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domingo, 31 de agosto de 2008

Minha querida Julie


Deu-me a sua alegria e o seu afeto
... Em simples gestos!
Do frio eu a agasalhei!
Sua fome e sede eu saciei.
Deu-me todo o seu amor.
E a sua dor eu não consegui aliviar, eu sei!
Ensinou-me a farejar o lado bom da vida.
E eu farejei
... Sem máscaras!

Com você eu vi a diferença entre os animais.
Nenhum quadrúpede maltrata, pelo simples fato de maltratar.
O homem sim, diz que ama e consegue odiar.
Que pena, como se escondem!
Não sei por que, para que, nem onde,
tantas máscaras eles encontram.
E nem desapontam com tanto fingimento.
Conseguem ser frios sem nenhum lamento.
Fingem, articulam, manipulam e maltratam!
E gratuitamente matam.
Praticam selvagerias terríveis!
Coisas incríveis eu aprendi com você minha amiga.

Seu sofrer ainda me dói, corrói por dentro.
Ainda, lamento a sua ida, sinto a sua falta!
E quando volto do trabalho...
Meu retorno vira abandono sem você.
Quem sabe, um dia, eu a encontre em outra dimensão.
Deus permita Julie!
Cansei dos falsos santos.
Não entendo os mascarados, cheios de sonhos vãos.
... Frustrados!
Não suporto desafetos.
Quero afetos verdadeiros como os seus.
Quem sabe um dia?
Em um lugar de paz.
... Sem máscaras!

Dois anos de Saudades e, ainda hoje, a sua dor dói em mim.
... Amei você!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Amor existe sim!


E por falar em amor, eu estive bem perto dele, se soubesse eu teria ido ao seu encontro. Sim, Amor existe!
E, ainda, há quem conteste.
E eu digo que ele pode ser duradouro, acolhedor.
Alguns quilômetros a mais e eu o teria encontrado.
Eu estava perto, bem perto, em Lisboa, Fátima...
E Amor é uma freguesia de Leiria, próximo aos lugares por onde andei.
Que pena!
Viu?
Amor existe!
Lá... em Portugal.

Amor existe sim!
E eu quero crer.
E nesta crença nasci e vivi.
E se me iludi...
não sei!
O sentimento amor, quando verdadeiro, continua inteiro.
Perdura!
Apenas muda de figura, de forma.
Ele se transforma, é isso!
Olhe o carinho dos casais velhinhos.

O amor é tão complexo...
O que ocorre é que confundem com atração, paixão...
Sexo!
Amei só uma vez em minha vida.
Amei com ingenuidade adolescente.
Crente, eu pensei viver o amor em plenitude.
Passei a juventude crendo.
Passei pela faculdade sabendo
que eu era uma pessoa comprometida.
Eu havia encontrado o amor de minha vida.

Honesta, sempre, me comportei
... Estudei e casei!
Amei muito e tive duas filhas.
Lindas!

A vida foi me testando e eu continuei amando.
Ensinei a amar!
O amor mudou... m
udei seu nome.
Aprendi a perdoar.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A morte

Ela estava lá, rondando com mãos gélidas estendidas.
Tentando encurtar a vida de quem, ainda, tem tanto a fazer.
O filho menino, com o olhar triste perdido.
Tentando entender o sentido da sonda uretral pendente.

O jovem pai doente, sorrindo.
Ainda, fazendo gracejos.
Entre abraços e beijos com a filha de colo
sem nada entender.
Iniciando a vida, sem saber o que significa morrer.

Uma mulher jovem, dois filhos, uma família maravilhosa.
Uma mãe idosa!
Caprichosa, ela ronda!
Ela não para por aí, analisa cada um.
Sonda!
Quem será o primeiro escolhido para deixar saudade.

A mãe pensativa na cadeira de rodas, com bastante idade.
Olhar angustiante, triste!
Com certeza pensando em quê a vida consiste.
Na jovem ida ou em quem estaria de partida.

Ninguém sabe!
Só ela sonda e de mãos gélidas ronda.
Ronda e judia!
A cada dia uma metástase, um foco secundário à distância.
E, nestas circunstâncias, ela ronda.
Impiedosa... sonda!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Morada sombria

Era uma morada entre as sombras.
Mesmo entre as sombras não chegava a ser sombria.
Uma luz por pequena que fosse a iluminava.
E quem por ela passasse...
Sempre, uma luz via.

Era uma morada iluminada.
Que por entre as frestas do telhado escuro...
O céu azul o sol trazia.
E seus raios incandescentes a penetravam.
E nas manhãs quentes ardiam.

E quando chegava o anoitecer a lua aparecia.
Estrelas cintilavam!
Mas, aos poucos se apagavam.
E a morada, na madrugada escura,
ficava silenciosa e fria.
E entre sombras ela ressurgia.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Abrigo

Se tempo para tudo existe.
Não sei por que meu pensamento insiste
Em, tanto, lhe querer.

Não sei por que, tanto, se esconde.
Não consigo entender para onde
você quer tanto correr.

Se há um lugar no mundo que dá para esconder...
Meu coração existe.
Há um lugar para abrigar você.

domingo, 17 de agosto de 2008

Língua viva

A língua falada em pura linguagem...
Usada é entendida como mensagem.
Assim entende, assim escreve!
E ninguém se atreve a contestar,
que a língua é viva e pode mudar.

Tremam todos!
Lá vem a linguiça sem trema.
A língua é viva, recicla.
Eis o dilema!

Mas, se faço poema contrarregrando...
Também caíram hífens,
acentos cortando.
E nesta questão...
do trema da lingüiça não abro mão.

A língua é viva, tenho certeza.
E se a beleza está na palavra contida...
difícil é entender a escrita na vida.

Se " separado " é escrito em uma palavra só,
tenho dó de escrever " tudo junto " separado.
E com esforço danado eu tento entender
o acento do vôo que a língua fez per
der.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Anjo alado

Gostaria de ser teu anjo alado.
E do teu lado eu voaria de forma airosa.
Seria um anjo Rosa que contigo voaria.

E quando sol ardente fizesse,
ou chovesse e ventania houvesse...
Nem precisaria prece,
eu te protegeria!

Eu te carregaria se preciso fosse.

E em movimentos doces eu te levaria.
Te levaria a lugares bem distantes,
a lugares nunca idos antes.
Eu te levaria!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Amor platônico


Meu amor não concretiza, idealiza.
Está bem distante de ser, de existir.
Com imaturidade emocional,
imagino uma relação ideal.

Subsisto a essa loucura, dizendo com doçura...
Que desejei amar-te com o meu maior desejo.
E vejo que o meu querer está bem longe.
Não sei de onde eu vim para ser assim.
Há em mim uma força inquietante
que gritante existe e insiste...
Eu não era assim!

Não diga que eu permiti que assim fosse!
Eu era doce e crente, quase adoeci, fiquei doente,
quando realidades tristes eu vi.
Chorei, me exilei, sofri!

Subsisti ao exílio, pedi auxílio ao meu interno.
Lutei e sobrevivi ao inferno a que fui submetida.
E, se o que me restou na vida, ainda, foi o bem querer.
Destruir o que sinto por ti seria morrer.

Tu não és, para mim, mais um objeto.
Em ti eu projeto o desejo louco do desejado.
O meu desejo, muito, sonhado.
Desejo de amar, de ser,
desejo de meu próprio querer.
Apaixonei-me por um desejo!

E, em ti, eu vejo o desejo de amar, que só existe em mim.
E, assim, fruto de um desejo nada físico ou carnal.
Parece algo espiritual, onde tudo é perfeito e eterno.
Longe do real e imperfeito inferno.

E, se tenho ou não o direito de assim te desejar.
De, em ti, meus sonhos projetar...
Esse é o meu jeito louco de ser, de amar.
Desejo - te em sonhos.
Deixe-me, só em sonhos, te sonhar.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ao meu pai


Sêneca dizia:
" Viver é aprender a morrer ".
E a não estóica Fátima diria:
Viver é não morrer você.
Sabe por quê?
Eu era pequena, nem me viu crescer.
Nem sabia que a sua profissão, eu escolheria.
E durante o tempo que eu mais precisei.
Eu procurei, procurei você!
Era como se sua alma pairasse em algum lugar.
Em você eu queria me espelhar.
Tantas vezes, eu olhei para o céu tentando lhe encontrar.
E tantas vezes, eu tive a sensação de ao meu lado estar.
Quantos anos?
E em meu coração, ainda hoje, tem o seu lugar.


Descanse em paz pai.
Se puder me sentir... um beijo e até um dia.
A última vez que o beijei foi em 31 de julho, de um ano muito distante.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Flores... Flores

Reserve uma área em sua vida para jardinagem.
Escolha boas sementes e plante onde tenha boa drenagem.
Seja um bom jardineiro e cuidado com a adubagem!

No jardim da vida, algumas sementes caem.
E nem sabemos de onde elas vêm.
Pássaros trazem, e elas nascem também.

Quando digo que são provisórias...
É que as plantas são tão contraditórias!
E, assim, definitivas poderiam ser.
Tem plantas que nascem porque semeamos.
E outras nascem sem querer.
Florescem, murcham e morrem por qualquer problema.
O esquema é não deixá-las morrer!

Por querer ou sem querer, é bom vê-las florescer.
Às vezes, o nosso terreno é que é usado pelas provisórias flores.
Elas surgem, enfeitam o nosso jardim por um período de tempo.
E sem nenhum argumento, elas podem deixar de florear.
E não adianta aguar ou adubar!

Você poderá acordar e estas flores não mais encontrar.
O jardim perderá parte da beleza.
E é com tristeza que surgirá a saudade.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Meu jardim

Plantei algumas plantas em meu jardim da vida.
Floresceram!
Algumas provisórias morreram!
Outras, parasitas fixaram em meu coqueiro.
Por um período floresceram.
Lagartos apareceram!
E cheios de graça fizeram com que também morressem.
Pássaros voaram e usaram o néctar das plantas para que sobrevivessem.
Algumas plantas ficaram.
E em meu jardim se fixaram.
Sinto saudades das que foram perdidas.
Enfim, é o jardim da vida.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O prisioneiro

Era uma vez um prisioneiro jogador.
Escolheu o jogo e a parceria.
Mas, o parceiro escolhido pelo prisioneiro...
Do jogo, nada sabia.

O jogador era medroso, talvez quisesse levar vantagem.
Nem pensou na sacanagem que fazia.
Jogou, jogou e jogou!
Ganhou uma, duas, três... muitas vezes!
A vida inteira!
E o parceiro inocente demorou a perceber o jogo
E que o prisioneiro era doente.

De tanto vê-lo jogar...
O jogo, também, aprendeu.
Não se rendeu, embora tenha ficado no mesmo cativeiro.
Libertou o jogador que, da doença, era prisioneiro.

Ficou ao seu lado.
E no jogo, nem sabia que havia sido usado.
E quando acordou, pensou, pensou, pensou...
O tempo já havia passado!
Havia sido escolhido, havia sido enganado.

Agora, era a situação inversa do jogo.
O parceiro resolveu ficar calado.
O jogo havia começado e já havia aprendido.
E o tempo, embora parecesse perdido...
Nesta parceria não houve perdas, nem perdedor.
Foram atribuídas culpas, mas nem houve um culpado.
Existiu apenas sofrimento e muita dor.
De um grande lutador- o parceiro, ao jogo enganoso, condenado.

Embora tenha chorado para aprender o jogo,
o parceiro não era bobo.
Conseguia ser feliz e ria.
Havia libertado um prisioneiro que sofria.

domingo, 3 de agosto de 2008

Ser descomunal

Qualquer coisa que venha de você
Uma crítica ou sugestão
Gera em mim, inspiração.

Quem é você, cadê você?
Que longe de mim habita e faz-me em ti orbitar?
Quem é você, que brota em mim o dom de poetar?

Onde está você, foi para onde?
Descrevo órbitas em torno de você e, de mim, se esconde?
Não pertence ao meu espaço físico.
É o meu lado espiritual.

Não posso tocá-lo ou senti-lo.
Você é mistério astral.
É o meu lado ilusório.
É meu ser descomunal.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Balão mágico

E por falar em balões, cadê o padre?
O padre sumiu!
Com todos os sonhos neste céu de anil.

E o céu?
O céu se abriu e, dele, anjos surgiram.
E ao enxergarem tamanha beleza sorriram.

Balões coloridos perderam o sentido,
voaram em outra direção.
À serena mansão o padre foi levado.
E o jardim do céu ornamentado ficou.
De balões coloridos que o padre levou.