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domingo, 27 de maio de 2007

Um presente diferente

Encontramos amigos distantes, em situações de extrema alegria ou tristeza. Casamentos ou velórios.
Velórios são vantajosos neste sentido, porque independe de convite. Livre acesso!
Ontem um dos meus conterrâneos partiu pra outra vida. A sua história foi um tanto conflituosa. À sua cabeceira, a esposa e o irmão dele, pareciam pedir perdão por um amor havido. Algo que, com certeza, ele sempre soube.
O olhar inquiridor da platéia pesava sobre aquele trio com a maldade que é própria dos humanos. Hipócritas!
Falsos santos... Puros de vida e de alma. Cinismo puro!
E foi neste ambiente de "festa" para os falsos santos, que vi sepultar honorificamente na pequena cidade onde nasci este rapaz, que morreu desfigurado pelo câncer. Mesmo fim que a cunhada teve, esposa deste irmão. Coincidente e sofrida estória para os dois "traídos". Descansaram no mesmo local.
Caminhei por este campo de descanso, onde infalivelmente estarei um dia.
Gostaria de descansar minha pobre carcaça na cidade onde vi o meu primeiro feixe de luz. Independente da qualificação social é lá que nos encontraremos, despojados de todos os nossos bens materiais. Dos nossos mais saborosos, horríveis e deliciosos pecados capitais. E foi assim que ontem mais uma vez questionei sobre a Lei da vida.
O que acontece com nossas ações durante este curto feixe de luz. O que aqui praticamos, e o que colhemos! Bom estes questionamentos humanos pensantes, embora pareçam loucos! Bom pra que nos tornemos juízes de nós mesmos.
E fascinada, fiquei pelo mistério da morte!
E sem escapatória, quis saber como adquirir o mais nobre terreno naquele espaço. E foi assim que, ainda no ato do enterro, um amigo disse que eu me dirigisse a prefeitura. Um estalo e como um raio... Falei lá mesmo com o prefeito.
Sem problemas! Escolha onde quiser. - Ele disse.
-Quanto custa?
Escolha! Faço questão de presentear você. –Respondeu-me.
-Escolha... Olhe aquele!- O terceiro à esquerda logo ao entrar!
Ah... Não! Barulho... Perto da estrada - Eu disse.
E este... e este... este... este?
Até que o Roberto, meu amigo, que é tio do prefeito, ouviu e disse:
-O meu é este!
E eu então escolhi o meu, ao lado!
E o prefeito sorrindo:
-Caso antigo?
Não... meu amigo!
É... é isso!
Bom ter amigos!




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3 comentários:

Anônimo disse...

Já ouvi falar de ganhar todo tipo de presente: de carro a sapato. De jóia a roupas. De perfumes a viagens.De jantares a estadias em SPA`s. De apartamento mobiliado ou não. De terreno na praia a casa na montanha.
Mas é a primeira vez que ouço falar de alguém que ganha de presente, um terreno no cemitério. E com direito a escolher a localização. "Este não, muito barulho"..."Quam sabe aquele, com vista para o Paraiso"...

Fátima disse...

Viu? Tudo é possível na Maraláxia.
Coisas incríveis acontecem aqui!
Mas,vou segredar-lhe uma coisa:
- Não quero mudar-me pra lá não.

Anônimo disse...

Tia, que idéia é essa? E qual o problema do barulho? Ou vc vai querer conversar, paticipar de tudo, mesmo depois de morta? Só faltava essa. E na Maraláxia tudo é possível, a gente tem visto pelo seu blog. Beijos, Ana.