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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Cadê o balão?












Era um balão de múltiplas cores.
Tão colorido que ninguém sabe,

ninguém viu, sumiu!
Estava tão inflado, que deve ter estourado.
Ninguém sabe, ninguém viu.

Ou bateu no candelabro, explodiu!
Não sei...
Ninguém sabe, ninguém viu.
Balidos da ovelha foi o único som que se ouviu.

Cadê o cabra da peste?
Será que voou para o agreste?
Ninguém sabe, ninguém viu.
Sumiu
!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Paixão de Cristo
















Neste mundo, onde os valores reais são tão esquecidos, onde a maioria acredita que com violência atingem-se os fins e torna-se o vencedor, creio ser preciso um pouco mais de reflexão sobre este Ser maior- Jesus, sua paixão e morte é algo fascinante. Quem sabe ao lembrarmos desta magnífica história, refletindo um pouco mais, conseguimos ser menos egoístas, menos violentos e ansiosos e assim, livres da nossa própria escravidão. Este incessante querer, a mais não poder.
Eu tive a graça de desfrutar de dias maravilhosos e em um destes dias, pude cear vestida como se eu estivesse realmente lá, na última ceia com os apóstolos. Emocionada eu pude, mais uma vez, questionar o ser humano.

domingo, 27 de julho de 2008

Mundo de loucos

Eles eram loucos.
Todos eram!
Mas, disfarçavam.
Eles não sorriam e nem babavam.

Eram sérios, nem bebiam!
Da lei seca, eles gostavam.
Os seguros baixavam, diziam.

Liam os jornais!

Falavam da política externa,
do desempenho do governo.
Das notícias atuais!

Falavam do Mercosul.
E explicavam o porquê o céu era azul.
Sabiam tudo sobre a luz do sol.
E falavam das sete cores do arco-íris.

Falavam que a luz propagava em linha reta
E que, na atmosfera, os raios solares colidiam.
Falavam de Einstein a Mazzaropi.
E nem riam!

Eles eram sérios.
Muito, sérios!
Mas, engraçados!

Sabiam fazer cálculos e até raiz quadrada.
E, sem calculadora!
Iam da clonagem de humanos
a recém nascidos na incubadora.

Eles eram o máximo!
Mas, eram loucos!
Só que não sorriam e nem babavam.
Disfarçavam!

sábado, 19 de julho de 2008

Maria das Graças

Era Maria.
Maria das Graças!
Tão cheia de graça, que era Maria.
Um dia Maria, sabe lá se sorria, por ele passou.
E todo assanhado, por ela, engraçou.
Esqueceu dos amigos,
de todos os lugares por onde andava
ou por onde, ele passou.
Só dava Maria, Maria das Graças!
Comprava roupa nova, calças, muitas camisas.
Ficou cheio de mania!
Tudo, porque queria fazer graça pra Maria.
Que pena... que pena!
Claro, Marias valem à pena.
Mas, aquele moço, era muito amigo.
Sabia ser pai, ser irmão, era um HOMEM!
Que pena Maria.
Maria... que, pena!
Não fosse o poema, sabe lá se podia.
Achar graça, quem sabe?
Das graças da Maria.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Acaba a poesia

Nada

Acaba o ano, voam os dias.
E com eles, algumas poesias.
Sonhos desfraldados ao vento
No fragmentado tempo.
Nenhuma alegria
Nenhum lamento.
Nada!

A madrugada fica vazia.
E a noite, tão quente, fica fria.
Acaba a poesia.
Acaba!

Textos inacabados.
Livros começados.
Nenhuma tristeza.
Nenhuma alegria.
Nenhuma poesia.
Nada!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Nove de julho de 1932

Ontem, eu tentei uma rápida pesquisa enquanto atendia alguns pacientes. Comentava sobre o feriado de hoje e o que o dia significava para eles e foi com tristeza que percebi o desconhecimento da maioria. Será que é por que o feriado é recente?
A data foi reconhecida como fato histórico pelo governador Mario Covas em 1997.
É de entristecer que as pessoas não saibam tamanho significado, não só para os paulistas, mas para todo o povo brasileiro.
Dia 9 de julho é a data que comemora o dia da revolução constitucionalista de 32. Toda a população se uniu em torno do mesmo ideal, provocando uma guerra civil para que o Brasil tivesse sua Constituição. Guerra esta, que custou à vida de muitas pessoas. Mesmo saindo perdedor, São Paulo tem muito a comemorar. O resultado históricamente foi importante porque iniciou-se, ali, o processo de democratização: em maio do ano seguinte foram realizadas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte e
as mulheres votaram pela primeira vez.
Mas, tudo começou com a revolução liberal de outubro de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. Ele assumiu a presidência do Brasil em caráter provisório, mas com amplos poderes. Todas as instituições legislativas foram abolidas, desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais. Quer dizer, as instituições legislativas e executivas passaram a ser dirigidas pelo Governo Federal. Os governadores dos Estados foram depostos e para suas funções, Vargas nomeou interventores que agiam em nome dele(Vargas). No caso de São Paulo, normalmente, eram interventores estranhos e desconheciam o grau de desenvolvimento e progresso do Estado, mais prejudicavam que ajudavam. A partir daí, os paulistas passaram a reivindicar um tratamento melhor a São Paulo e aclamavam pela reconstitucionalização do País. Pediam o respeito às leis, à Constituição, ao regime de estado de direito que o Brasil tinha se afastado.
O movimento não ficou restrito a São Paulo, vários Estados também estavam preocupados com o restabelecimento do regime democrático no Brasil, entre eles, o Rio de Janeiro, que era a Capital Federal, Minas Gerais, Alagoas e o Rio Grande do Sul. Em 23 de maio, houve uma manifestação pública na Praça da República, houve um conflito onde foram mortos quatro estudantes: Euclides Miragaia, Mário Martins de Almeida, Dráusio Marcondes de Souza e Antonio Américo de Camargo Andrade. O que era uma simples manifestação de protesto contra a ditadura, instigou a revolução. O nome dos quatro (Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo) designou o movimento paulista MMDC, que visava à proteção do Estado de São Paulo e a organização da revolução. No dia 9 de julho explodiu a revolução.
A Faculdade de Direito de São Paulo, no Largo São Francisco, foi transformada em primeiro posto de alistamento de voluntários para as frentes de combate. Formaram-se batalhões. A preparação militar foi rápida e improvisada para voluntários.
São Paulo contava com o apoio dos militares de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Mas, somente Mato Grosso manteve-se leal a São Paulo. Os paulistas mobilizaram-se com todos os recursos possíveis, materiais e humanos para defender o Estado.
Foi uma batalha de curta duração, mas de intenso valor, houve até a campanha do ouro, onde as pessoas desfaziam de seus valiosos pertences para ajudar a revolução. Lembro de meu pai contando e mostrando com orgulho o certificado recebido pelo apoio dado ao Estado de São Paulo (lógico que muitos anos depois, eu sou novinha).
Após três meses de batalha, os paulistas se renderam. Mas, esta derrota não significou a derrota dos ideais de constitucionalização.
A Assembléia Constituinte reuniu-se nos últimos meses de 1933 e elaborou a Constituição brasileira, que foi promulgada pelo presidente Getúlio Vargas, em 1934.
Este grandioso dia serve como reflexão sobre os direitos conquistados a base de muita luta e coragem dos Paulistas. Sinto orgulho de ser brasileira e de ter nascido neste grandioso Estado, que corajosamente mudou a história do país.

domingo, 6 de julho de 2008

Água, que te quero sempre


Estava lá, despida!
E o líquido insípido da vida, caía no corpo sinuoso.
O indicador, o médio e o anelar da mão direita...
Tocavam o corpo como se sentisse gozo.

Iam delicadamente até o pescoço, subiam ao rosto.
Em seguida, desciam aos ombros.
Depois, com as mãos ensaboadas e postas, como em oração...
Ela assoprava.
E uma bolinha rápida de sabão, de suas mãos, voava.
Enquanto seu corpo se aprazia...
Sob o insípido líquido que limpa, dá vida e alegria.

As mãos soltas... Desciam!
E ao chegar logo abaixo dos ombros, cruzavam
como se a abraçasse.
E, se alguém chegasse, poderia ver o líquido caindo.
E, aquele corpo, nutrindo.

Caía gostoso... descia pela fina cintura.
E, com doçura, fazia a genitália banhar.
Caia nas pernas, joelhos, descia pelo corpo todo!
Massageando como se estivesse amando.
E, quando, ela curvava para tocar os pés...
O líquido caía de forma maluca, molhando o cabelo e a nuca.

Um dia, ela viu no azulejo- gotículas perdidas!
Como num espelho, refletidas.
Muitas delas!
Caiam de suas costas delicadas.
Na parede, no chão, de forma desordenada.
Caídas, pelo ralo desperdiçadas!

E, foi assim, que a louca e boa idéia surgiu.
O líquido seria aguardado.
Caído, seria colhido e reciclado.
Não seria mais insípido...
Mas, não seria desperdiçado!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Desatino

Narro coisas aparentemente desconexas.
E nesta narrativa imprecisa, a singularidade.
Coloco em metáforas, a verdade.

A matéria prima é extravagante.
E, embora, pareça errante ou desprovida de entendimento.
Mostra a minha alegria e o meu descontentamento.

O invisível fica visível, basta entender.
Tento colocar na poesia, a suposta loucura.
E, embora, pareça insensatez, esta é a minha lucidez.

Nesta praia, faço castelos com a areia.
Viro sereia e até oceano, neste pequeno riacho.
Viro estrela e céu, neste universo.
Da confusa vida, faço verso.

Talvez, eu tenha adquirido o saber cigano.
Nos desenganos, sou forasteiro.
Sinto-me em casa, em situação qualquer.
De tola menina, eu viro Mulher.

A vida é um renascer diário.
E eu vivo e escrevo com entusiasmo delirante.
E, embora, conflitante... esta é a vida, esta sou eu!
Estes são os meus escritos.

Animada com a idéia de escrever, saio dos escombros.
Dou de ombros aos abismos que encontro.
Sei que as vezes, desaponto.
Fantasio de maneira poética, a maluquice da vida desatinada.
Muitas vezes, eu animo e coloco em versos

idéias atrapalhadas.

Meus escritos são confusos e férteis.
Fantasias e devaneios percorrem territórios

de aparente ilusão. Fugaz insinuação!
Dos meus escritos, este é o destino...
Um desatino!

terça-feira, 1 de julho de 2008

GRACIAS A LA VIDA

Graças pela vida

Tive momentos de ansiedade e amargura.
Tentei entender a insanidade.
E quase entrei na loucura.

Nada mais me angustia. Nada mais!
Só não entendo o porquê, assim, eu vivi.
E por que não enlouqueci.

O dia amanhece

E, hoje, eu sinto vontade de respirá-lo inteiro.
A cada segundo, de janeiro a janeiro.
Anoitece

E sinto que não quero dormir.
Porque eu quero viver a noite, a madrugada.
Se pudesse, eu ficaria sempre,
desfrutando da vida.
Acordada!

Às vezes penso no mal, que a vida poderia ter me causado.
... Se eu tivesse deixado!
O amor que sinto por mim, fez-me assim.
Protegi-me!

Agradeço as misérias mentais vividas.
As misérias mentais a mim impostas.
Talvez a vida, tenha tido esta proposta.
E, assim, devo agradecê-la.
E por tanto amá-la e querê-la, eu estou aqui.

Agradeço as lágrimas que, tanto, me aliviaram.
As angustiantes noites e madrugadas que me acompanharam.
Agradeço a mais profunda angústia vivida.
Agradeço a minha vida!

Não tenho mágoas e nem sou toda perdão.
Também não entendo a quê eu fui submetida.
Não importa!
Agradeço a vida.