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domingo, 28 de agosto de 2011

Voo triste


Um pássaro não consegue ser feliz sozinho,
quando em seu ninho pousa um pássaro ora solitário
ora muito agitado!
Cujos vôos condicionados ao desencanto...
condicionam a companheira,
que vestida de plumagem colorida,
tão faceira...
voa triste,
desencantada!
Percebe-a triste a passarada,
percebe-a triste o arvoredo.
Ameaçada, voa baixo,
sente medo.


Imagem- Google images

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A espera do fim




Perde o olhar de menino...
Peregrina descrente.
Cansado, não para.
Padece o corpo e a mente.

A sua aura exala angústia e dor
e a frágil flor é sufocada.
Aos poucos, estrangulada
por suas garras afiadas,
silenciosas, selvagens.

E ela aguarda impaciente..
a invasão grotesca do fim.
há de ter fim...
há de ter fim...
Há de ter fim !





Imagem - Google images

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Demônio



Ele vivia do demônio incorporado.
E quando ele não estava apossado...
A " ele" ele recorria.
Falava com os olhos brilhantes
e no fogo do inferno ardia.
Ele se transformava.
E, de medo, ela calava
diante do demônio.





Crédito da imagem- Google images





segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Uma estrada feita de rocha


Trilhou uma estrada de rocha,
de pedras pontilhada.
Tentou cruzar fronteiras,
que nunca foram cruzadas.
Cruzou aldeias,
de sapé e barro fez morada.
Fez-se minúscula figura,
indefesa carregou uma enxada.
Se pudesse, ela retornaria àquele caminho,
para sentir as pedras daquela rocha,
entender melhor aquela estrada.
Parecia tão linda...
Mas era confusa,
toda entrecortada!




Imagem do Google images.

sábado, 20 de agosto de 2011

Insegurança




Nessa viagem
eu gostaria de estar
de fios de seda tatuada.
Do casulo libertada,
ser borboleta e voar.
Mas tento o vôo
ainda no casulo,
retida.
Temo pela sua vida...
Quando, do vôo, eu retornar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poema ao ausente





Rezei nas noites em que você não veio.
Senti frio
no vazio que você deixou.
Vi folhas que caíram,
que voaram como você voou.
E na desordem do meu abandono...
o outono se instalou.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Assustadora morte

Viajei quilômetros em minutos.
Nem vi a estrada!
Cheguei trêmula, pálida, calada.
O coração parecia sair pela boca!
Segurei aquelas santas mãos
entre as minhas,
tentando me aquietar.
A morte foi embora.
Só queria me assustar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Da inquietude do artista e da flor


Ele havia borrado folhas enormes...
Rabiscado pinturas disformes...
De cores negras!
Conforme ditava a inquietude do espírito.

Se tivesse dado maior limite aos braços...
teria imaginado pássaros.
Um riacho...
Um Horizonte!

Poderia ter usado velhas tintas guardadas.
Ter feito uma mistura de cores doidas
e delicadas
e ter pintado uma flor.

Nela, ter colocado a dor, o amor...
também a inquietude!
Ter pintado uma rosa rude,
em um rabisco selvagem.
Saindo da folhagem algumas pétalas
caindo ao chão.

Deveria ter mostrado ao mundo,
da flor, a delicadeza.
E da tristeza e da inquietude
não só os rabiscos disformes,
mas ter dado formas e ter sugerido nomes
à manchada cor.

Para, quando, em uma galeria de arte a obra fosse colocada...
Pelos mais sensíveis ela pudesse ser avaliada,
como um quadro lindo... machucado!
E, assim, sentissem a inquietude e a dor...
do artista
e da flor.


crédito da imagem- Google images

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dos prazeres da carne


Ela o esperava nua em pelo,
com cabelos esvoaçados
e sorriso quase infantil.
E naquele olhar pueril
ele mergulhava.
Deixando-se beijar,
beijava.
Perdido em amores,
ele esquecia pudores
contidos naquele terno.
Era a erupção de um vulcão ao calor
do doce inferno,
culminando com uma explosão luminosa.
Balançando flores,
desfolhava rosas.
Caindo... caindo... caindo...
em um abismo profundo.
Depois do maior grito do mundo,
urrado de prazer.