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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Objeto fálico


Ele sumiu!
Deixou o pincel jogado.
Como um objeto fálico, desleixado...
Um tufo de pelos! no extremo de um cabo.

Êle era a encarnação da indecência.
Ela era a ausência do pecado.
Só queria que a retratasse,
que voltasse com as tintas e com a tela.

Que, em gotículas de água suspensas no ar,
êle observasse a dispersão da luz solar.
E que pintasse, no conjunto de arcos coloridos,
uma flor brotando em um jardim florido.

Mas o pintor sumiu!
com as tintas e com a tela.
Deixou na casa amarela um pincel jogado...
Cheio de pelos em um tufo grudado.



Credo!






Imagem- Google images

4 comentários:

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Lindo poema Fátima e boa combinação entre foto e palavras!

Gostei, meus parabéns!

Bjs Rui

afonso rocha disse...

eheheheheh!!!! Tá demais !!!!!

Jinho

ar

tecas disse...

Excelente poema, querida Fatinha! Em palavras subtis retrata uma realidade, que só uma alma muito profunda como a sua, pode expressar de forma maravilha.
Imagem bem ilustrativa.Nem sempre o que se deseja...acontece!!!
Lindo demais.
Bjito amigo e uma flor natural...sem pincel com pelos:-)

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

Se bem entendi,
o texto retrata
a metáfora
de um amor
vivido sem amor,
apenas pelo prazer
de um instante,
sem cor,
sem tela,
sem sentido...


Viver é se fazer eterno
para o coração de alguém.