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domingo, 12 de dezembro de 2010

A matança do porco

O capado gordo
A faca afiada
A corda na mão.

O laço
E o golpe certeiro
no coração.

É o porco que morre
É o sangue que escorre.

No fogão a lenha
o tacho com água fervente.
E o sangue, ainda quente, a cozer.
Louro e sal!

Enquanto o pobre animal
Com o fogo, na palha de milho, é chamuscado.
Depois dos pelos queimados.
É rapado e lavado.

E começa a dissecação:
Sai os miúdos
Em seguida o unto
As tripas
E o coração.

O serviço é dividido:
Na maquininha a carne é moída.
Enquanto a tripa é limpa
para ensacar as lingüiças.

Passadas no fubá, pimenta do reino e sal,
no varal são penduradas.
Com espinho de laranjeira são furadas
para pingar a gordura.

E, com doçura, a carne é repartida.
Um pedaço para cada vizinho ajudante.
A divisão dos quadrantes.

A gordura é derretida.
E em latas de vinte litros é dividida.
E as pancettas enroladas
na gordura ficam armazenadas.

É a carne
É o couro
É a lingüiça
O torresmo
O toucinho
O chouriço
E coitado do bicho.

Detalhe:
Sentir compaixão do porco não podia.
Senão ele não morria!

Lenda?
Não sei...
Essas MULHERES eram corajosas!
Entre elas – um porco
E uma...
Duas Rosas!
Uma pequenina.
Usava tranças!

Hoje traz na lembrança
O florido manchado do vestido.
E o óinc mais sentido de um porco:
ÓINCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCCC!!!

3 comentários:

hesseherre disse...

POXA, EU NÃO CONHECIA ESTE POST, É PURA POESIA HEMORRÁGICA...ANTONIO CARLOS JOBIM GOSTARIA DE BOTAR MÚSICA NELE; TEM UM RITMO EMPOLGANTE, ARRASTA A GENTE NAS ROTINAS DE UMA FAZENDA....
PARABENS AMIGA DA ONÇA

Fátima disse...

Amiga do porco!
Debaixo da cama
eu me escondia.
Senão o porco não morria.
Tinha pena!
Mas significava fartura.

Boa semana
Rosa de Fátima

Anônimo disse...

Gente,
que coisa horrível! Não gosto dessas coisas...... tenho pena! Mas na hora de comer não tenho não!
Beijos e boa semana!
Ana.