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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ave cheia de graça

Corpo em curvas
Modulado.
Bunda farta!

Rosto de dengue.
Olhos de sultana.
Inacessível.
Na cama... devassa!

Cheia de graça.
Chegava e atentava.
Sedutora e atraente.
Brancos dentes a iluminava.

O peito
No leito caído.
Em suspiros perdidos ela inundava.
Erguia a bunda e a perna direita acomodava.

Não dava bola para ninguém.
Dormia
E sonhava.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Temporão e a hipertensão

A televisao ligada
E eu na cadeira recostada
Rindo do Temporão.

Um idoso questiona a posologia indicada.
Sexo quatro vezes por dia é palhaçada.
Com a mesma mulher, então, sem condição!

Vem aí o genérico Viagra.
Viva o sexo, a piada.
Temporão e a hipertensão.

domingo, 25 de abril de 2010

Mina das minas ocultas

De onde a palavra vem?
Se ela pode ser escrita ou falada?
" De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas?"
Diria Augusto.
Do anjos...
Augusto!

Custo a ser lavra da terra
Ou da pedra
Pintada, tangida...
Dançada, mimada...
Minada!

Na madrugada sou a mina
Das minas ocultas!
Quem me escuta são minhas palavras perdidas.
Perdidas no som do silêncio que ecoa.
No feixe das moléculas nervosas que voam.

Já sustentei Pilares da Criação.
Hoje sou planetária nebulosa em desintegração
Que, aos poucos, em hidrogênio, plasma e poeira
É transformada.

Sou a verdade, em palavras, escancarada.
Na madrugada sou invólucro brilhante
de plasma e gás
Disperso no ar.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

São Jorge, a mulher e o dragão




O cavalo passou.
Arreado!
Era São jorge montado.
Armado
com a espada na mão.

Oferecia a garupa do cavalo
Almofadada.
Tocando o seu peito
Sentia pulsar o coração.

Não havia ninguém na rua.
Em um galope
O cavalo levou a mulher e São Jorge para a lua.
De longe eles viram um dragão.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ana Letícia

Ana Letícia.
No dia de seu aniversário nada postei.
Fiquei revivendo momentos em recortes guardados.
Senti saudades!
E com muito carinho fiz este vídeo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sonho de Ícaro




"Voar, voar
Subir, subir
Ir por onde for
Descer até o céu cair
Ou mudar de cor.
Anjos de gás
Asas de ilusão
E um sonho audaz
Feito um balão...
No ar, no ar...
Eu sou assim " canta Biafra

E copiando Clarice Lispector:
" Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: E daí?
Eu adoro voar! "


E eu, Fátima, não sou filha de Dédalo, nem meu pai foi o construtor do labirinto.
Minhas asas são de cera.
Sei que não posso voar além.
Mas, em sonhos, eu vôo bem.
E voarei.
Até o fim!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Minha paz




Do quintal olhei o céu.
Contei as estrelas!
As folhas do jardim balançavam
E eu pude vê-las na água.
Ondas formavam pela ação do vento.

Nenhum lamento ouvi.
Fiquei ali
Sozinha!
Admirando.

Senti o vento me beijando.
Senti meu corpo
Ao sopro divino flutuando.

A terra solta a meus pés
Vi um formigueiro.
Deixei que no quintal morada fizesse.
Se alguém merece renovar a terra
são as formigas!

Tentei falar com elas.
Descobri que são surdas.
Fiquei, então, muda
Olhando o terreno.

O sereno...
As estrelas no firmamento.
As folhas, as flores do jardim balançando ao vento.
Que encantamento.
Que paz!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Cores de outono




É tempo de agasalhar o coração em qualquer estação!
Mas quando as folhas caem
tudo parece mais triste.
E a maior grandeza existe nos feitos da natureza.

Com que grandeza
ela se desfaz das folhas!
E desnuda...
Que alegria!


Reduz o gasto de energia
e protege a árvore do frio.
Os dias encurtam.
Chega à noite!

A temperatura cai.
Mudou a estação!
Mas a natureza...
Ah, a natureza...
É só coração.

domingo, 4 de abril de 2010

Ovos de Páscoa



Mudam-se os tempos
Mudam-se as vontades.
Se Camões fosse vivo talvez comesse
Ovos de páscoa da kopenhagen.

Todo mundo é composto de mudanças.
Todo mundo procura qualidade.
Mas eu sinto das galinhas uma saudade...
Na colheita a escolha dos maiores ovos.

Do cozimento à
escolha do desenho
e o colorido das tintas
As tias faziam o maior sigilo.

Tal era a dedicação.
Que os ovos pareciam de porcelana.
Vindos de divinas mãos.
E eram!

Continuamente vemos novidades.
Mas iguais àqueles ovos de verdade...
Decorados!
Em papéis celofanes embalados.

Falsas pegadas de coelho pelo chão.
Eram ovos de verdade
E um coelho brincalhão:

Coma depressa menina!
Que o cheirinho não é bom.

Pois bem, era assim.
E a felicidade consistia e, ainda, consiste
Nas simples coisas que existem.

sábado, 3 de abril de 2010

Mensagem para o Sr. Coelho



Nesse mato tem coelho

Nesse mato tem coelho!
Olhe só quanta cenoura.
Vou ficar aqui sentada.
Esperando
bem quietinha.
Vou pegar um coelho pra você.
De pelagem bem branquinha.

Nesse mato tem coelho...
Ah, se tem!

Feliz Páscoa!

Beijos de chocolate pra você.

Crocante!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Paixão de cristo


Estou aqui em uma quinta-feira santa.
Véspera da sexta-feira da paixào.
Com um cálice de vinho tinto, de sangue, na mão.
E choro a minha angústia e a minha dor.

Amanhã estarei na cidade onde eu nasci.
Passarei em procissão em frente a minha casa.
E meu pobre coração verá duas cadeiras na calçada.
A Tia Linda e a tia Anália, já cansadas, sentadas!

Os andores, Jesus, a Veronica...
A via-sacra.
Na frente das casas, da nossa casa, o altar.
Em cada casa uma estação.

Eu passarei rezando, com a vela na mão.
Alguns deixarão a vela pelo caminho.
O andor de Jesus será carregado.
E a impressão do rosto ensanguentado ,
no pano da Verónica será lentamente desenrolado .

Ela cantará em cima de um banquinho.
olhando para os lados , se equilibrando
com muito cuidado:

O vos omnes qui transitis per viam
Attendite
et videte
Si est dolor Sicut dolor meus
Attendite et videte
Si est dolor Sicut dolor meus
O voi tutti che passate per la via
Considerate e vedete
Se c’è un dolore Simile al mio dolore
Attendite et videte Si est dolor Sicut dolor meus.

Com um latim que fará doer qualquer ouvido.
Soa tão triste, tão sentido...
Canta advertindo a todos os que transitam pelas ruas da cidade:
O vós todos que transitais pela rua,
parai e vede se há dor como a minha dor.

Tudo lembra minha infância.
Tudo é muito presente em minha vida.
Lembro da tia Linda de rosto escondido sob o véu.
Depois a Ivanilde.
Depois a Luzia, a Divanei...
Eu sei que durante a Procissão do Enterro
Jesus é lembrado.
Que na cruz foi pregado, insultado e blasfemado
com cegueira e com furor.

E com tal dor eu bebo
esse cálice de vinho tinto da cor de sangue.
Se por nossos crimes padeceu e se, por nós morreu.
Aliviará a minha angústia, essa dor de meu coração.

E nesse mistério da morte e Paixão.
Receberá em seus braços
essa pobre pecadora.
Eu quero crer!

E desse cálice de vinho tinto
da cor de seu sangue
Desejo beber.
Dele me embebedar.
Morrer.

Lava pés

Lava pés
Um gesto de humildade.
O que somos, para que somos...
Eis a verdade:
Nada sabemos!
E porque tanto queremos?

Eis de Jesus a servidão!
E fizemos do dinheiro
Do consumismo...
Um vício!
A nossa escravidão.

É essa dor que vai em nosso peito.
Com toda a angústia que temos direito.
Judiação.

Eis porque eu tanto escrevo.
E com enlevo, a Jesus, eu peço o meu perdão:
Perdõe a minha insensatez.
A minha pequenez.
Dê-me a sua mão.

Eu também sou peregrina.
Nessa terra, de passagem, sou menina.
Tenho muito a crescer.
Ando tão descrente...

Também tenho um projeto.
Tenho por todos tanto afeto
Mas, as vezes, sinto esmorecer.

Perdõe-me se o tenho ofendido.
Tenho alguém que me foi tão querido
E hoje vejo perder.

Perdõe-me...
Eu quero crer!