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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Amor platônico


Meu amor não concretiza, idealiza.
Está bem distante de ser, de existir.
Com imaturidade emocional,
imagino uma relação ideal.

Subsisto a essa loucura, dizendo com doçura...
Que desejei amar-te com o meu maior desejo.
E vejo que o meu querer está bem longe.
Não sei de onde eu vim para ser assim.
Há em mim uma força inquietante
que gritante existe e insiste...
Eu não era assim!

Não diga que eu permiti que assim fosse!
Eu era doce e crente, quase adoeci, fiquei doente,
quando realidades tristes eu vi.
Chorei, me exilei, sofri!

Subsisti ao exílio, pedi auxílio ao meu interno.
Lutei e sobrevivi ao inferno a que fui submetida.
E, se o que me restou na vida, ainda, foi o bem querer.
Destruir o que sinto por ti seria morrer.

Tu não és, para mim, mais um objeto.
Em ti eu projeto o desejo louco do desejado.
O meu desejo, muito, sonhado.
Desejo de amar, de ser,
desejo de meu próprio querer.
Apaixonei-me por um desejo!

E, em ti, eu vejo o desejo de amar, que só existe em mim.
E, assim, fruto de um desejo nada físico ou carnal.
Parece algo espiritual, onde tudo é perfeito e eterno.
Longe do real e imperfeito inferno.

E, se tenho ou não o direito de assim te desejar.
De, em ti, meus sonhos projetar...
Esse é o meu jeito louco de ser, de amar.
Desejo - te em sonhos.
Deixe-me, só em sonhos, te sonhar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vejo em voce novamente traços de Pessoa.

Fátima disse...

É, eu sou uma " pessoa "! Com carinho, os agradecimentos desta pessoa da Maraláxia