Ele sumiu!
Deixou o pincel jogado.
Como um objeto fálico, desleixado...
Um tufo de pelos! no extremo de um cabo.
Êle era a encarnação da indecência.
Ela era a ausência do pecado.
Só queria que a retratasse,
que voltasse com as tintas e com a tela.
Que, em gotículas de água suspensas no ar,
êle observasse a dispersão da luz solar.
E que pintasse, no conjunto de arcos coloridos,
uma flor brotando em um jardim florido.
Mas o pintor sumiu!
com as tintas e com a tela.
Deixou na casa amarela um pincel jogado...
Cheio de pelos em um tufo grudado.
Credo!
Imagem- Google images
4 comentários:
Lindo poema Fátima e boa combinação entre foto e palavras!
Gostei, meus parabéns!
Bjs Rui
eheheheheh!!!! Tá demais !!!!!
Jinho
ar
Excelente poema, querida Fatinha! Em palavras subtis retrata uma realidade, que só uma alma muito profunda como a sua, pode expressar de forma maravilha.
Imagem bem ilustrativa.Nem sempre o que se deseja...acontece!!!
Lindo demais.
Bjito amigo e uma flor natural...sem pincel com pelos:-)
Querida amiga
Se bem entendi,
o texto retrata
a metáfora
de um amor
vivido sem amor,
apenas pelo prazer
de um instante,
sem cor,
sem tela,
sem sentido...
Viver é se fazer eterno
para o coração de alguém.
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