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domingo, 28 de novembro de 2010

Desespero de mim

Da vida não quero perder nenhum instante.
Nem pensar na eternidade.
Quero viver cada momento,
fazer, dela, encantamento.
Para não sentir saudade.

Depois, quem sabe?
O meu corpo,
de vida despojado,
possa pelos vermes ser devorado.

Do cuidado com o meu corpo...
Minhas curvas?
Mais nada!
Apenas o esqueleto.

E se, minha alma, escapar sem nenhum defeito,
evaporar no etéreo...
Desvendarei o mistério
que existe acima de mim.
E encontrarei, enfim, paz.

sábado, 27 de novembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Implacável tempo

O tempo passa...
E o espelho me reflete.
E não me repete...
Não mais me repete!

Cada dia mostra-me outra.
Com suaves marcas
no sulco naso- labial.
Nos lábios, na boca.

domingo, 21 de novembro de 2010

Naufrágio- Nau frágil


Singra o corpo escultural.
Como a nau singra o oceano.
E, o corpo, finge engano.
E escorrega pela costa... costeiro.

De vento, não brando, " incha a vela"
Tempestuoso!
E o corpo manhoso,
manha, manha... e, assanha!

Uma espuma branca,
(das ondas entrecortadas...)
cobre a superfície do corpo,
cobre a superfície das águas.

E o corpo segue...
Escultural!
E a nau?
Naufraga.


Imagem retirei do site
http://joesio.blogspot.com/2009/11/meus-versos-liricos-os-encantos-da.html

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ao calor do inferno

( Uma gata- um inferno )
Ela era maldosa
Tão maldosa...
Que o demônio a possuía.
E mesmo que dela se afastasse.
O calor do inferno
se sentia.


Site das imagens- http://www.imotion.com.br/imagens/details.php?image_id=7020

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Hipocrisia

Hipócrita
Esconde-se atrás da hóstia consagrada.
Enquanto a sua família acaba.
Destroçada.

Sua mãe termina os dias sem carinho
Sobre uma cama.

Imóvel.
Calada.

Procuro o motivo de tanta rebeldia.
Tanta desavença!
A minha crença não é igual a sua

e de seus irmãos.

Tento olhá-lo nos olhos.

Baixa o olhar.
Desvia o seu olhar dos olhos meus.
Mas o seu Deus, padre, conhece a sua alma.
Conhece a minha também!

Meu Deus, quanta hipocrisia!
Hipócrita vestido de santo.
Atrás desse seu manto a covardia.

Absolve pecados?
Dá penitencias?
Administra sacramentos?

Meu Deus, não permita esse meu julgamento.
Não permita que eu sinta em meu coração
Esse rancor que machuca tanto.

Não permita que eu encontre ciscos nos olhos seus.
Pelo amor de Deus, você é um padre!
E eu não sou nada...


Só quero ver na hóstia consagrada
O corpo e o sangue de Cristo
Que por amor, só por amor,

viveu e morreu por nós.

Mas atrás da hóstia você se esconde.
Veste-se de santo.
E sua indiferença e falsidade doem tanto...
Tanto...

Sinto pena de sua mãe, pena de vocês todos!
Que mais?
Perdoe-me...

Não posso mais ficar calada.
Não mais!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Gente nova no pedaço


Às vezes não entendemos bem
Os desígnios do tempo
... Tempestade!
Às vezes nem há tempo ruim
E a verdade é que fazemos,
de simples ventanias, vendavais.

No jardim da vida permanece a rosa
Comovida, ouve uma voz luminosa
Atrás dos coqueirais:
Tia, minha mamãe vai ser mamãe-
falava a menina de cabelos encaracolados.

E todos os anjos e arcanjos, em repiques dobrados,
entoaram uma linda melodia.
Estrelas iluminaram o céu como se fosse dia.
Nenhuma nuvem, mais, pairou sobre a rosa.
Estava por vir à estrela mais luminosa,
vestida de união, paz e harmonia.

Sejam felizes, sempre!
Com carinho
Tia Fátima

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Pedaço de mim


Olha-me
como se eu fosse o último pedaço.
Abocanha-me para dar proteção.
Envolve-me em seus braços
Para soltar o peso das suas próprias mãos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O contrato

O tempo foi suficiente, oito anos!
Para ler o contrato.
O fato é que não sabia lê-lo.
E antes que pudesse reclamá-lo já havia assinado.

Um advogado, da parte prejudicada,
poderia ter sido contratado.
Mas, não...
Apelou para o coração.

Foram anos de negociação
E, nada, mudou!
Uma das partes silenciou
E a outra enlouqueceu.

Muito tempo se perdeu
Pensando em quê a vida encerra.
Na terra onde a semente deita
Os frutos, na colheita, espera.

E no coração do semeador
Muito amor...
Loucura!

O contrato ficou esquecido, na gaveta, envelhecido.
Foi rasgando com o tempo.
Junto aos sentimentos.


( Imagem do blog bic cristal )

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Seus passos em meus passos


Na academia
A alegria em meu rosto
Os movimentos em meu corpo
E o espelho a me mirar.

Na calçada
suas pernas tão cansadas...
Inertes!
De tanto, por nós, caminhar.

Somos parte de seu cansaço.
Venha comigo.
Dou-lhe meus passos.
Venha... Nesse espelho milagrar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Raça

Uma raça diferente
Dos ascendentes nenhum mal.
E a melhor característica animal
aos descendentes.

Fertilidade
Longevidade
E boa adaptabilidade.

Os machos dessa raça... Ah, os machos...
Possuem características masculinas
que vão do esqueleto vigoroso além.
Não há quem conteste a massa corporal,
o perímetro escrotal...

E as fêmeas apresentam traços marcados.
Com abdominal capacidade.
Condições leiteiras satisfatórias.
Úberes bem colocados.

Essa raça tem passadas equilibradas.
E se destaca por possuir enorme... coração.
Na caminhada

muita resistência e aptidão.

Na pastagem, da vida, harmonia geral.
Excelente conformação.
E em condições adversas é resistente ao extremo.
Uma raça que fixa terreno!

Sei que existem outras raças, assim, no mercado.
Que engordam bem...
Claro, em boas pastagens!
Mas essa raça...

Sobreviveu à estiagem!

Hoje parece tudo tão fácil...
Do interior, quase sertão, trilhas foram abertas (através desta)
para outras raças.
No pequeno vilarejo a pioneira.
Em um tempo que pampa e sertão não era brincadeira.

Por isso o orgulho da raça
E da sua maravilhosa criação.
Abençoada pelo Criador
desde a época do sertão.



Sejam, pois, abençoados todos vocês
Descendentes de um puro AG
(Rs . Rs)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dor desfolhada


Vi folhas, de árvores fortes, caídas,
dobradas.
Inertes, enterradas.
Solitárias!

Vejo folhas que esperam caídas.
Dadas a própria sorte.
E encaram a morte...
Caladas!

Do jardim não entendo o mistério.
Do cemitério não entendo a flor.
Só sinto a dor.
Da imensa dor
da desfolhada.