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sexta-feira, 13 de abril de 2007

Pra que?

Pra que?
Enquanto você corre sem saber pra onde.
O sol aparece, aquece e se esconde.
E quando anoitece... As estrelas apontam.
E com tal desaponto, não surpreendem você.
Porque não as vê.
Uma a uma, no céu se pondo, iluminando.
Lindas, brilhando!
Mas... Você não as vê!
Vê-las pra que?
A lua iluminada, de longe assanhada.
Parece brilhante, também iluminante.
A luz do sol usando, nos zombando.
Inspirando poemas eloqüentes.
Com suas fases diferentes.
Cheia, nova, minguante e crescente.
Todas! Pra te deixar contente.
Mas, você corre tanto!
Nelas, não vê encanto.
Você nem as vê!
E vê-las pra que?
E chega a hora do jantar.
Pra que se sentar?
Está cansado de tanto correr.
Nem é preciso comer.
Comer sossegado pra que?
Melhor comer vendo T.V.
Perder tempo pra que?
E ao se deitar...
A cama macia.
O meu aconchego.
O meu corpo bonito.
E eu nem acredito.
Você nem me vê!
E ver-me pra que?
Precisa dormir.
Precisa correr.
Pro dia amanhecer.
E chega a madrugada.
De manhã a passarada.
E você nem ouve.
Você nem vê!
Precisa correr.
Correr pra onde?
Correr pra que?
Perde o que é mais bonito.
E eu não acredito!
Viver uma vida sem sentido.
Viver como se tivesse partido.
Correr sem jamais ter vivido.
Viver por viver!
Fazer-nos sofrer.
Pra que?
Por quê?

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