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segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Oferenda perfeita

Um corpo em santuário.
E como em um lendário, nele permanecer.
Como se fosse uma linda estrada sinuosa,
de suaves curvas perigosas
E com elas, conviver.
Intactas!
Deixar que, por elas, passem sem qualquer derrapagem
E nem permitir que façam nelas, perigosa, ultrapassagem.
Nenhuma escorregada, nesta sinuosa estrada.
Apenas um belo cenário,
em um santuário, sacramentado.
Um corpo, bem plasmado pelo Senhor
Para ser Templo de um único amor.
Sinuosa, estrada!
Passante, na terra emprestada.
Quem dera um dia, uma ponte houvesse
E em forma de prece, na hora derradeira...
Ofertar pudesse a estrada inteira.
Poderosa, de sinuosas curvas perigosas.
Aos anjos e santos em oferenda.
Antes que
à vida renda.
Privilégio dos deuses, dos loucos, de poucos!
Se pudesse devolver ao Criador
...
toda angústia e toda dor, desta estrada...
Que não servirá de mais nada
... Devolveria!
Apenas um corpo, por Ele, tão bem plasmado.
Tão bem delineado!
Na vida, sacramentado.
Intacto!
... de pecado!

3 comentários:

Anônimo disse...

Qdo vc quer, escreve como ninguém. Belo texto.

Anônimo disse...

Sinuosa estrada sem derrapagens... essa é vc, Didi? Saudades, beijos...

Fátima disse...

Claro que sou eu!
Existe por acaso outra estrada assim?
Sinuosa, linda... maravilhosa?
Louca estrada!
Permissível uma única travessia. Mão única!
E mesmo assim, quando por ela passaram... Passaram com tal zelo que mantiveram o freio de mão puxado.
Bela travessia,louca estrada... pra nada!