
Alimenta-se de sua própria loucura.
Calo-me diante de sua insanidade.
Meus batimentos cardíacos aceleram.
Engulo seco, tento discordar.
Grita com argumentos mais fortes.
Uma angustia de morte me faz silenciar.
Fere com facas afiadas.
Cutuca...
cavuca,
quer machucar!
Eu respiro bem fundo... Melhor calar!
E você segue:
Dramatiza...
Chora...
Dá risada... É louca!
E eu fico mal, muito mal!
Por que devo ouvi-la se você não é nada de mim?
Enfim, eu ouço e admito:
Vocês são loucos!
Da trupe você é a principal figurante.
Tem como coadjuvante o seu marido.
Estou na platéia, mas você quer que eu participe.
Insiste, quer brigar comigo!
Dramatiza...
Da vida desencantada.
Se drama eu não choro.
Se comédia não dou risada.
Vocês dão o espetáculo.
Uma palhaçada!
Nem devia ouvi-los e não devo falar nada.
EU NÃO SOU UM DE VOCÊS!
Calo-me por piedade, sei lá se covardia.
Em um hospício devo ir visitá-la um dia.
E nesse dia, então, não haverá razão
para discutir onde fica o sul ou o norte.
Olharei bem em seus olhos e direi que,
hoje, eu lhe desejei a morte.
NÃO ENCHA O SACO!
(imagem do Google imagens)