contador

Hits Since February 12, 2007!

Free Hit Counter by Pliner.Net

Tradutor

Seguidores

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Brindemos

Aproxima de mim, a outra idade.
Mas, na verdade, nada muda.
Apenas um número acrescentado.
Alguns traços a mais, em mim, marcados.
Continuo a mesma, exercitando o meu contente.
Desnudo a minha alma, sempre!
Não tenho porque temer esta nudez.
Mostro-me toda, como da primeira vez:
A infância!
Pinto a vida multicolorida
Com a transparência do meu ser.
Ainda sou aquela menina, da infância primeira.
E levo na brincadeira, quando me chamam de louca.
Louca, desvairada, impulsiva e impetuosa.
... E eu sou apenas uma rosa.
E sinto medo de, como tal, perder o perfume ao murchar a flor.
E neste medo, sinto na idade, o peso da dor.
Não... não pode ser verdade!
Uma rosa não tem idade.
E também, não quero que haja, em mim, metamorfoses pra sobreviver.
Não quero ser transformada em um pássaro cansado,
pra deixar ser apanhado e vir a sofrer.
Nasci rosa e como rosa, neste jardim, hei de florescer.
Felizes os que crêem e vivem nesta loucura.
Felizes os que partem, assim, para a velhice.
Eterna criancice, doçura!
Viva a vida!
Tal qual ela é, muito louca, abençoada
... e por mim, amada.
A todos que, fazem parte de mim...
que me aceitem assim.
Um brinde a minha nova idade!
Aos que, já me esqueceram...
Eu não os esqueci - Saudades!
Enfim, obrigada a todos que, participam ou participaram da minha história,
estarão sempre em minha memória, doces criaturas.
Parabéns a todos vocês ...
pela paciência com minhas loucuras.
Obrigada!
Então... brindem comigo, vai!
Dia 2 é meu aniversário ...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Câncer

Abatido, engolia o contraste,
em forma de suco e com fome.
Na maca, ao lado, gemia um jovem homem.
Fisionomias sombrias e tristes.
Rostos sem cor, transtornados pela dor.
Cabelos perdidos, olhares ausentes.
Doentes!
Esperando a cura ou certos da morte.
Jovens, pela quimioterapia, envelhecidos
E idosos que pareciam, já, ter morrido.
De repente, a suposta sala de espera, me desespera...
Sem sentido, uma linda menina, de cílios enormes e morena tez
Aproximei-me de Deus, questionando o porquê isso lhe fez.
A pele aderida aos ossos finos, delicados.
Parecia um
pano moreno, dobrado!
E... surge um anjo que eu bem conheço
Também de olhos e cílios enormes e de morena tez:
Iara, salva esta menina!
Deus pra isso lhe fez.
Tia... ela tem leucemia
e a tumografia, também, evidenciou imagem sugestiva
de lesão, metastática frontoparietal, expansiva.
Tuberculose do sistema nervoso central.
É raro e de alta letalidade.
Meu Deus, meu Deus!
Não tem idade.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Meu retrato


Pede-me um retrato.
Ele é apenas parte de mim
e sendo assim, um esboço.
Resgato o meu melhor retrato,
é este o meu rosto.

A criança que,
ainda, em mim existe.
O que melhor a vida me deu
e, ainda, persiste.
Esta... sou eu!

domingo, 25 de novembro de 2007

Fotos mescladas


Mesclo as fotos.
Resguardando o meu rosto.
Que importa a minha face?
Ela é apenas meu esboço.

Minha figura é mais completa,
Porque eu sou toda verdadeira.
Quando eu falo ou escrevo...
Já me mostro por inteira.

Queres ver-me, mesmo assim?
Por que queres saber de mim?
Não entendo teus quereres.
Não te dou estes prazeres.

Mesclo as fotos
... Mesclo sim!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Viagem além

Deixou que eu partisse angustiada.
E quando eu retornei,
não havia mudado em nada.
Seu jeito enciumado,
cada vez mais atrapalhado,
tentando me render.
Não me rendi a nada,
e nem me fez sofrer.
Eu me deliciava pela região de Toscana...
Enquanto você remoia, seu besta ciúme, na cama.
Bastou o retorno, e em uma batida ...
quase que, você perde a vida.
Chegou calmo e sereno.
Viu que o mundo é pequeno.
E que a qualquer hora,
estamos de partida.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Toscana



Vislumbrem a paisagem.
Não parece uma miragem?
Rendi-me aos encantos de Toscana.
Terra do renascimento.
E com encantamento, vislumbrei cada canto desta região,
a sua história.
As colinas cobertas de olivais e parreiras.
E os carneiros que, participando da bela paisagem,
pareciam em um presépio, na tranqüilidade da pastagem.
Passávamos dando tchau a eles,
dizem que é para dar sorte e tudo ficar ameno.
E ainda pelas colinas, víamos ordenados, lindos rolos de feno.
O trajeto era tão lindo...
E tínhamos nestes dias,
os vinhos -
Chianti e Brunello de Montalcino para beber,
e a vida para viver.
Brincadeiras mil, misturadas com verdades.
Saber que, lá, era a terra dos antigos Etruscos,
(falávamos moluscos) que, de corpo mole não tinham nada.
Meu Deus, que coisa linda e quanta história.
Senti como se fosse uma formiguinha deslumbrada,
tão pequena... não sabia de nada!
Muita beleza e muita história.
É preciso muito, ainda, viver e
aprender.
E viverei!
... E, para lá, ainda um dia, eu retornarei.
Este canto, esta região, não dá para esquecer.
E eu jamais esquecerei.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Doce Olívia

As fotos da capela Sistina eu estava olhando
e da Sra. eu fui lembrando.
Quando Michelangelo retrata a visão do inferno
em uma cena dos pescadores.
Também pecadores, eu não sei.
E Caronte, o barqueiro da Divina Comédia de Dante,
empurra-os ao fogo eterno.
Senti um arrepio, até um calafrio.
Não!
A Sra. não poderia estar lá.
Estragaria toda aquela beleza, com certeza!
Não sei se é uma pecadora.
E juro que eu não acredito que capaz, de tanto, fosse.
E nem creio que mereça o fogo eterno,
já viveu e vive em seu criado inferno.
Também não sei se é maldade sua ou doença.
E nesta minha incerteza ou crença...
Peço que me esqueça!
Antes que o fogo do inferno também me aqueça.
Em minha vida eu nunca tive inimizade
e, agora, nesta minha idade...
a Sra. permite algo, até então, em mim desconhecido.
Dói como se fosse uma chaga em um ser ferido.
Peço a Deus que é todo poderoso...
Que me envolva em um abraço forte e gostoso
e à Sra Ele me leve!
E em um gesto breve eu estenda a minha mão.
Por mais uma vez, se necessário.
Que a coloque em um santuário.
E que não transforme as suas ofensas
em minhas reais crenças:
de que o céu persiste
mas, o inferno, aqui, existe.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Michelangelo

Nem sei dizer o que senti.
Mas, eu estava lá,
parada diante de Maria
que, com ar angelical,
seu filho Jesus,
em seu regaço, ela acolhia.
Jovem, bela e triste.
E não é só isso que, lá existe:
Moisés e depois...
Depois, em Florença,
diante de Davi... eu me rendi.
Chorei de emoção!
A sensação foi tão diferente.
Eu estava lá,
diante do belo extremo.
Fiquei parada como um extraterreno.
Tentando desvendar algo desconhecido.
Tentando entender, este grande ser vivido:
Michelangelo!

domingo, 18 de novembro de 2007

Portugal, eu também te amei

Castelos...
E as castanhas portuguesas,
nada igual, tenham certeza.
Assadas, nas ruas, também.
E os pastéis, da torre de Belém
As famosas queijadinhas de Sintra,
da dona Sapa, nada igual.
Também, isso, é Portugal.
Em Mealhada, o melhor leitão.
Bacalhau, sardinhas, queijos, azeites,
e vinhos, degustei.
E em Óbidos, ao tempo, eu retornei.
Lisboa, lugar tranqüilo,
de casais idosos que, caminham lado a lado.
Lá eu vi que nem tudo termina, ou está acabado.
Argumentei o passado e no tempo, eu mergulhei.
Entre o efêmero e o perene, eu flutuei.
Fernando Pessoa, Camões, Vasco da Gama ...
E o Felipão, que não é bobo não,
mora em Caiscais, lindo o lugar.
Queluz, Fátima, Estoril e Coimbra...
Lugar de muita história,
boa comida e gente sem igual.
Praça Marques de Pombal.
Portugal!
Está aqui, bem estreito em meu coração.
Saudades!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O Plátano e a rosa

E, ainda, há quem diga:
Não espere nada da vida.
E ela é tão maravilhosa...
E esta rosa viveu dias intensos.
Em um sonho imenso mergulhada.
Nem o vento, deixou a rosa desfolhada.

Outono...
E as folhas dos plátanos,
deitaram ao chão, em passarela.
E sobre ela, desfilou a rosa.

Cheia de prosa,
no esplendor da natureza,
que com tal leveza,
as folhas, os plátanos desprendiam.

Multicolorido outono....
Despem-se assim, a cada ano.
Poupam para o inverno, a energia.
Desfolham e nem se desesperam:
Despencam!
...em harmonia.

Até...
chegar nova estação,
outro verão...
nova alegria.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Alimentam-se os vivos

“Enterram-se os mortos e alimentam-se os vivos”
Frase dita pelo Marquês de Pombal quando Lisboa foi abalada por um violento tremor de terra.

E foi assim que eu parti.
Por lugares nunca antes ido.
E mesmo antes de ter partido,
tentei ressuscitá-lo.
Tentei trazê-lo a beira de mim.
E mesmo assim, arredio e triste
deixou que eu partisse.
Triste também.
Fui mares além:
Lisboa, Coimbra, Sintra, Colares.
E nestes ares...
Cascais, Aveiro, Porto, Óbidos, Mealhado
Queluz e a Fátima de luz.
Roma, Vaticano, Montepulsiano,
Chianciano, Pienza,
Montalcino, San Gemignano,
Pancole, Vicopisano, Pisa, Florença,
Parma, Milão e ...
Paris!
E voltei muito... mas, muito feliz.
Grande e louvavel Marquês de Pombal:
" Enterram-se os mortos e alimentam-se os vivos".