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sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Deve estar voando

Resolvi conhecer uma harpia, uma águia real.
E em um sítio, a dificuldade começou, logo de cara.
Pelo nome, parecia ser um instrumento musical.
Quê qué isso dona?
...E o tratorista pediu que eu subisse na “ rabera do estrator ”
para procurar pelo bicho " isquisito" e o papo começou:
-Eu vi a Sra. toda garbosa na festa da marçonaria. A Sra. é marçon?
Sigura aí que vamo passá no mata-burro, mas é de de madeira Marciça! AH, deixa eu perguntar uma coisa: a Sra. distrai dentes?
Tirei um raú-x, do dente do cisne e deu uma infecção que o Dr. disse ser perigosa e que, se não fizer a distração do dente, a infecção arranha o dedão e alambe o coração.
Lateja e tomo gotas de "novagina", foi bom quando operei da "penis".
Falaram de um tar de chá de "Arruda"... Sei não, tomo novagina mesmo. Ao sol, exposto, ele continuou o papo, falando da "caristia" da vida. Tudo, muito, difícil Dona!
O sol estava forte e precisava de chuva. Muito morNaço!!!
Olhei-o com carinho, esqueci a harpia. Encontrei um ser com uma infecção dentária.
Nada demais, mesmo que ele já tivesse perdido algum dente, para ele, o importante era interromper o trajeto da infecção, não deixar que do dedão fosse arriba e "alambesse o coração".
Falava com orgulho desta infecção e usava palavreado difícil e
“ estudado ” ao falar comigo. Disse-me, também, que após as
“distrações” iria fazer uma "CHAPA" no particular, em prestações, porque no anexo( prefeitura) só tinha direito a "distrair os dente". Contou que um amigo havia feito as extrações em uma eleição anterior, mas o vereador não foi eleito e ele ficou "banguela". A disconcordância gramatical e o falar errado nada o comprometia ou compromete, mesmo porque, eu o entendi perfeitamente ou porque a nossa língua já tenha sido corrompida, visto o palavreado que acontece atualmente: falado, escrito e carimbado!
Gerúndio, nem pensar! Leis orgânicas, aqui, também!
A palavra é livre como a harpia. Liberei o papo, tive vontade de
“ distrair ” o condenado dente e recuperar o restante, antes que os perdesse de vez. Tive vontade de implantar os faltantes, recuperar a tábua óssea perdida pelas perdas dentárias precoces e reabsorções já existentes. Fiquei no campo das intenções. Minha especialidade é outra, mas o meu coração é único e com sensibilidade e graça participei e ri muito, com ele e toda família. E para terminar, na “ ridícula”, ou seja, edícula da casa, na soleira da porta, tomamos um mé, enquanto ele procurava em vão o RAÚ-X para mostrar a infecção do dente que caminhava do dedão ao coração. Dei viva a distração do dente e a nossa língua. Livre, leve e solta como a harpia. De um assobio longo, intenso... de uma imaginação incrível; até onde o ilimitado alcança, ouve, escreve e carimba.
Estridente, chocante e estonteante, costuma voar em círculos sobre árvores verdejantes, ou seja, sobre cabeças flutuantes, e alimentam-se de preguiças.
Deve estar voando.
Nossa lingua voa ... livremente!
Do congreço ao regreço... é um regaçço!

4 comentários:

Anônimo disse...

Ai Didi, dava tudo para conhecer essa figura... no mínimo ficou seu amigo... lembra do Passaroca?Ele deve estar um rapaz hoje, né? Bons tempos aqueles da casa da vovó !!! Beijos e saudades...
Tá chegando o dia, hein???????

hesseherre disse...

Vou guardar este teu post numa caixinha de VRIDO...
Aqui em casa temos empregados da Paraíba, então já não nos assustamos tmais com estes transportes de letras e sílabas...tudo se entende...

Fátima disse...

AH... ele tomou tanta "novagina", que agora ele está com "ursa" no "estame".

Anônimo disse...

ai meus sais.