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quarta-feira, 30 de abril de 2008

terça-feira, 29 de abril de 2008

Tristes fatos sociais

José Saramago retrata cegueira de uma forma tão cabível que, nos atuais dias, ao ver tanta injustiça ponho-me a pensar que é mais ou menos por aí. Cegam! E, a cegueira contagia.
Ainda, resta-nos a fala. Mas, creio que, também, ficaremos roucos de tanto gritar e, ela, de nada vai adiantar. Existem surdos!
Somos meros seres, movidos pelos mais precários instintos de defesa. Impossível!
Não sabemos mais como proteger-nos, diante de tantos fatos calamitosos, diante de tamanha desproteção!
Quando a família perde o real valor, o verdadeiro sentido... Tudo é destruído! É o desmoronar de toda uma sociedade!
Pais cometendo barbáries, meu Deus!
Eu não creio!
Em quarentena, em condições desumanas, quase, estamos. Confinados em imensos muros, com cadeados, alarmes.
Facetas humanas monstruosas, que assustam o nosso viver.
" Mais do que olhar, importa reparar no outro. Só dessa forma o homem se humaniza novamente."
Que a justiça divina seja feita, já que, a justiça dos homens tem falhado tanto.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Luz cintilante

Ouvi um som surdo.
E, no espaço mudo,
Vi uma luz verde acender.
Assustei!

Um contraponto!
E, em uma explosão...
Estrelas azuis vieram
Ao meu encontro.

Senti medo.
Pensei fugir!
Medo de me aproximar.
Não sabia se poderia ousar.

A mesma luz que cintilava.
A qualquer momento, poderia explodir.
Machucar!
Fiquei paralisada, nem saí do lugar.

Fiquei olhando, olhando...
Como se, de longe, eu pudesse tocá-la.
Não queria que queimasse
e nem que apagasse.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Céu que te quero céu

Céu claro, em sabedoria tu és profundo.
E, neste mundo, te vejo escuro.
O obscuro me assusta.

Contemplo-o neste tempo de horror.
E com tal dor, ainda, em ti espero.
Na imensidão de teu ser, sou todo querer.

Aquietas, sob nuvem pesada.
No lugar do azul, deixaste uma luz apagada.
Na terra, também faz deserto.
E, neste momento incerto que rodeia,
algo incendeia a minha alma.

Incalma, desejo elevar-me às alturas.
E, com doçura, respeitar o teu espaço.
E na inocência deste sentido
Carrego esta esperança comigo.

Imenso azul salpicado de estrelas...
Serás céu sempre, mesmo no ausente.
Nossas dores são comuns, anseios todos.
Insatisfações pessoais!
Sei que sob ti, pairam nuvens iguais.

Tu tentaste chegar até elas
Eu tentei chegar a ti.
Pura inércia!
Não desfizeste tuas nuvens
Em remotas paragens, eu vi.

Flutuei!
Viajei em pensamento.
E, neste firmamento, tentei aproximar-me de ti.
E por te querer, te perdi.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Escrito inominado

A vida tem que ser vivida bem, penso que sim!
Os erros, acertos e expectativas são, apenas, nossos.

E, de mais ninguém!
Não atribuo culpas, não gosto de ser culpada!
Falo da amizade como se falasse do bem supremo.
No campo terreno, esta é uma das coisas que valem.
Pra mim, vale e muito!
Em minha vida, eu não lembro de ter havido alguém que pudesse ter recusado a minha amizade e, disto, me orgulho. Quando alguém passa por minha vida, pelo menos de minha parte... fica!
Ficará comigo eternamente, em meu coração.
Não guardo rancores e se alguma coisa houver, tento aproveitar o máximo a experiência. Tenho tentado aprender em minha vida.

Mas, tem coisas que eu não entendo e eu choro e, muito! Não aprendo!
O que eu consegui de bom?
Ontem eu consegui estender a mão e até beijar uma pessoa que, pela primeira e única vez, em minha vida, eu havia jurado que, não iria permitir que fizesse mais nada a mim e, mesmo assim, eu não consegui cumprir o prometido. Eu não poderia mais suportar este tipo de coisa em minha curta passagem. Quem penso ser para julgar ou ter o suposto poder de perdoar? Eu não tenho inimizades com ninguém, não seria esta!
Parece bobagem, mas, ontem, eu apenas quis partilhar mais esta conquista.
Desculpo- me de coisas que eu nem fiz. E, sempre que, leio meu amigo " Friedrich Nietzsche", assusto!

Em " Humano demasiado humano", ele escreve:
" não querer magoar, não querer prejudicar ninguém, pode ser sinal, tanto de um caráter justo, quanto de um caráter medroso ". Pois é, quem eu sou?
Justa?... Medrosa? Sou apenas alguém que pode fazer assustar, escondida atrás do riso e da prosa.
Isto não é insanidade! ...Incapacidade, talvez!
Hoje, deparo-me com a fragilidade, a incapacidade e impotência de meu ser. Frágil e inútil ser!

Tento proteger-me de quê?
Para quê ser tão honesta e vestir-me, sempre, de boazinha?
Em minha vida, este foi o meu aprender.
Ganhei com isso, a ponto de, também perder.
Ganhei e perdi ontem!
Parece bobagem... Mas,ontem, eu quis partilhar esta conquista e, talvez, tenha querido demais ou projetado, como sempre, meus quereres além, a mais!
Restam lágrimas, mais nada! Mais ninguém!
... E o dia que poderia ser iluminado, ficou triste, apagado! Choro... choro a incapacidade de meu ser.
Desculpem-me, sou isto!
Mais nada!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Amigo celular

Amigo é aquele que, está com você quando é preciso.
Este é amigo!
Ouvi dizer em amigos estrelas.
Amigos que brilham e fazem brilhar.
Amigos cometas, que passam rápido, não podem ficar.
E, você já teve um amigo celular?
Aquele que, quando você mais precisa, não aparece?
Não funciona?
Está sempre fora de área ou ocupado.
Ou está quebrado ou com bateria fraca ou descarregada.
Amigo assim, não serve pra mim!
Jogo estes supostos amigos ou desligo!
De que adianta ligá-los ou procurá-los como amigos?
Estarão, sempre, fora de área de trabalho

ou nem atenderão ao chamado. Sempre desligados!
Caixa postal?
... Nem tente!
Não invente, não há retorno!
E, pra evitar transtorno, VIVO de alerta.
Sou esperta, CLARO!
Que importa ter um amigo assim?
Antonio, José, Mané, Serafim, José ou Joaquim?
Que seja TIM!
Amigo celular, encontra- se em qualquer lugar. Não funciona!

Não pra mim!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Cândida ousadia


A chuva não veio mais.
Nem bate em minha janela.
Os pássaros... parece- me, que nem cantam.
Passam por mim e nem mais encantam.

Voam baixo com pequenas plumas ouriçando.
Parece que eles estão me caçoando.
Será que estou enlouquecendo?
Ouçam! Agora estão voando.

Agora, ouço-os cantando!
Neste seco horizonte há a queima de cana.
No jardim da fonte há uma nuvem de fumaça.
E eles passam ouriçando, fazendo triste graça.

Cândida ousadia.
Acabou a alegria!
Eu não vou, eu não vôo.
Foram!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Parabéns

Hoje, não cantarei cantigas de ninar.
Peço apenas que sonhe minha filha.
Nesta vida, só se faz sonhar.
Um dos sonhos, já faz realizar.

Orgulho-me de você.
Pela sua teimosia, garra, vontade de vencer.
Peço que abrace cada ser, como se abraçasse a gente.
Não importa se rico, pobre, indigente!

Faça isso por você, por nós.
Pela sua consciência!
Eu sei... Sei que fará assim.
Você é parte de mim.

Parabéns!
Muitos anos de vida, minha filha.
Eu amo você.

sábado, 12 de abril de 2008

Ana Letícia

Cheia de cachos, cabelos dourados.
Lábios bem feitos, bem contornados.
Olhos amendoados!
Linda e impetuosa... é filha da Rosa!

Se vocês depararem com este ser.
Verão que é puro bem querer.
Tem olhar lindo, um pouco desconfiado.
Desconfiem do cabelo liso... É enrolado!

Na incubadora, a linda pequena,
fez-se serena diante da mãe apavorada.
Por duas vezes foi batizada.
É mesmo, por Deus, muito abençoada!

Chegou pequenina, prematura.
E na grandeza de seu ser trouxe muita ternura.
Estudiosa, cheia de prosa, é neta da Rosa!
Menina linda, de pouca malícia... Ana Letícia!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Não Sei Quantas Almas Tenho (Fernando Pessoa)

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não atem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que sogue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo:
“Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.
***************************
Meu Deus... Maravilhoso!
Quanto me encontro em teus versos.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Olhos nos olhos


Olhe-me nos olhos.
Quero ver a profundeza do seu ser.
Quero ver a sua alma.
Ver se é real o bem querer.

Olhe-me nos olhos, ele nada esconde.
Fite os seus olhos nos meus.
Não tenho o olhar vago, perdido.
Nem olho caído ao olhar os seus.

Olhe-me nos olhos.
Preciso penetrar em sua alma.
Sentir a sua inquietude ou calma.

Eu não desvio o meu olhar do seu
Vê que é real quando digo ser sua.
Quero ver se é real quando diz ser meu.

domingo, 6 de abril de 2008

Ave Maria

Saudades

Olho o céu e, nada, encontro.
E, neste ponto, me desconcerto.
Não acho certo e, ainda, ciente
fico descrente ao olhar a terra.

Lá, a vida encerra!
Restos descansam, me desaponto.
Lá, te encontro e me desespero.
Cadê minha crença, onde a perdi?

Desde que nasci, fizeste-me crer na alma
Cadê teu espírito, cadê o eterno que acalma?
Cadê o que te animava e que te dava vida?
Perdi, nada encontro desde a tua partida.

Sinto a ausência do teu último expiro.
Ainda respiro tua força em teu sofrimento.
Ainda há tormento de não ter-te olhado.
De não ter-te afagado no último momento.

Foi-se o dia, o trabalho levou-me distante.
Poderias ter me beijado momentos antes.
Já havias partido quando eu cheguei.
Não tive teu último beijo, só eu te beijei!

Sete anos de saudades

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O sol

O sol se oculta no horizonte.
Leva com ele o matiz das cores mais vibrantes.
E eu caminho, por acaso, neste ocaso
Nestes matizes, em ocasionais crises.

No processo inverso, o sol nasce em outra direção.
E, vestindo cores amenas, torna a vida mais serena.
Com sua luminosidade crescente, anuncia o novo dia.
Devolve a esperança, contagia em alegria.

E, assim, acontece sucessivamente.
É um leva e traz do estar contente.
O sol aparece, passa o dia e se esconde.
Leva a alegria, não sei bem, nem sei pra onde.

Pensei em ilusão de ótica, talvez fosse.
Mas, que momento triste e doce...
Quando ele posta, grandioso no horizonte.
Leva - me a um lugar muito... muito distante!

Em um lugar...
que eu nem sei se existe mais.
Em um lugar...
onde, um dia, eu encontrei paz.