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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Silêncio

Sábio silêncio, que eloqüente, fala mais que um discurso.
E nesta platéia, eu curso e vago em palavras.
Dizem que palavras são atitudes mortas, parcialmente concordo.
Mas, quando as palavras falam e eloqüentes expõem sentimentos, não são mortas. As minhas, não!
São ditas com o coração, expostas com a transparência da alma.
As palavras são usadas de tantas formas, até para dizer sobre o silêncio.
Palavras foram feitas para serem escritas e ditas, senão qual seria a função da escrita e da fala?
Cairíamos na lei do desuso. Mas, como tudo tem um "mas", vamos entender o silêncio. E não é que ele fala?
Além de esclarecedor, é estarrecedor.
O silêncio diz que você não é importante, não é necessário e que é indiferente. Ele diz o que ele pensa acerca de alguém. Pronto!
Para que usar os meios normais de comunicação? Hoje, o silenciar, para alguns, é ousar. O silêncio também é isso, sabiam? Ousemos então!
Fiquemos indiferentes a tudo que nos cerca e as pessoas também!
Mas, eu não consigo entrar nesta onda, eu morro se eu ficar calada.
Embora eu entenda muito bem o silêncio, sei muito bem o que ele fala.
E quando o silêncio assim me angustia, eu olho pro céu e me procuro...
E lá eu ouço a voz do silêncio que cintila.
Louca, ouço também as loucas estrelas.
Para vocês recordarem...

" Soneto XIII da Via Láctea "

" Ora (direis) ouvir estrelas!
Certo Perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto.
E conversamos toda a noite,
enquanto A Via Láctea como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.”

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido
Tem o que dizem,quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."
Soneto XIII da Via Láctea (Olavo Bilac, Poesias, 1985: 52)

Um comentário:

Anônimo disse...

Voce fazer silencio?
Pago para ver!
M.P