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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

O rei e a nuvem de fumaça


Em um lugar muito distante havia um rei, uma rainha, príncipes e princesinhas.
Como todo rei, neste lugar, ele liderava e por muitas vezes incomodava. Aprendeu a desempenhar formalmente, todos os seus deveres.
Parecia deixar para a história seu trabalho bem feito e uma vida de insatisfações pessoais.
Irrequieto ele parecia descontente com alguns itens da vida e como alguns monarcas, ele parecia ser muito covarde. Não conseguia abdicar do trono e distante de seus súditos ele navegava e se comunicava através de uma aldeia global imensa. Submersa!
Certa vez, em uma dessas comunicações, ele recebeu um sinal estranho, um tanto primitivo. Não sabe ao certo se foi através de fumaça ou tambor, mas foi um sinal captado de forma diferente. Com certeza, jamais visto!
Sagaz e intrigante, ele tentou entrar neste mundo que, aparentemente o fascinava. O rei era astuto, crasso, não admitia nada inquiridor. Colocou, em alguns momentos, no ignore, estes sinais elementares. Buscava e buscava sinais mais abertos, mais acessíveis. Que coisa ridícula, tambores e fumaças! Mas, ele não parava de navegar e observar sinais através desta imensa aldeia global. Ele nada entendia de um mundinho tão restrito, onde a fumaça imperava e sons surdos de tambores ressoavam. Ridículo!
O rei permaneceu em sua monarquia por muitos e muitos anos. Como todo monarca, não queria abdicar do trono.
Viveu insatisfeito e, muitas vezes, triste. Não contratou nenhum Rufino para satisfazê-lo sexualmente, nem carregou franguinhos no bolso para saciar a sua fome, embora fosse um tanto guloso. Em outro lado do mundo, ainda, havia uma pequena fumaça, que às vezes dançava fazendo graça. O rei observava de longe e nada entendia, argumentava- resistente.
Até que, um dia, quando se questionava a saúde de um dos componentes da aldeia, a fumaça levantou e falou em tom de graça sobre a morte, pois os deuses que habitavam os seres desta aldeia eram muito felizes e muito atrapalhados, sempre, misturavam tudo. Faziam graça.
Noooossssa! O rei ficou muito zangado, não entendeu bem, julgou o sinal emitido como ofensivo e a cada mensagem de alegria que dançava no ar em forma de: OBAAA!
Ele ficava muito enfurecido!
Então, muito irritado, ele mudou de lado e novamente entrou (voltou) para o mundo global.
Estes sinais de fumaça eram emitidos de uma aldeia muito distante. Esta fumaça não o intrigava mais.
E, foi assim que este rei continuou o seu reinado,nesta busca incessante. Às vezes questionava a fumaça como errante.
Não... Ninguém entendeu estes estranhos sinais emitidos. Nem mesmo o sábio e respeitoso rei.
A vida passou e ele não conseguiu entender nada da graça que havia na fumaça. Nada entendeu, nada encontrou, mesmo porque ele estava totalmente perdido no reinado da vida. Mas, como todo rei, passou para a história!
Foi aclamado pela sua descendência, como todos os ilustres “reais” seres: pessoa honesta e cumpridora de deveres.
A fumaça continuou em um mundo perdido, em instintos e primitivos sinais. Dançava no ar, tentando alçar vôo mais alto, fazendo o mundo enxergar a beleza e a leveza de viver.
Tão fácil voar! Mas, como fumaça desmanchava-se toda. Espatifava no ar!
Dançou, dançou... e, nem tentou juntar-se as nuvens para ser transformada em chuva, nutrir o solo e, quem sabe, nascer a flor. Ficou no ar e no oba- oba... esfumaçou!
Era uma vez um rei e uma nuvem de fumaça.

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