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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Pássaro ferido


Neste jardim, eu deixo de ser flor.
Para ser pássaro e voar a minha dor.
Talvez... um sabiá!
Meu pranto encanto, hei de calar!
Paro, só agora, de cantar.
Eu, quero-quero e irei me transformar!
Ou poderei ser um triste rouxinol.
E cantar na chuva ou reger ao sol.
Ou um Pintassilgo!
Pintassilgo... eu não consigo ser!
O bico, eu não fecho, até morrer.
Com a ortodontia, já me casei...
Do casamento, quase, eu cansei...
Pássaro cosmopolita, eu pensei...
Uma Andorinha!
Ando tão sozinha...
Eu quero sair e voar por aí.
Voar para, outros, lugares.
Alçar vôo em novos ares.
Voar bem alto, aos pares!
Cantar, bem longe, daqui.
Cantar por onde, eu for.
Cantar alto o meu amor.
O que me assombra... Cortar entre os ares.
E sendo assim...
De outras águas, eu beberei e outras flores, eu beijarei.
De outro néctar, sedutor, eu provarei.
E quando eu retornar a este jardim deserto... Eu o polinizarei!
Com pólen, de lindas flores, de todas as cores!
Será o jardim mais colorido, o jardim da rosa... merecido!
Honrosa rosa, em seu real sentido.
Tentando, sempre, ser ou melhor ter sido.
Rosa, apenas uma rosa – flor.
Sempre, lembrada, ao falar de amor.

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