
Não situo
em nenhum tempo.
Sou a ucronia!
Sou um fantasma.
Ou uma manifestação divina.
Epifania!
Das catilinárias eu sou o discurso terceiro.
Não fui o primeiro
porque me escreveram atrasada.
Sou confusa, brincalhona.
Atrapalhada!
Sou o Dédalo da encruzilhada!
Na beleza do firmamento
Sou Ícaro
Vôo deslumbrada.
Sou o próprio labirinto nessa vida emaranhada.
Por isso eu digo que sou tudo.
E às vezes eu não sou nada.