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domingo, 8 de junho de 2008

Orvalho

Vieste como a aurora.
Iluminaste a superfície terrestre,
ainda, em sombras.
E agora te assombras
Porque sentes que te quero como outrora.

Às vezes te preciso como chuva mansa.
Para molhar este corpo
Que suado cansa, de tanto te buscar.

E se cansas de mim, me desespero.
E mais, ainda, quero
nesta chuva entrar.

Ainda, te busco!

E, se não podes vir
como aurora ou chuva mansa.
Que venhas como chuva tardia.
Que apareças qualquer hora, qualquer dia.
Em qualquer lugar!
... Só para me molhar!

Mas, quando apareces...
É como a umidade da atmosfera que se condensa.
Um crime que não compensa.
Não vou mais te procurar!

Um comentário:

Anônimo disse...

É uma das coisas mais bonitas que já li. Te gosto muito, amiga.
Janete