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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A raposa e o pequeno príncipe



E foi assim que a raposa esperou
que o príncipe voltasse.
Ao simples toque ela sairia da toca.
Não ouviu mais seus passos,
nem mais viu seus cachos dourados.
Dos dias sempre iguais o desencanto.

Ela não comia pão.
Inútil, para ela, era o trigo.
Mas, aquele campo, lembrava o amigo.
Ele havia partido para outro planeta...
Dizia ser cometa, pois era!

Ele não tinha muito tempo...
Tinha amigos a descobrir,
coisas a conhecer mundo afora.
Passou depressa,
foi embora.

A raposa, que ele já havia cativado,
naquele trigo dourado se perdia.
Aprendeu a amar o vento
que nele batia.

6 comentários:

M. disse...

És uma rosa:)

Fátima disse...

Sim, sou uma rosa...
De um grão trazido de onde bem sei:
de uma roseira que eu tanto amei.

Havia um príncipe,
vigiou o broto...
e como rosa eu me criei.

O príncipe sabia que de um baobá
o broto seria bem diferente.
Regou o broto, ficou contente,
e com jeito simples de ser...
o arbusto logo parou de crescer
e virou uma flor.
Sim, sou uma rosa
cultivada com amor.

" É preciso que eu suporte duas a tres larvas se eu quiser conhecer as borboletas, são tão belas... quanto aos bichos grandes eu não tenho muito medo deles, tenho minhas garras, sei me defender."

Um bj
Com carinho
da rosa
de
Fátima

Flavio Dutra disse...

Olha aí a Fátima reescrevendo Saint Éxupery, rss. Ficou ótimo, gostei muito. Ainda mais por que O Principe é um dos meus preferidos entre outros dele.Beijo carinhoso.

hesseherre disse...

LINDO, LINDO, LINDO! Acho que v. encontrou um filão excelente para se expressar com esta forma da tua poesia que se casa à maravilha com textos já firmados... Parabéns e continua, amiga.

A. Jorge disse...

Gostei muito. Uma escolha requintada, como sempre! :)

Beijos

Jorge

O Fiel da Balança disse...

Fabul(a)oso!!!!
Mas de outra coisa...não seria de esperar!!!!
Saudades deste cantinho...com vento...ou sem vento!!!!
Beijo

afonso