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domingo, 13 de janeiro de 2008

Elogio da feiúra

Ainda bem que os feios existem, assim percebo o Lindo.
Depois do Elogio da loucura de Erasmo, vem O elogio da feiúra do escritor Umberto Eco que mostra como o feio serviu para estabelecer novos parâmetros para o belo ao longo da história. Engraçado, as idéias são praticamente acrescentadas ou adaptadas a idéias anteriores. Quando Simone Beauvoir escreveu o livro O segundo sexo, provavelmente tenha tido influencia das leituras do encantador Arthur Schoppenhauer, não muito amante e admirador das mulheres. Considerava-as em segundo plano, claro!
Agora este livro com o título O elogio da feiúra, lembra "um pouco" o título do livro Elogio da Loucura. Enfim, tudo lembra tudo. Tudo lembra algo ao longo da história.
O Elogio da Loucura é muito bom, aliás, a loucura em si é algo que fascina. O da feiúra eu não sei.
Erasmo diz em Elogio da Loucura que, a infância é algo maravilhoso porque trás nela a sedução da loucura. O aprendizado faz o homem ficar um aborrecente, um chato!
E a velhice só é suportável graças ao ar doce ( e acrescento, o ar angelical ) da loucura. O encanto da criança está no delirar e entontecer, o dos idosos também. E ainda diz:
O prazer supremo da vida está na tagarelice desmedida.
De que adiantaria encher a barriga se não saciarmos a alma de alegria?
... E viva minha loucura!
Diz que, são os ridículos da vida que a torna agradável e suportável.
Ninguém agüentaria ninguém, os casais não se suportariam se não houvesse entre eles a ilusão e o engano recíproco, ou seja, o consolo da loucura.
Cada um deveria aplaudir a si mesmo, ser louco consigo mesmo e o mundo poderia ruir que, estaria bem com a própria loucura. Mas, a natureza semeou o desprezo do homem por si próprio e a admiração do alheio.
A verdade é que, pra ser feliz e crer na vida é preciso entrar na maluquice imposta por ela mesma. A vida é apaixonante e só é assim, quando guiada pela loucura.
E viva a vida e... os loucos!
Viva sim, a minha suposta loucura.
Afinal, haverá criatura mais feliz, tonta, alegre e extravagante que um louco?
De que valeria a vida se lhe cortássemos todos os prazeres da loucura?
Por isso louvo a minha vida e a minha suposta maluquice.
A feiúra?
... Eu não sei.

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