierrot apaixonado.

Arlequim trajado de retalhos multicoloridos.
De serpentina envolvido
no deleite de prazeres.
Hoje, de saudade, chora chuva de quereres.



Imagem- Arlequim e Colombina de Almada Negreiros

sexta-feira, 4 de março de 2011

Desencanto


Ele correu tanto...
Quando resolveu mostrar seus encantos
a amada havia desencantado.
A menina que, na lembrança, ele havia guardado
não mais existia.

terça-feira, 1 de março de 2011

Tristeza da lua


Ao amanhecer
densa cortina de água, inclemente, cai do céu.
Um véu cinzento cobre o sol.
Chove chove chove...

Mais enchentes...
Agonia!
À noite, por entre nuvens encobertas,
a lua anda apressada,
com certeza, chora, fugidia.