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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Cálice da vida

Quando o cálice da vida secou...
ficaram ambos sós.
Ele, com o palato atrésico,
deixou cair a dentadura,
quando viu, com quê doçura,
a amada ajeitava o peito caído.
No, largo vestido, ela parecia mais magra.
E ele parecia arrependido
por não tê-la admirado antes.
Ela não era mais aquela,
mas continuava tão bela...

3 comentários:

Álvaro Lins disse...

Gostei, de verdade:)!
Bjo

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá, gostei do texto...Espectacular....
"O amor é a poesia dos sentidos."

Cumprimentos

hesseherre disse...

O mistério de um amor mútuo é o reenchimento deste cálice a cada dia, não esvaziando nunca, senão na despedida final...