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sábado, 29 de setembro de 2007

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Sonhando ao som de Ravel

Sonho...
Sonho no embalo da dança.
Na hora de sonhar, sou mulher, sou criança.
E nesta dança
... sou mulher
... Você quer?
Só pra dançar!
Sonho que você está comigo.
Fecho os olhos e vejo o céu.
Ao som do bolero de Ravel.
Resplandecente de luz,
cheio de estrelas cintilantes
... e sonho como antes.
Sinto o toque de suas mãos.
Sinto o calor do seu rosto junto ao meu.
Você e eu!
Ouço os anjos.
Que, do alto, cantam docemente.
E como antigamente, eu sinto seus lábios.
Seu beijo... desejo!
Ouço um canto e neste canto, me encanto.
O nosso corpo em leve movimento.
E neste envolvimento...
seu braço em laço,
na minha cintura lança.
Docemente me embala e me balança.
Com um beijo me cala.
Nada fala!
E quando ouço a sua fala
... é apenas um sussurrar.
E ao toque, a pele arrepiar.
Ao som dos anjos...
Melodias entoando, de forma magistral.
Encantamento celestial.
Doce envolvimento... doce laço.
Perdida em encantamento
... Em abraços.
...Em seus braços!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Já ?

Você já se sentiu acuado,
...Amarrado, de mãos atadas,
amordaçado em um canto?
Você já gritou bem alto,
e ninguém ouviu o seu pranto?
... Já?
É assim que, por vezes, eu sinto.
E por mais que eu tente,
ou que eu lamente...
Tudo se perde no infinito grito.
Abafado, sufocado.
Perdido...
no vago!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Heterônimos ou Homônimos?

Escrevendo poesias,
com vários pseudônimos.
Brincando compararam-me

ao Fernando Pessoa,
pelos muitos heterônimos.

Sou Rosa Pessoa.

Sou Ricardo Reis.
Alberto Caieiro.
Sou Leão e às vezes cordeiro.
Sou rosa.
Sou um jardim inteiro!
Sou rio, mar e sou sereia.
Sou brincadeira e seriedade.

Não sou de mentira,
sou de verdade!
Sou brisa, calmaria, vendaval.
Chuva leve, temporal.
Sou multifacetada!
Sou tudo e sou nada.
Heterônimos?
Sou anjo, nunca demônio!
Sou só uma rosa.
Única palavra, muitos homônimos!
O sentido da rosa é diverso.
Assim eu falo e nada calo.
Escrevo o verso.

Tempestade

O vento lá fora,
parece excitado.
Murmurante, balança.
E em solidário lamento,
tenta suavizar
o que dói, aqui dentro.
Nada consegue!
Não há vento,
que esta dor carregue.
Tempestade!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Comentários

Estes comentários do blog...
São muito engraçados!
Uns, dizem que sou louca.
Criticam e de mim discordam.
Tudo eu levo em brincadeira.
Elogiam meus escritos quando triste.
Outros riem das minhas asneiras.
De Assum preto já me chamaram.
Notas musicais já me mandaram.
Beijos sonoros.
Sugerem-me pinico florido de margarida.
E desejam que pássaros canoros cubram minha vida.
Alguns assinam, outros se escondem
em assinadas assinaturas.
Doces criaturas!
Sei que é graça.
Bom... assim a vida passa.
Escrevem Credo em Cruz,
dependendo da postagem.
Mas, em todas estas mensagens...
Eu sinto muito, muito carinho.
E é disso que é feito o meu ninho.
Voltem sempre aqui na Maraláxia.
Obrigada!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O sol daqui

Aqui, o sol também está bonito, como sempre.
Eu é que estou diferente.
Um sentimento triste e angustiante.
Não agora, já de antes, me povoa.
Coisa à toa!
Alguma coisa acontece.
E quando anoitece, meu coração chora.
Sinto vontade de voar, de ir embora.
Talvez, por observar e dar ouvidos a passarada.
E acordada na madrugada, eu penso sobre a vida.
E arrependida, de não ter voado, eu me entristeço.
Sei que muita coisa da vida...
Não, eu não mereço!
Mas, eu não sou um pássaro.
Não tenho asas e nem sei, como eles, voar.
Fico sempre no mesmo lugar.
Se eu conseguisse...
Meu vôo seria lindo, o mais bonito.
Seria terno, louco, cósmico.
Infinito!
Afinal, eu sou uma estrela!
Nasci para brilhar como o sol.
Para aquecer e ser generosa.
Chamam-me louca...
Mas, sou apenas uma rosa.
Sim, eu serei lembrada como a passarada.
Alguém que tentou voar para salvar tudo.
Não conseguiu, não voou.
Nem salvou nada!

domingo, 23 de setembro de 2007

Hamlet

Dedico a todos os seres que se enganam, que se entristecem.
Que corroem internamente, sofrem, choram e em sorrisos se escondem. E que heroicamente ou covardemente se calam e... morrem.
À vocês: Hamlet, a tragédia da dúvida, do desespero, da solidão.

"Ser ou não ser... Eis a questão."
"Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer..., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem."

"Hamlet, peça de teatro escrita por William Shakespeare numa data não confirmada entre 1600 e 1602. É uma de suas peças mais famosas sendo fonte da célebre citação: "Ser ou não ser, eis a questão" (Hamlet, ato III, cena I).

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Insônia

O descanso, tão sagrado.
Deita o corpo.
Vira-o de lado
e ele, desassossega.
Ao sono, não entrega.
Madrugada de silencio sepulcral.
Nem grilos mais têm.
Não os ouço!
O relógio silencioso.
De mansinho, muda a hora.
E com tal demora, da atmosfera ouço,
uma descarga de eletricidade.
Que com tal felicidade, a chuva trouxe.
Em um momento doce, entoou cantos.
Na minha janela, batucada.
Ficou pouco, mas comigo, acordada.
Esperei os pássaros, sabia que viriam.
Acabou-se a noite, a madrugada.
Eles chegaram!
E na minha janela, também cantaram.
Amanheceu!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A merda do ser humano

E termina em vomito e merda
a caridade da pequena cidade.
O que seria uma festa foi um terror:
Na farmácia, remédio esgotado.
Gente correndo pra tudo que é lado.
O pronto socorro lotado!
E os catadores de limão,
atrás dos limoeiros agachados.
Gente do contra morrendo de rir
Porque a cidade toda corria
e no banheiro se escondia.
As cidades vizinhas ligando,
pra ver se o pessoal da pequena cidade
estava... e vomitando.
As hipóteses eram engraçadas.
Uns diziam que o cogumelo estava estragado.
Outros, que o povo é que era esganado
e que comeu exagerado.
Um almoço beneficente,
que foi feito por esta boa gente.
Tudo em prol dos hospitais.
Já que o governo é incapaz de mantê-los,
de forma digna e honesta.
E nesta festa, isto aconteceu.
Quem comeu...
Pasmada, vejo gente que ri e que gosta
de ver a festa terminar em...
Desculpe-me.
Mas, tem ser humano que é mesmo uma merda.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Culpa e castigo

Tomo teu pecado.
Teus erros por empréstimo.
Esquecerei do resto.
Já dei formas a tua expressão.
Já te dei o meu carinho
E o meu perdão.
Já estendi a minha mão.
Já assumi culpas indevidas.
Já ansiei pela vida.
Fluí todos os pensamentos.
Gritei os mais tristes lamentos.
Agora não é hora de regressar.
Nem sei se ainda há tempo.
Há apenas um continuar.
Continuemos então!
Dê-me a tua mão.
Vamos!
Será este teu castigo:
Continuar comigo.
Ser pelo menos,
meu amigo!

domingo, 16 de setembro de 2007

Faride Aboriham

Pediram-me um histórico.
Emocionada o esbocei, mais ou menos assim:
Faride Aboriham, filha de Miguel Aboriham e Saide Izar.
Nasceu na cidade de Espírito santo, hoje Marapoama, na data de 17 de março de 1918. Para ajudar a educar seus sobrinhos, na direção de Oscarlino Ferraz, foi convidada e aceitou o cargo de Servente no Grupo Escolar da cidade, para substituir o Sr. Enderburgo Moreira, um soldado pós - guerra que havia servido na revolução de 1932.
Ela assumiu o cargo em 25 de maio de 1951, substituindo então, o soldado de guerra com muito empenho e dignidade.
Com eficiência, garra, doçura e sabedoria.
A carga horária era feita em duplicidade vezes sem conta, pois sozinha ela assumia toda a limpeza do prédio, atendia aos professores e aos alunos, cuidando também da distribuirão diária do material escolar dos mesmos.
Cuidava de uma horta e da merenda escolar, que era feita por ela, com produtos doados por pais de alunos. Além da sopa, ainda fazia doces caseiros para o lanche vespertino.
Quando vinha alguma autoridade, ela corria para casa e ainda solicitava à suas irmãs Rosa e Anália, um bolo, um doce, um suco ou uma refeição extra.
Certa vez, havendo a escassez desta doação, a merenda foi suspensa, os alunos traziam então, a comida no caldeirão, o lanche deles, da época.
Dona Linda, como carinhosamente sempre foi chamada, esquentava a comida de todos.
Sua dedicação era tamanha, que nos dias chuvosos, ela socorria os que chegavam molhados do sítio, enxugava-os e agasalhava-os conforme ela podia. Muitos deles vestiram, nestas ocasiões, as pobres e simples roupas de seus sobrinhos.
Vários nomes passaram por esta direção. Quando assumiu o Sr. Januário Ferraz, o sarilho do poço quebrou, não tendo verbas para arrumá-lo e não tendo como remover água do mesmo, Dona Linda atravessava a rua e puxava água do poço do quintal do mal humorado vizinho, que reclamava pelo desgaste da corda ou do balde. Não era tão perto, quase o dia todo carregava baldes de água, até encher os reservatórios existentes, o suficiente para a manutenção e higiene do grupo. Precisando assim, ficar além do expediente para a limpeza do mesmo.
Carga horária não existia, era a carga do trabalho, da honradez, do serviço bem feito.
Havia quatro banheiros de fossa, às vezes, usavam de forma indevida, mesmo assim, ela docemente os brilhava com ternura e dedicação, nunca perdendo a dignidade do trabalho que lhe fora imposto.
Seu cunhado Sebastião Gonçalves, dentista da escola, através do amigo e deputado João Salgado Sobrinho, trouxe para o grupo um consultório dentário, a merenda certa e o cinema.
Os filmes eram exibidos na sala de aula e a tela era fixada do lado oposto ao quadro negro. Dona linda, de comum acordo, invertia as carteiras duplas de madeira maciça de forma ordenada, para que toda a pequena vila tivesse acesso à cultura. No dia seguinte, ao amanhecer, a sala estava em ordem, com as carteiras devidamente recolocadas para dar continuidade à alfabetização.
O grupo escolar passou a ter o quarto ano, fato este conseguido pelo seu cunhado Sebastião Gonçalves, pois na época os alunos da cidade não tinham como concluir o ensino primário, só os mais arrojados, os únicos, os Gonçalves saiam para estudar, de maneira sacrificante. Internos!
O nome então, do grupo escolar, passou a ser Professor Bento de Siqueira, em homenagem a um querido professor de Sebastião Gonçalves, que dizia ter sido seu melhor aluno. Nesta ocasião contrataram então, outra servente para ajudá-la. Sua dedicação continuou a mesma.
Aposentou-se em Quatro de março de 1983.
Nunca deixou de ser servil e dócil.
Nunca tocou em um centavo qualquer de seu pequeno e sacrificante ordenado.
Ainda recebe visitas e o carinho de ex - alunos. Alguns deles, já avós, se emocionam ao vê-la.
A homenagem do Município, não foi póstuma, tornou-se realidade, em sua presença, na data solene de 30 de dezembro de 1999, quando a homenagearam como escola:
Escola Municipal de Ensino Fundamental Faride Aboriham.

Simples seres imortais- Sr. Sebastião Gonçalves e Faride Aboriham. Eles trouxeram a cultura e o saber para uma cidade.
Simples gentes, sábios seres. Visionários fantásticos. Lutadores!
À minha mãe Rosa e a minha outra tia-mãe Anália, que também colaboraram como puderam para o progresso desta gente.
Acolhia e hospedava os professores que de longínquos lugares lá aportaram para alfabetizar a pequena vila, hoje Município.
Atualmente as famílias tentam seguir o caminho trilhado pelos Gonçalves.
Como pedem para que eu escreva um histórico assim?
Que me emociona e resgata o que há de mais belo e digno em mim?
Emocionante, esta é a essência mais pura, a herança mais dignificante da minha existência: Tias... Tia Linda!
Simples e digna família.
O agradecimento terno e o orgulho de uma região inteira.
Obrigada por esta herança imensa, tenho um orgulho enorme de ter nascido de vocês. Ternura infinda.
Ser filha de vocês, ser e estar nesta família... meu Deus !
Eu não posso estar triste, nunca!
... E eu não estarei, sou muito feliz!
Terei bisnetos que a abençoará tia Linda, que abençoará a todos vocês, a cada manhã e a cada anoitecer. Obrigada!
Esta herança é nossa!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Cio

A idade passa.
E quando você pensa que tudo foi embora...
Os hormônios afloram.
E o seu corpo chora e a você implora.
Que o melhor não adormeça.
Que seu amado acorde e o aqueça.
E que na madrugada, você escandalize.
Dê a volta por cima da idade presente.
E mostre tudo o que aprendeu
Tudo o que sabe
E o que agora pode e sente.
É a falsa liberdade que só chega com a idade.
É o tudo saber, sem nada plenamente poder.
É o arrepio.
É o entardecer do cio.
É o rodopiar no vazio.

A vida

Seduzida pelas palavras nas noites vazias,
delas, fiz poemas, simples poesias.
Estou novamente na madrugada
As palavras sufocadas,
fogem de mim.
Mesmo assim, eu não ligo.
Aprendi a ser meu próprio abrigo.
O meu estar contente, sempre presente.
Ainda hoje, alguém falava da minha alegria.
O que ela esconde e o meu fugir pra onde.
Abraçou-me num abraço forte, talvez fraterno.
Falávamos da vida, do disfarçar do inferno.
Em meio a turbulências, falamos de carências.
Uma citação, várias delas, filósofos tantos.
E para meu maior encanto, um livro é aberto.
Com a certeza de ter tentado o certo.

De ter possuído a real beleza:
Ter feito da vida,
graça, leveza.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Pé de giz

Saí pela estrada afora.
E a vontade de ir embora
fez-me soltar
e
na estrada voar
ao som desta música.
Multada, livre, leve e solta.
E muito louca, fiz sorrir o multador:
- Ouça a música, por favor!
Como é linda!
E se quiser me multar ainda...
No mais, estou indo embora baby.

Chão de Giz

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Burca

Do nada,
de burca, mesclada.
Imaculada!
Estática, parada.
A voz sufocada.
A máscara retirada:
Imaculada em nada!
A porta...
Um ranger...
Um passo!
e...
de amor morrer!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Ser Humano

Estava lendo que crescimento humano, tem custos humanos e pagamos um preço altíssimo por este crescimento. A devastação e a ruína fazem parte intrínseca do processo humano de desenvolvimento. Cabe, então, a nós, as tais escolhas, uma vez feitas, cabe também, a nós, a responsabilidade delas.
Queremos crescer? Arquemos então com o nosso crescimento!
A atribuição de culpas a qualquer outra pessoa das nossas próprias escolhas, nada nos acrescenta, apenas destrói e ficamos diminutos nesta curta passagem humana.
O ser que aprende a culpar torna tudo insuportável, é algo impenetrável, parece que o mundo se fecha à sua volta, tudo fica conturbado, inquieto.
Consegue distorcer o belo, danificar a grandiosidade da vida, não consegue vê-la de forma plena, serena e parece desestruturar tudo ao redor.
E o crescimento humano, ou seja, o ser humano que supõe crescer assim torna tudo tão angustiante, restam apenas loucura e martírio nesta curta e cansativa trajetória.
A auto-aniquilação, talvez seja a própria virtude, vista pelo lado da loucura, como se fosse algo heróico e... os supostos culpados sentem-se também aniquilados, por tais escolhas.
Fadados a tais convívios, decrescem, adoecem, envelhecem e se não forem cuidadosos, morrem!
Cabe aí, mais uma vez a escolha, é preciso ser sobre-humano, não há crescimento, nem convívio que possa ser pago com a própria vida.
Simples a vida, muito simples, não é?
Sempre há uma escolha!
E os sentimentos fazem parte dela. Sempre há o amor e o perdão. E entre a angústia e a ansiedade, há a generosidade.

Contraditória a vida!
Mas, é maravilhosa, é surpreendente, é fantástica!
... E é este desafio que nos faz ser, simples ou complexos seres Humanos.

sábado, 8 de setembro de 2007

Luciano Pavarotti - Ave Maria - Schubert

Como será esta liberdade, este fluir do espírito?
Como será alçar vôo tão distante, para no céu entrar?
Lembro-me da primeira vez que ouvi esta melodia. Linda Ave Maria!
Eu tinha doze anos e acabara de ver meu pai sussurrar algo que eu não entendi e que também não mais esqueci.
No alto- falante do pequeno vilarejo, convidavam para o lúgubre cortejo.
Era a morte anunciada, ao som da Ave Maria.
Triste dia que eu vivi e que esta Ave Maria, eu ouvi.
Alçar vôo rumo à liberdade cósmica, cantar e também no céu, encantar.
Isto é morrer e nascer em esplendor.
Nesta crença, cante e encante querido tenor.
Cante lindo e alto, todo o louvor, no seio do Senhor.
Nós o ouviremos daqui, da terra.
Tente descansar, porque nós o faremos cantar, sempre!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Toscana-Bi

E eu que pensei que Toscana, fosse só o nome comercial de uma lingüiça. Estou indo para lá verificar, olhem isso! Que tranqüilidade, sexo será apenas afetividade. Sem problemas com a idade e sem exclusividade. O ato, não precisará ser praticado com o sexo oposto. Cada qual, ao seu gosto! Isto não é apenas uma hipótese, é uma questão de hipófise! Redução hormonal, de ambos os sexos. E não fiquem perplexos!
Só daqui há algumas gerações. Calma garanhões... Calma!
Terão muitas calorias, ainda, a queimar.
Muitos bumbuns, do sexo oposto, para apreciar.
Muita saia para levantar e pernas para acariciar.
Muitos seios para tocar, beijar.
Muitas nucas para sussurrar e arrepiar.
Muitos Viagras para tomar e o "artificial" sexo, bem desempenhar.
Muitas mentiras para contar, antes de...
Calma... calma!
Qual é o problema, quem sabe?
Poderemos ser bi, tri e talvez assexuados.
E nada de... Coitados!
Seremos pássaros- anjos, voaremos em afetos, bateremos asas.
E nas tardes de solidão, como em passe mágico ou de mão...
você esticará o fio, aliás, no fio, sua perninha e poderá bater asinhas.
Não é lindo?
Estou doida para ver vocês... o fio esticado, suando dobrado.
Sem nexo, sem sexo!
Apenas pássaros- anjos! Arcanjos marmanjos. Nada, conseguindo... nem nas nuvens subindo.
Virando anjinho... Com medo de ver morto, o passarinho... http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1840229-EI1827,00.html

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Sua voz

A sua voz...
Eu não sei que timbre tem.
Se rouca ou cristalina.
Se áspera ou suave.
Se aguda ou grave.
Se cálida também.

Cega eu tateei e vi seu rosto.
Insípida, eu senti o seu gosto.
Surda, a sua voz, agora, eu ouço.
Neste silencio...
Ela soa grave, rouca e forte.
Fria... como a morte!